Brasil
14 de Março de 2025
1. Inflação para 2025 volta a subir e chega a 5,68%
O Boletim Focus desta semana revelou um aumento na projeção da inflação para 2025, que passou de 5,65% para 5,68%, após uma semana de estabilidade. Para 2026, a expectativa do IPCA se manteve em 4,40%, ainda acima da meta oficial do Banco Central. Já as projeções para 2027 e 2028 permaneceram estáveis em 4% e 3,75%, respectivamente.
Outros indicadores econômicos, como o PIB e a taxa Selic, não sofreram alterações. A estimativa de crescimento do PIB segue em 2,01% para 2025 e 1,70% para 2026. A previsão para a taxa Selic também permaneceu inalterada, projetando-se em 15% para este ano e 12,50% para 2026, refletindo a cautela do mercado diante do cenário inflacionário.
Exame: Boletim Focus: projeção de inflação para 2025 volta a subir e chega a 5,68%
2. Governo lança “Crédito do Trabalhador”
O programa “Crédito do Trabalhador” foi lançado para ampliar o acesso ao empréstimo consignado para trabalhadores da iniciativa privada. A iniciativa pode beneficiar cerca de 39 milhões de profissionais com carteira assinada e tem potencial para impulsionar até R$ 120 bilhões em novas operações. Antes, essa modalidade era restrita a funcionários públicos, aposentados e pensionistas, que já contavam com condições mais vantajosas.
O objetivo é oferecer crédito com taxas reduzidas, variando entre 2,5% e 3% ao mês, em comparação com os atuais 6%. Para garantir maior segurança no pagamento, o processo inicial utilizará dados do eSocial, que centraliza a folha de pagamento dos trabalhadores. Em caso de demissão, parte do FGTS (10% do saldo disponível e 40% da multa rescisória) poderá ser utilizada como garantia, embora os bancos tenham liberdade para negociar esses termos.
Além disso, foram estabelecidos critérios rigorosos para a análise de crédito, considerando o perfil do trabalhador, tempo de emprego, faixa salarial, vínculo com a empresa, adimplência e o porte do empregador. A novidade também permitirá a migração de contratos existentes, desde que o comprometimento da renda não ultrapasse 35%, possibilitando o refinanciamento das dívidas com condições mais favoráveis e contribuindo para a prevenção do superendividamento.
CNN Brasil: Governo lança nesta quarta programa que amplia consignado para CLT; entenda
G1: Entenda como vai funcionar o consignado para trabalhadores do setor privado
3. Produção industrial estável
A produção industrial brasileira apresentou variação nula (0,0%) em janeiro de 2025 na comparação com dezembro de 2024, interrompendo três meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 1,2%. No entanto, em relação a janeiro de 2024, a indústria registrou crescimento de 1,4%, marcando o oitavo resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação. O índice acumulado dos últimos 12 meses avançou 2,9%, embora em um ritmo menor do que nos meses anteriores. Entre os setores que impulsionaram o resultado, destacam-se o de máquinas e equipamentos (6,9%) e o de veículos automotores (3,0%), enquanto as indústrias extrativas (-2,4%) exerceram o maior impacto negativo.
Entre as grandes categorias econômicas, os bens de capital (4,5%) e os bens de consumo duráveis (4,4%) apresentaram os maiores crescimentos em janeiro, revertendo quedas anteriores. Por outro lado, o segmento de bens intermediários foi o único a registrar retração (-1,4%), eliminando o avanço de 0,5% observado no mês anterior. A média móvel trimestral registrou queda de 0,3%, com os setores de bens intermediários e bens de consumo semi e não duráveis apresentando os piores desempenhos.
Na comparação com janeiro de 2024, a indústria cresceu 1,4%, com três das quatro grandes categorias econômicas registrando avanços. O setor de bens de consumo duráveis foi o destaque, com um crescimento de 16,6%, impulsionado pela maior produção de automóveis e eletrodomésticos. Já o setor de bens de capital avançou 8,2%, sustentado pelo crescimento na fabricação de máquinas e equipamentos. Entretanto, as indústrias extrativas (-5,2%) e de derivados de petróleo (-3,8%) tiveram quedas expressivas, impactando negativamente o desempenho industrial geral.
Agência IBGE: Produção industrial registra variação nula (0,0%) em janeiro
4. Restituição do IR 2025: Pix garante prioridade, mas com novas regras
A Receita Federal anunciou mudanças na fila de restituição do Imposto de Renda 2025. Contribuintes que optarem por receber via PIX continuarão tendo prioridade, mas agora precisam também utilizar a declaração pré-preenchida para se posicionarem à frente na fila. O prazo para entrega da declaração começa em 17 de março e vai até 30 de maio, sendo que quanto antes for enviada, maiores são as chances de restituição nos primeiros lotes.
O calendário de restituição segue cinco lotes, com o primeiro programado para 30 de maio e o último para 30 de setembro. No entanto, a prioridade segue regras já conhecidas: idosos acima de 80 anos são os primeiros a receber, seguidos por idosos entre 60 e 79 anos, pessoas com doenças graves ou deficiência, professores e, agora, aqueles que utilizarem tanto a declaração pré-preenchida quanto a restituição via PIX.
A nova estratégia da Receita busca agilizar o pagamento e incentivar o uso de ferramentas digitais, tornando o processo mais eficiente e seguro. O contribuinte que apenas optar por um dos critérios (PIX ou declaração pré-preenchida) ainda terá preferência, mas não estará no topo da lista.
O Globo: Imposto de Renda 2025: Quem optar por receber via PIX terá prioridade na restituição
5. Brasil firma compromisso de promoção da economia sustentável
O Brasil se posiciona como líder na pauta da sustentabilidade global, conforme destacou Márcio Elias Rosa, secretário-executivo do MDIC, durante o lançamento do Sustainable Business COP 30. O evento marcou o compromisso do governo brasileiro, representado pelo presidente Lula e o ministro Geraldo Alckmin, em promover uma economia sustentável, associando crescimento econômico à preservação ambiental. Com a realização da COP 30 em Belém, o país reforça sua capacidade de engajar setores produtivos e entidades econômicas no cumprimento dos acordos climáticos internacionais.
O secretário ressaltou que o Brasil está preparado para liderar a agenda de sustentabilidade devido ao avanço da sua política industrial e ao crescimento econômico recente. A Nova Indústria Brasil (NIB) visa tornar a indústria nacional mais sustentável e competitiva, fortalecendo a posição do país no cenário global. Além disso, o Brasil se destaca pelo uso de energias renováveis e pela capacidade de produzir bens com menor emissão de poluentes, tornando-se um exemplo de desenvolvimento sustentável para o mundo.
O setor produtivo brasileiro também assume protagonismo na agenda climática, conforme evidenciado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que lidera o Sustainable Business COP 30. O objetivo é apresentar contribuições do setor privado para a redução de emissões e o avanço da bioeconomia e transição energética. O presidente da CNI, Ricardo Alban, enfatizou que o empresariado brasileiro está comprometido com essa transformação, contando com apoio regulatório para consolidar o Brasil como referência global em sustentabilidade e inovação verde.
Agência Gov: MDIC: Brasil está preparado para liderar a pauta da sustentabilidade na COP 30