Brasil

Sexta-feira, 6 de setembro de 2020

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1. Congresso mantém a desoneração da folha de pagamento para o ano que vem

O Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro e manteve até dezembro de 2021 a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia, responsáveis pela geração de cerca de 6 milhões de empregos. A medida reduz a contribuição previdenciária patronal de 20% para uma faixa de 1% a 4,5% sobre o faturamento bruto. Governistas apoiaram a derrubada do veto, mas em troca pediram a liberação de R$ 1,4 bilhão da Educação para investimentos em obras federais.

Apesar de o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes, ter afirmado que o próprio Executivo viu a necessidade de derrubar o veto, um dia depois da decisão integrantes da equipe econômica já circulavam nos bastidores do Planalto planejando uma ação junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) para reverter a medida. Na avaliação da área, a desoneração não poderia ter sido prorrogada pelos parlamentares sem a definição de uma fonte de recursos para compensar a perda de arrecadação com o benefício concedido às empresas.

Valor Econômico: Congresso garante desoneração da folha em 2021
Folha de S.Paulo: Governo planeja recorrer ao STF contra medida
O Globo: Governistas trocam apoio por verba da Educação para obras

2. Produção industrial brasileira aumenta 2,6% e acelera pelo 5ª mês consecutivo

A produção industrial do país aumentou 2,6% em setembro em comparação com agosto. Essa é a quinta vez consecutiva que o setor contabiliza crescimento. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a alta é de 3,4% quando comparada com o desempenho do mesmo mês em 2019.

A performance positiva da indústria eliminou as perdas registradas entre março e abril. Conforme o IBGE, mesmo com o resultado, o segmento ainda está 15,9% abaixo do recorde ocorrido em agosto de 2018. De agosto para setembro, a produção industrial cresceu em todas as grandes categorias econômicas.

O Globo: Produção industrial recupera perdas da pandemia

3. Ainda em fase de testes, Pix já registra mais de 26 milhões de cadastrados

Mais de 26 milhões de pessoas físicas e jurídicas já estavam cadastradas no novo sistema de pagamentos e transferências bancárias online, o Pix. Criado pelo Banco Central, o programa está em fase de teste e utiliza chaves de segurança para validar transações. A partir do dia 16 o sistema estará aberto a todos os usuários, que tenham ou não conta bancária.

O Pix é uma nova forma de fazer pagamentos e recebimentos digitais com redução de custos operacionais. O programa deve liberar transações em segundos em qualquer dia e horário e compete diretamente com máquinas portáteis de débito, pois os pagamentos poderão ser feitos pelo telefone celular utilizando QR Code ou um código de resposta rápida. A novidade mobiliza grandes bancos em promoções que chegam a oferecer R$ 1 milhão em prêmios para fidelizar correntistas que optem pelo Pix.

UOL: Bancos sorteiam milhões para cliente fazer Pix
6 Minutos: Mais de 25,8 milhões se cadastram no Pix

4. Filho do presidente é denunciado sob suspeita de chefiar crime organizado

Flávio Bolsonaro, senador e um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, foi denunciado pelo Ministério Público sob acusação de chefiar crime organizado e desviar dinheiro público com a subtração de parte dos salários de seus assessores parlamentares. Segundo a denúncia, isso aconteceu quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro, entre 2003 e 2019.

Em nota, Flávio disse que a denúncia não tem argumentação robusta, com ” vícios processuais e erros de narrativa e matemáticos”. O caso é mantido em sigilo. Também foram denunciados Fabrício Queiroz, amigo do presidente e ex-assessor de Flávio, e 15 ex-funcionários do parlamentar.

Folha de S.Paulo: Filho do presidente é denunciado à Justiça

5. Fiocruz promete para fevereiro mais uma vacina contra o coronavírus

Mais uma vacina contra o coronavírus, além da chinesa CoronaVac, é prometida para os próximos meses no Brasil. A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) pretende começar a produzir as primeiras doses do medicamento em janeiro para disponibilizar o produto em fevereiro. A vacina é resultado de uma parceria com o laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford.

Segundo a Fiocruz, assim que o registro do medicamento for concedido pelas autoridades serão produzidas até 30 milhões de doses para uso no país. Por enquanto, testes apontam eficácia maior do remédio em duas aplicações, mas essa definição depende ainda da conclusão dos estudos. O Brasil já registra mais de 161,7 mil mortes e de 5,6 milhões de casos confirmados da doença desde o início da pandemia.

Valor Econômico: Fiocruz quer produzir 30 milhões de vacinas até fevereiro
O Globo: Acompanhe notícias sobre a pandemia
IRRD Covid-19: Veja o mapeamento de casos no Brasil e no mundo