Brasil

01 de novembro de 2024

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1. Taxa de desemprego cai para 6,4% no 3º trimestre

Pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,4% no trimestre terminado em setembro. Esta é a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada em 2012, só perdendo para o trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%).

No terceiro trimestre, o país tinha 103 milhões de pessoas ocupadas (empregados, empregadores, funcionários públicos), novo recorde da pesquisa. O número aponta aumento de 1,2% frente ao segundo trimestre (mais 1,2 milhão de pessoas) e crescimento de 3,2% em relação ao mesmo período de 2023 (mais 3,2 milhões de pessoas). Com isso, 58,4% das pessoas em idade de trabalhar no Brasil estão empregadas – o maior nível de ocupação para um trimestre encerrado em setembro.

G1: Desemprego cai a 6,4% no trimestre terminado em setembro, diz IBGE
Valor Econômico: Desemprego é o menor da série histórica para um 3º trimestre, diz IBGE

2. Criação de empregos formais tem alta de 21%

A economia brasileira gerou 247,81 mil empregos formais em setembro deste ano, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego. Nos nove primeiros meses do ano, foram criadas 1,98 milhão de vagas com carteira assinada, aumento de 24% em relação ao mesmo período em 2023, quando foram criadas 1,6 milhão de vagas com carteira assinada.

Esse foi o melhor resultado para os sete primeiros meses de um ano desde 2022, quando foram criadas 2,18 milhões de vagas formais de emprego. De acordo com os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 47,49 milhões de empregos com carteira assinada no fim de setembro. O resultado representa aumento na comparação com agosto deste ano (47,25 milhões) e com setembro de 2023 (45,65 milhões).

G1: Criação de empregos formais soma 247,8 mil em setembro, com alta de 21%

3. Mercado financeiro estima inflação acima do teto em 2024

De acordo com o Boletim Focus, analistas do mercado financeiro elevaram a projeção da inflação para este ano, estimando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para um valor acima de 4,5%, que é o teto do sistema de metas de inflação em 2024. Essa é a primeira vez que o mercado financeiro projeta que o IPCA fique acima do teto neste ano. Se confirmado, será o primeiro estouro da meta desde 2022, quando a inflação somou 5,79%.

A projeção do mercado acontece após a divulgação do IPCA de setembro, que veio pressionado por questões climáticas, como a seca, que impactou a energia elétrica e os alimentos. Para 2025, os analistas também subiram a estimativa de inflação, de 3,99% para 4%.

A desancoragem da inflação é dos grandes motivos que levaram o Banco Central a iniciar o aumento das taxas de juros. Cenário externo instável, aumento do risco fiscal e dos preços dos alimentos e da energia passaram a pressionar ainda mais o indicador. A projeção tanto para este ano quanto para o próximo está bem acima do centro da meta, que é de 3%.

Veja: Mercado financeiro projeta estouro da meta de inflação neste ano
G1: Boletim Focus: mercado passa a estimar IPCA acima de 4,5% neste ano, com estouro da meta de inflação

4. Governo avalia limite global para despesas obrigatórias com gatilhos de contenção

Com o objetivo de desacelerar expansão de gastos e gerenciar expectativas diante de desconfiança do mercado, o governo brasileiro avalia limite global para despesas obrigatórias. Caso os gastos obrigatórios (que incluem benefícios previdenciários, assistenciais, folha de salários e benefícios como seguro-desemprego) avancem acima desse patamar, gatilhos de contenção seriam acionados para ajudar a manter o controle.

O crescimento acelerado destas despesas, em ritmo superior ao teto global do arcabouço, é justamente a raiz da desconfiança quanto à sustentabilidade da regra fiscal proposta pelo governo. No acumulado do ano até agosto, o gasto com benefícios previdenciários cresceu 3,4% acima da inflação em relação a igual período de 2023. A fatura com abono salarial e seguro-desemprego avançou 7,8% em termos reais. No BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, a alta foi ainda mais expressiva, de 16,6%.

Folha de São Paulo: Governo avalia limite global para despesas obrigatórias com gatilhos de contenção

5. Consumo nos lares brasileiros cresce 0,95% em setembro

O consumo nos lares brasileiros cresceu 0,95% em setembro de 2024, em relação ao mesmo período de 2023, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No acumulado do ano, o consumo segue positivo e em linha com a projeção de alta de 2,50% para 2024. De janeiro a outubro de 2024, o setor contou ainda com a inauguração de 279 lojas.

O crescimento gradual do emprego formal e a melhoria na renda das famílias têm ajudado o consumo, com expectativa de que o indicador continue positivo no resto do ano. O índice Abrasmercado – cesta de 35 produtos de largo consumo nos supermercados e que inclui itens como arroz, feijão, batata, leite e carnes – teve uma alta mensal de 0,90% em setembro deste ano. Na média nacional, os preços da cesta passaram de R$ 732,82 para R$ 739,44.

No acumulado de janeiro a setembro, o Abrasmercado subiu 2,34%. O resultado tem relação principalmente com a alta dos preços da carne bovina, que tende a deslocar a demanda para outras proteínas e gerar preços mais elevados nas carnes como um todo.

IstoÉ Dinheiro: Consumo nos lares cresce 0,95% em setembro ante setembro de 2023, mostra Abras