Brasil
03 de Outubro de 2025

1. Valorização do real frente ao dólar é uma das maiores
O real foi a terceira moeda que mais se valorizou frente ao dólar até setembro, dentro de um grupo de 27 divisas. A alta de 16,43% deixou a moeda brasileira atrás apenas do rublo russo, que subiu 33,29%, e da coroa sueca, com avanço de 17,22%, segundo levantamento da Elos Ayta.
O rublo foi impulsionado pela elevação recorde dos juros na Rússia, enquanto a coroa refletiu a retomada econômica do país. No caso brasileiro, o real registrou sua maior valorização desde 2016, resultado atribuído principalmente ao diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, que tem atraído investidores após cortes nas taxas americanas.
Folha de S. Paulo: Real é terceira moeda que mais se valorizou no ano ante o dólar
2. Investimento estrangeiro bate recorde no Brasil
O Brasil encerrou 2024 com um estoque de US$ 1,141 trilhão em investimento estrangeiro direto, o que equivale a 46,6% do Produto Interno Bruto. O volume é o maior já registrado pelo Banco Central desde o início da série histórica. Os números fazem parte do Censo de Capitais Estrangeiros, divulgado pela instituição em Brasília. Esse desempenho mostra a relevância do capital internacional na economia brasileira, reforçando a presença de investidores externos no país. O levantamento é atualizado periodicamente pelo BC e serve como indicador da atratividade do mercado nacional.
Quando a série começou, em 1995, o investimento estrangeiro representava apenas 6,1% do PIB. Em 2000, subiu para 17,1% e em 2010 alcançou 25,2%. Já em 2019, o índice superou a marca de 30%, chegando a 34,6%, e em 2023 alcançou 45%. Segundo representante do BC, a maioria das empresas com capital externo é controlada por investidores estrangeiros. Em muitos casos, eles detêm 100% ou mais da metade das ações, o que amplia a integração dessas companhias com o mercado internacional.
Agência Brasil: Com US$ 1,1 tri, investimento estrangeiro bate recorde de 46,6% do PIB
3. Arrecadação do IOF atinge maior valor da história
A arrecadação do IOF atingiu em agosto o maior valor mensal da série histórica iniciada em 1995, informou a Receita Federal. O resultado veio após a disputa judicial que terminou com o aumento do imposto em várias operações financeiras. No mês, a cobrança do tributo somou R$ 8,45 bilhões. O valor representa crescimento de 42,5% em relação a agosto de 2024. Corrigida pela inflação, a alta foi de 35,6%.
O reajuste do IOF foi anunciado pelo governo em maio como medida para reforçar a arrecadação e cumprir metas fiscais. A decisão foi confirmada em julho, após discussões sobre sua legalidade. A elevação busca ajudar no objetivo de déficit zero em 2025 e superávit em 2026. O aumento fortalece o caixa federal em um momento de maior pressão orçamentária. A estratégia mira no equilíbrio das contas públicas estabelecido em lei.
G1: Após aumento, arrecadação do IOF bate recorde e atinge maior valor da história em um mês
4. Empresários retomam confiança na economia
O Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pelo Ibre/FGV, avançou 0,5 ponto em setembro e chegou a 89,9 pontos, após três meses de quedas. O resultado foi obtido na série com ajuste sazonal. Segundo o instituto, a alta reflete melhora na avaliação sobre o momento atual da economia. Apesar disso, o patamar segue abaixo do nível considerado de otimismo. O índice mostra ainda sinais de cautela por parte dos empresários.
De acordo o Ibre/FGV, a percepção de incerteza diminuiu no curto prazo, mas as expectativas seguem negativas. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) avançou 1,1 ponto e atingiu 93,8 pontos. Já o Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) caiu 0,3 ponto, chegando a 85,9 pontos. Esse é o menor nível registrado desde junho de 2020. O dado reforça o pessimismo para os próximos três meses.
Info Money: Confiança empresarial avança em setembro após três meses de queda, aponta FGV
5. Dívida pública fecha o mês em alta
A Dívida Pública Federal (DPF) atingiu R$ 8,145 trilhões em agosto, alta de 2,59% em relação a julho, segundo o Relatório Mensal da Dívida divulgado pelo Ministério da Fazenda. O aumento ocorreu em meio ao ritmo elevado de emissões pelo Tesouro Nacional. O custo médio acumulado em 12 meses da dívida ficou em 11,65%, levemente acima dos 11,63% registrados no mês anterior. O resultado mostra a continuidade do crescimento do estoque da dívida. O levantamento detalha também a composição dos títulos que integram a DPF.
Os papéis pós-fixados representaram 49,29% do total, ante 49,25% em julho. Já os títulos prefixados subiram de 20,16% para 20,95% do estoque. Os títulos indexados à inflação corresponderam a 26,10%, caindo em relação a julho, quando somavam 26,72%. Os papéis vinculados ao câmbio tiveram participação de 3,67%, ante 3,87% no mês anterior. O relatório evidencia pequenas alterações na estrutura da dívida em diferentes modalidades de títulos.
Valor Econômico: Dívida pública federal atinge R$ 8,145 trilhões em agosto