Brasil

Sexta-feira, 06 de Dezembro de 2019

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1. Aliado de Bolsonaro, Trump ameaça cobrar taxa sobre aço

O presidente norte-americano Donald Trump anunciou nesta semana que pretende voltar a cobrar taxa sobre a importação de aço e alumínio do Brasil. A decisão foi publicada no Twitter do governante dos EUA, tido pelo presidente Jair Bolsonaro como seu principal aliado. A justificativa de Trump foi a crescente valorização do dólar frente ao real. Ele alegou que a fragilidade da moeda brasileira está sendo manipulada pelo governo brasileiro para favorecer a exportação. Economistas, no entanto, afirmam que o câmbio brasileiro é flutuante e por isso a autoridade monetária não interfere na oscilação da moeda. O Brasil está isento de taxação desde o ano passado, depois que Trump recuou da cobrança de tarifas de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre o alumínio, como forma de blindar o mercado americano. O Brasil é o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, representando cerca de 14% do volume consumido naquele país. Em resposta ao anúncio feito por Trump, Bolsonaro afirmou que está em contato com Washington para discutir a medida. Enquanto isso, novos negócios estão sob risco. “Os clientes querem saber se o preço vai ter 25% de sobretaxa ou não e sem saber isso não tem como fechar negócio”, disse o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Lopes. Saiba mais sobre a relação entre os presidentes Bolsonaro e Trump no Brasilia Report.

Folha de S.Paulo: Anúncio de Trump já afeta novos negócios
Valor: Trump ameaça taxar aço do Brasil e constrange Bolsonaro
G1: Entenda o anúncio de tarifas dos EUA sobre exportações de aço e alumínio

2. PIB faz a Bolsa de Valores subir e pressiona recuo do dólar

O crescimento de 0,6% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no terceiro trimestre refletiu positivamente no mercado financeiro. A Bolsa de Valores de São Paulo atingiu pela primeira vez a marca histórica de 110 mil pontos e ontem bateu novo recorde com alta de 0,29%, aos 110.625,9 pontos. O resultado também conteve a alta da moeda norte-americana, que persistia em ritmo de valorização frente ao real nas últimas semanas. O crescimento da economia surpreendeu analistas de mercado, que previam aumento um pouco mais modesto. O cenário internacional também influenciou os resultados positivos vistos no mercado interno. O principal assunto externo é a expectativa de um acordo comercial entre China e Estados Unidos, o que poderá arrefecer os ânimos das duas maiores potências econômicas.

Estado de S. Paulo: PIB ajuda Bolsa a bater novo recorde
Folha de S.Paulo: Bolsa vai a 110 mil pontos e bate novo recorde

3. Investimento em infraestrutura cai 24% no país em cinco anos

O investimento em infraestrutura no Brasil apresentou queda de 24% em cinco anos. Em 2019, o montante total gasto deverá girar em torno de R$ 131,7 bilhões, face aos R$ 172,9 bilhões registrados em 2014. Os dados foram divulgados nesta semana pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base, entidade que congrega empresas do setor e das indústrias de infraestrutura, fabricantes de equipamentos e concessionárias de serviços públicos, entre outros. Ainda de acordo com Abdib, o quadro é preocupante porque investimento em infraestrutura é um dos principais geradores de emprego e renda. Uma das razões para a queda nos aportes é, além do quadro de recessão econômica enfrentado pelo país nos últimos anos, o déficit fiscal que enxuga a capacidade de o Estado investir no setor.

O Globo: Investimento em infraestrutura caiu 24% desde 2014, diz Abdib

4. Com onda conservadora, união homoafetiva cresce 61,7%

O Brasil registrou um aumento de 61,7% nos casamentos homoafetivos em 2018. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e refletiram o receio de que a eventual vitória de um candidato conservador ao governo pudesse desembocar em uma perda do direito a este tipo de união. Para corroborar com a ideia de que os casamentos foram celebrados com este temor, o IBGE aponta que 42% dos casamentos homoafetivos realizados em 2018 aconteceram após a divulgação do resultado das eleições, nos meses de novembro e dezembro. A pesquisa também aponta que as uniões entre pessoas do mesmo  sexo passaram de 5.887 em 2017 para 9.520 em 2018, o que corresponde a um incremento de 61,7%.

Valor: Casamento homoafetivo cresce 61,7% em 2018, aponta IBGE

5. Brasil cai no ranking mundial de ensino de matemática

O Brasil caiu no ranking mundial de ensino da matemática de acordo com resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes divulgados na terça-feira. Os estudantes brasileiros seguem entre os dez últimos colocados na prova que avalia conhecimentos matemáticos. Aplicadas em 2018, as provas são realizadas pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Mesmo com a expansão do número de países participantes, de 70 para 80, o Brasil obteve resultados negativos. Ainda de acordo com o resultado do exame, dois terços dos brasileiros de 15 anos sabem menos que o conteúdo básico de matemática. Na América do Sul, Chile obteve o melhor resultado e a Argentina, o pior.

G1: Brasil cai em ranking mundial de educação em matemática e ciências

Brasilia Report

Acesse aqui o Brasilia Report, análise preparada pelo Consultor Sênior da JeffreyGroup em Brasília, Gustavo Krieger.