Brasil

18 de outubro de 2024

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1. Produtividade na Indústria de Transformação registra leve queda no segundo trimestre de 2024

A produtividade do trabalho na indústria de transformação brasileira caiu 0,3% no segundo trimestre de 2024, conforme levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Embora esse resultado suceda uma queda de 1,4% no trimestre anterior, a CNI considera o índice próximo à estabilidade, já que a produção industrial aumentou 0,9%, enquanto as horas trabalhadas cresceram 1,3%.

Para os próximos trimestres, a expectativa é de recuperação da produtividade, impulsionada pela conclusão de treinamentos de novos colaboradores e por políticas governamentais que incentivam a modernização industrial. Entre as medidas estão o financiamento do Plano Mais Produção e a nova lei de depreciação acelerada, que devem melhorar as condições de investimento das empresas.

Agência Brasil: Produtividade na indústria cai 0,3% no segundo trimestre

2. Câmara aprova projeto que permite fiscalização municipal de concessões de energia

Em meio à crise energética em São Paulo, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que descentraliza a fiscalização das concessões de energia elétrica no Brasil, permitindo que os municípios participem do monitoramento e da elaboração dos contratos dessas concessões. O projeto visa fortalecer a atuação local na supervisão dos serviços de distribuição de energia. Agora, o texto segue para análise no Senado.

A aprovação do projeto ocorre em um momento crítico, quando mais de 500 mil clientes da Enel Distribuição, em São Paulo, ficaram sem energia após um temporal. A concessionária, que atende 24 municípios, enfrenta dificuldades para restaurar o serviço devido à complexidade da reconstrução de trechos inteiros da rede elétrica. O projeto busca garantir maior controle local sobre a qualidade dos serviços prestados, respeitando a legislação vigente e as decisões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O Globo: Em meio ao apagão em SP, Câmara aprova projeto que permite a municípios fiscalizarem concessões de energia

3. Relatório alerta para aquecimento global de 2,4°C
e destaca desafios energéticos

Apesar do crescimento expressivo das fontes de energia renovável, a demanda global por combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás, deve atingir seu pico ainda nesta década, mas sem uma redução significativa das emissões de gases de efeito estufa. Segundo o novo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), o planeta segue em uma trajetória de aquecimento de 2,4°C, muito acima da meta de 1,5°C estabelecida no Acordo de Paris, o que agrava os riscos de mudanças climáticas severas.

O documento aponta que, embora os investimentos em energia limpa tenham alcançado quase US$ 2 trilhões em 2023, o dobro do montante destinado a novas fontes de combustíveis fósseis, a expansão das fontes renováveis, como solar e eólica, ainda não é suficiente para atingir as metas climáticas globais. China lidera essa transição, respondendo por 60% da nova capacidade de energia renovável adicionada em 2023, mas desafios como a integração eficiente dessa nova capacidade às redes elétricas e o atraso em projetos de energia limpa em economias emergentes permanecem. A crescente demanda por eletricidade, impulsionada pelo uso de ar-condicionado e data centers, também é uma preocupação, especialmente em regiões como África, Ásia e América Latina.

A combinação de fatores geopolíticos, alta demanda e o aumento das temperaturas devido às mudanças climáticas coloca o setor energético em uma posição crítica, exigindo esforços coordenados para acelerar a transição energética e mitigar os impactos das mudanças climáticas.

Folha de São Paulo: Planeta caminha para aquecer 2,4°C com demanda atual de energia

4. Plano de Transformação Ecológica pode impulsionar economia brasileira em até R$ 772 bilhões até 2050

O governo brasileiro lançou o Plano de Transformação Ecológica (PTE) com o objetivo de remodelar a economia e promover o desenvolvimento sustentável. De acordo com o Ministério da Fazenda, o plano tem o potencial de acelerar o crescimento do PIB em 3% até 2026, e de gerar um impacto econômico de R$ 772 bilhões até 2050, conforme estudo realizado em parceria com o Banco Mundial.

O PTE foca em inovação tecnológica e no uso responsável dos recursos naturais, com medidas como a regulamentação do mercado de carbono, investimentos em infraestrutura verde e incentivos para práticas agrícolas sustentáveis. O plano também prevê uma redução de 12% nas emissões de gases de efeito estufa e uma queda de 55% no desmatamento até 2050, embora ressalte que alcançar essas metas ambiciosas depende de fatores externos às políticas públicas.

CNN Brasil: Fazenda espera impacto de R$ 396 bilhões na economia até 2030 com Plano de Transformação Ecológica

5. Possível retorno do Horário de Verão é adiado para 2025

O retorno do horário de verão em 2024 foi descartado, mas há a possibilidade de retomada em 2025, dependendo de futuras avaliações técnicas. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, as atuais medidas – apesar da pior seca desde 1950 – garantiram níveis adequados nos reservatórios, tornando desnecessária a mudança imediata.

Embora uma análise recente do Operador Nacional do Sistema Elétrico tenha apontado benefícios para o sistema energético, como maior eficiência entre 18h e 20h, a decisão priorizou alternativas já adotadas para reduzir o consumo no horário de pico. O debate sobre o retorno do horário de verão continua, mas sem previsão concreta para sua implementação.

Estadão: Governo diz que horário de verão este ano está descartado, mas que pode ser retomado em 2025