Brasil

03 de março de 2023

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1. Puxado por consumo pós-pandemia, PIB do Brasil cresce 2,9% em 2022

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,9% no ano de 2022, de acordo com a pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O setor que mais se destacou foi o de serviços, estimulado pelo chamado “efeito reabertura”, ou seja, o impacto expressivo que o retorno de bares, restaurantes, salões de beleza, turismo e outras atividades provocou no consumo no período pós-pandemia. Em valores correntes, o PIB brasileiro totalizou R$ 9,9 trilhões em 2022, com taxa de investimento de 18,8%.

Apesar dos números positivos, no entanto, o 4º trimestre de 2022 já foi marcado pela queda de 0,2% no crescimento. Especialistas indicam que alguns estímulos para a economia feitos em 2022 foram de curto prazo e que prejudicarão o crescimento do país em 2023.

G1: PIB do Brasil avança 2,9% em 2022, mesmo com 4º trimestre de queda 
CNN: Resultado do PIB é positivo, mas crescimento não é sustentável, diz economista 

2. Brasil encerra 2022 com taxa de desemprego de 9,3%

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego do Brasil em 2022 foi de 9,3%. O percentual é o mais baixo desde 2015, quando o país encerrou o ano com 8,6% de desempregados. Em comparação com o ano de 2021, a taxa foi de 13,2%, uma queda de 3,9%.

Ainda segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o Brasil teve, em 2022, uma média de 10 milhões de desempregados, uma redução de 28% frente aos 13,9 milhões de desempregados em relação ao ano anterior.

Apesar dos números que mostram queda, a quantidade de pessoas em busca de trabalho está 46,4% mais alta que em 2014, quando o mercado de trabalho tinha o menor contingente de desocupados (6,8 milhões) da série histórica da Pnad Contínua.

Valor: Desemprego cai para 9,3% em 2022, menor taxa desde 2015 
IBGE: Indicadores mostram queda no número de desempregados no Brasil em 2022 

3. Governo volta a cobrar parcialmente tributos sobre combustíveis

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, juntamente com sua equipe econômica, decidiu retomar parcialmente a cobrança de tributos dos combustíveis. A desoneração, feita em 2022 pelo governo Bolsonaro, compromete o financiamento de programas sociais, de acordo com o atual governo.

Os tributos PIS, Cofins e Cide voltaram a ser cobrados parcialmente a partir deste mês. Dessa forma, o impacto no preço da gasolina será de 75%, enquanto o etanol terá reajuste de 21%. O diesel ficará isento de tributação até o fim do ano.

Para diminuir o impacto da tributação, a Petrobras anunciou uma redução no preço dos combustíveis para as distribuidoras. Segundo especialistas, no final das contas, a gasolina foi reonerada em R$ 0,47 por litro para o consumidor final, enquanto o etanol foi reajustado em R$ 0,02 por litro na bomba.

Poder 360: Governo Lula cobrará R$ 0,47 de imposto sobre o litro da gasolina 
G1: Petrobras reduz preços de gasolina e diesel para distribuidoras

4. Governo tributará jogos online para compensar correção da tabela do IR

Em busca de compensar a perda de arrecadação com as novas medidas de isenção do Imposto de Renda, o governo brasileiro se prepara para tributar jogos online. A declaração foi feita por Fernando Haddad, ministro da Economia.

Apesar de não detalhar quais jogos serão tributados, especialistas no assunto afirmam que empresas de cassinos online e de apostas esportivas estão na mira do fisco. De acordo com o ministro, a arrecadação desse tributo pode gerar ganhos na ordem dos bilhões de reais, o que ajudará nas contas do governo.

De acordo com as novas regras do IR, trabalhadores que recebem até dois salários-mínimos (R$ 2.640) estarão livres do imposto. Com isso, o governo estima uma diminuição de R$ 3,2 bilhões na arrecadação em 2023 e R$ 6 bilhões em 2024.

UOL: Governo tributará jogos eletrônicos para compensar correção da tabela do IR

5. Estados Unidos reforçam compromisso com Fundo Amazônia

O assessor especial do governo norte-americano para o clima, John Kerry, junto com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, estiveram reunidos nesta semana para debater sobre o futuro da Floresta Amazônica.

Em visita ao Brasil, John Kerry afirmou que os Estados Unidos estão comprometidos em colaborar com o Fundo Amazônia e confirmou que seu país está discutindo um pacote bilionário em prol do meio ambiente. Kerry também informou que o governo dos EUA mobilizará a iniciativa privada no país para investir no Brasil.

Criado em 2008 durante o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, o Fundo Amazônia é um programa que busca a contribuição voluntária, ou seja, doações para prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, assim como conservação e uso sustentável da Amazônia Legal. O Fundo Amazônia é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), que faz a captação de recursos, contratação e monitoramento dos projetos e ações apoiados

G1: Ao lado de Marina, Kerry diz que os EUA estão comprometidos em colaborar com o Fundo Amazônia 
Metrópoles: Governo defende a Kerry que EUA doe ao menos US$ 1 bi para Fundo Amazônia