Brasil
16 de maio de 2025

1. Ibovespa bate recorde histórico, motivado por capital estrangeiro e juros
O Ibovespa bateu dois recordes históricos esta semana. O primeiro foi a pontuação de 138.963,11, que representou uma alta diária de 1,76%. Além disso, a máxima do dia também chegou pela primeira vez a 139.418,17 pontos. O maior patamar anterior havia sido registrado em agosto de 2024.
Especialistas apontam a expectativa do fim do ciclo de alta de juros no Brasil, a injeção de capital estrangeiro e a trégua comercial entre China e EUA como alguns dos fatores que influenciaram a alta pontuação da bolsa de valores brasileira. O aporte estrangeiro no mês de maio, por exemplo, foi de R$ 6 bilhões, um sinal de rotação de carteiras globais devido às incertezas na economia norte-americana.
Infomoney: Ibovespa passa pela primeira vez de 139 mil e fecha no maior patamar da história
CNN Brasil: Capital estrangeiro, alívio global e juros impulsionam recorde do Ibovespa
2. Petrobrás demonstra confiança com lucro líquido de R$ 35 bilhões
A Petrobras anunciou no início da semana um lucro líquido de R$ 35 bilhões (US$ 6 bilhões) referente às atividades do primeiro trimestre de 2025. Os investimentos chegaram ao nível de R$ 23,7 bilhões (US$ 4,1 bilhões), tendo como principais destinatários projetos do pré-sal nos campos de Búzios e Atapu; pré-sal da Bacia de Santos e do litoral do Rio de Janeiro.
Em entrevista coletiva, a presidente da estatal, Magda Chambriand, demonstrou confiança, ao dizer que a companhia está determinada a entregar resultados econômicos expressivos para a sociedade brasileira. Segundo a executiva, o lucro teria sido maior não fosse a valorização cambial ocorrida no período. Para ela, os resultados financeiros são uma prova da capacidade técnica da Petrobras.
Agência Brasil: Petrobras está determinada a entregar resultados sólidos à sociedade
3. IPCA e serviços desaceleram
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, teve uma desaceleração de 0,13 ponto percentual em comparação ao índice de março. As duas principais categorias de produtos que influenciaram no mês de abril foram alimentos e produtos de saúde. Nos últimos 12 meses, a inflação acumula alta de 5,53%, valor superior ao mesmo período do ano anterior.
Em paralelo, o volume de serviços no Brasil desacelerou no mês de março, data do último registro oficial. Dessa forma, o trimestre fechou com queda de 0,2% em comparação com os três meses anteriores, o que interrompe uma sequência de sete trimestres consecutivos de ganhos. O mercado de trabalho interno aquecido, com geração de empregos com carteira assinada e salários em alta, é um dos fatores que continuam a sustentar o desempenho do setor de serviços.
Ambos os índices – IPCA e serviços – foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) esta semana.
Exame: IPCA de abril desacelera e fica em 0,43%; inflação acumulada de 12 meses sobe para 5,53%
Folha de S. Paulo: Serviços desaceleram e crescem 0,3% no Brasil em março, diz IBGE
4. Ata do COPOM prevê cenário incerto
A ata divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) apontou que as sucessivas altas na taxa básica de juros já estão influenciando o mercado de crédito e ajudando a conter o ritmo de expansão da economia. O documento também ressaltou que o cenário internacional permanece cercado de incertezas, especialmente em relação à política tarifária dos Estados Unidos, o que exige uma postura cautelosa na formulação da política monetária.
A análise feita pelo comitê ao decidir pelo aumento da Selic de 14,25% para 14,75% ao ano, destaca que a política monetária, atualmente bastante restritiva, continuará atuando para conter o crescimento econômico. Até o momento, o Copom observa um contexto econômico com sinais contraditórios quanto à desaceleração. Segundo conselheiros, o impacto da política de juros pode ser sentido no mercado de crédito, no câmbio e no balanço das empresas.
Valor Econômico: Cenário prescreve juros em patamar contracionista por período prolongado, diz ata do Copom
5. Em viagem a China, Lula fortalece laços comerciais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou com comitiva para a China no intuito de reforçar laços diplomáticos e parcerias comerciais. Lula teve reuniões com o presidente chinês, Xi Jinping, nas quais defendeu o multilateralismo como uma forma de garantir uma representatividade mais diversa das nações em meio a um contexto geopolítico permeado de incertezas e conflitos bélicos.
Lula também abriu conversas no sentido de ampliar investimentos do país asiático nas áreas de agricultura e infraestrutura no Brasil. Um exemplo imediato é o acordo entre o Banco do Brasil e o Banco de Desenvolvimento da China (CDB) no valor de US$ 1 bilhão para ampliar financiamentos a empresas brasileiras e chinesas. Outra ação concreta foi a oficialização de investimentos chineses no Brasil, por intermédio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), na ordem de R$ 27 bilhões. Entre as iniciativas, estão previstas um Hub de energia renovável e um Parque Industrial de ecossistema verde.
Exame: Lula inicia agendas na China com foco em estender comércio chinês no Brasil
Correio Braziliense: Governo anuncia R$ 27 bi em investimentos de empresas chinesas no Brasil