Brasil

10 de maio de 2024

Back

1. Chuvas no RS: governo anuncia apoio emergencial e crédito para família, empresas e pequenos agricultores

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quinta-feira (09) que o governo está lançando medidas de crédito para auxiliar famílias, empresas e pequenos agricultores impactados pelas inundações no Rio Grande do Sul. Com cerca de 80% dos municípios gaúchos afetados e 336 cidades em estado de calamidade, o estado enfrenta o que é considerado o pior desastre ambiental de sua história.

O plano de auxílio inclui uma linha de crédito abrangente para famílias em situação de calamidade, sem detalhes específicos sobre os bens materiais que poderão ser adquiridos. Além disso, está sendo avaliada a suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União, com um projeto que visa o tratamento diferenciado dos débitos em casos de crise climática.

Apesar dos esforços para direcionar políticas específicas, a extensão dos danos e a necessidade de assistência federal ainda são incertas, com a continuidade das chuvas complicando a avaliação dos prejuízos e a dificuldade de acesso a dados confiáveis. O governo federal enfrenta desafios para mapear as necessidades devido à prioridade em resgatar os afetados pelas inundações.

O Globo: Chuvas no RS: governo anuncia hoje crédito para família, empresas e pequenos agricultores
Folha de S. Paulo: Tragédia em andamento deixa incógnita sobre tamanho da ajuda federal ao RS

2. Copom reduz Taxa Selic para 10,50% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou por uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, fixando-a em 10,50% ao ano, durante sua reunião de quarta-feira (8). Este é o sétimo corte consecutivo na taxa básica de juros, que teve início em agosto de 2023, quando estava em 13,75% ao ano.

A decisão marca uma mudança no ritmo dos cortes, que até então vinham sendo de 0,5 ponto percentual a cada encontro. Mesmo com essa diminuição, a taxa atinge seu menor nível desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,25% ao ano. Os economistas já esperavam esse ajuste, considerando propostas de mudança na meta fiscal e a demora na redução dos juros nos Estados Unidos.

Em seu comunicado pós-reunião, o Copom ressaltou a necessidade de serenidade e moderação na condução da política monetária, destacando que ajustes futuros na taxa de juros serão determinados pelo compromisso de convergência da inflação à meta. Diante de um cenário global desafiador e expectativas de inflação desancoradas, o comitê enfatizou a importância de uma abordagem cautelosa, mantendo a política monetária contracionista até que se solidifique o processo de desinflação e a ancoragem das expectativas em torno das metas. A decisão, no entanto, não foi unânime entre os membros do Copom.

G1: Copom reduz Selic para 10,50% ao ano; corte foi de 0,25 ponto percentual e em ritmo menor do que nas últimas reuniões
O Globo: Entenda em 5 pontos os principais recados do Banco Central ao cortar os juros para 10,50%

3. Fintechs brasileiras já atendem 251 milhões de clientes, segundo pesquisa

As fintechs brasileiras estão em ascensão, atendendo a um total de 251 milhões de clientes pessoa física até o final de 2023 – um aumento de 77% em comparação com o ano anterior. O levantamento, divulgado pela associação Zetta, revelou também que as fintechs atendem a 7 milhões de clientes pessoa jurídica, incluindo microempreendedores individuais.

As fintechs associadas têm uma ampla gama de atuação, com a maioria focada em empresas (B2B) e consumidores finais (B2C). Além disso, uma parcela significativa atua na intermediação entre duas partes (P2P) e presta serviços para governos (B2G).

Em termos de serviços oferecidos, os meios de pagamento lideram, abrangendo 91% das fintechs, seguidos por empréstimos (66%), conta transacional (66%), open banking (58%) e antecipação de recebíveis (50%). As fintechs também estão gerando impacto econômico, empregando 17,3 mil pessoas e implementando 64 iniciativas voltadas para segurança da informação e prevenção de fraudes.

Valor: Fintechs brasileiras já têm 251 milhões de clientes, diz Zetta

4. São Paulo sedia semana de investimentos climáticos para estimular negócios de baixo carbono

No final de maio, São Paulo será o centro das atenções com dois eventos reunindo investidores nacionais e internacionais interessados em oportunidades de negócios voltadas para a crise climática, na Brazil Climate Investment Week. O objetivo é criar uma massa crítica de investidores que compreendam as oportunidades para o Brasil gerar crescimento, desenvolvimento e empregos por meio da transição para uma economia de baixo carbono, visando tanto o mercado interno quanto o externo.

O Brasil, segundo os organizadores, está diante de uma oportunidade única, com a presidência do G20 este ano e a presidência dos Brics e da COP em 2025. O ambiente político favorável à agenda de desenvolvimento verde, com iniciativas como o mercado regulado de carbono e a taxonomia verde, está sendo elogiado como sofisticado pelos especialistas. Essa conjuntura cria uma janela de oportunidade para que o capital privado flua em direção a soluções climáticas.

A semana de investimentos começa em 21 de maio com a Converge Capital, focada no mercado financeiro local, e continua no dia seguinte com o NBS Investment Summit, direcionado principalmente a investidores estrangeiros

Capital Reset: São Paulo será palco de semana de investimentos climáticos

5. Balança comercial registra em abril superávit de US$ 9 bilhões

A balança comercial brasileira apresentou em abril um superávit de US$ 9,041 bilhões, conforme divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Esse saldo positivo ocorre quando as exportações superam as importações, o que contrasta com um resultado deficitário.

Comparado ao mesmo período do ano anterior, o superávit deste mês superou os US$ 8 bilhões registrados em abril de 2023. As exportações em abril atingiram US$ 30,92 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 21,879 bilhões. Entre os destaques das exportações estão os óleos combustíveis de petróleo, com um aumento de 125,9%, seguidos por açúcares e melaços com expansão de 110,9%, óleos brutos de petróleo com aumento de 92,4%, e carne bovina com elevação de 79,4%.

No acumulado do ano, as exportações totalizam US$ 108,85 bilhões e as importações US$ 81,11 bilhões, resultando em um superávit de US$ 27,736 bilhões até o momento.

G1: Balança comercial tem superávit de US$ 9 bilhões em abril