Brasil

13 de Junho de 2025

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1. Governo publica MP com mudanças em tributações financeiras

O governo brasileiro publicou a medida provisória (MP) que estabelece uma série de mudanças na tributação de aplicações financeiras, além de elevar a taxação de alguns tipos de empresas. A previsão é arrecadar R$ 10 bilhões neste ano e R$ 20 bilhões com essa nova política. As medidas, adotadas como alternativa à alta do Imposto sobre Operações financeiras (IOF), geraram ampla repercussão na classe política e no mercado.

O pacote tributário traz mudanças importantes para investidores. Conforme sinalizado pelo governo, acaba com a isenção de Imposto de Renda para títulos que até então eram isentos para a pessoa física, como, por exemplo, letras e certificados de crédito imobiliário e do agronegócio (LCI, LIG, LCA, CRI e CRA). Ganhos com ações e derivativos negociados no mercado futuro e operações de “day trade” também passam a ser taxados em 17,5%.

Há uma divergência acirrada entre ministério da Fazenda e Congresso nessa matéria. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por exemplo, afirmou que não há compromisso imediato em aprovar as medidas.

Exame: Governo publica medida provisória com alta de receita em alternativa ao decreto do IOF
Valor: MP alternativa à alta do IOF traz mudanças profundas no bolso do investidor

2. Queda do dólar no mercado internacional

O dólar atingiu o menor patamar em três anos no mercado internacional, caindo 0,8%, nesta quinta-feira, em comparação a moedas de peso internacionais. As ameaças de Donald Trump de elevar tarifas contra parceiros comerciais e a frustração diante da trégua com a China são alguns dos fatores que impactaram a cotação. A tensão entre EUA, Israel e Irã também influencia o cenário.

No Brasil, o dólar caiu 0,57%, fechando a R$ 5,53. Segundo especialistas, o país foi beneficiado pela elevação da taxa de juros, o que impulsionou o ingresso de capital estrangeiro em busca de operações de carry trade.

O Globo: Dólar hoje: moeda americana cai ao menor patamar em 3 anos no mercado internacional

3. Mercado de capitais brasileiro tem menor índice desde janeiro de 2024

O mercado de capitais brasileiro apresentou uma queda no volume de captação, registrando o menor índice desde janeiro de 2024. Foram R$ 43,6 bilhões em maio de 2025 em comparação com R$ 21,19 bilhões captados em janeiro de 2024. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O resultado representa queda também em relação aos R$ 47,4 bilhões de abril, e ainda mais distante do pico observado em dezembro de 2024, quando o mercado atingiu R$ 101,93 bilhões em captações.

A pesquisa aponta, ainda, uma mudança no perfil dos investidores. Fundos de Investimento responderam por 54,8% das subscrições de debêntures em maio, frente a 35,4% em abril. Os intermediários financeiros e participantes ligados à estruturação das ofertas, que detinham 64,6% no mês anterior, recuaram para 45,2%.

Infomoney: Mercado de capitais capta R$ 43,6 bi em maio, menor nível desde janeiro de 2024

4. Recorde na produção de grãos

O Brasil pode atingir um novo recorde na produção de grãos, com estimativa de 336,1 milhões de toneladas na safra 2024/25. Esse volume representa um crescimento de 13% (ou 38,6 milhões de toneladas) em relação à safra anterior. A previsão foi divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O dado faz parte do 9º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25. Caso se confirme, será a maior safra já registrada no país.

Segundo a Conab, o aumento será impulsionado pela expansão de 7,1% na área cultivada. Apesar disso, a produtividade tem sido impactada por chuvas irregulares. Ainda assim, as condições climáticas foram suficientes para manter o bom desenvolvimento das lavouras. A Conab destaca que, mesmo com os desafios climáticos, a produção segue em alta. O cenário é otimista para o setor agrícola brasileiro.

Agência Brasil: Brasil poderá ter novo recorde na produção de grãos na safra 2024/2025

5. Inflação brasileira tem queda em maio

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que indica a inflação oficial do Brasil, acumulou a terceira queda consecutiva. Embora maio tenha registrado alta de 0,26%, o resultado representa uma desaceleração em relação a abril, quando a taxa foi de 0,43%. A divulgação dos dados foi feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A tendência indica um ritmo mais lento de aumento nos preços.

No acumulado de 2024 até maio, o IPCA subiu 2,75%. Nos últimos 12 meses, a inflação ficou em 5,32%. Esse valor mostra uma leve queda em relação aos 5,53% registrados no mês anterior. Apesar da desaceleração, o índice ainda está acima da meta de 3% definida como objetivo. Isso indica que, embora a inflação esteja perdendo força, ainda permanece em um nível elevado.

CNN: IBGE: Inflação desacelera a 0,26% em maio; alta na conta de luz puxa índice
Folha de S. Paulo: Inflação de maio vem abaixo das previsões com alívio de alimentos e queda de passagem aérea e gasolina