Brasil
20 de setembro de 2024
1. Estimativa do PIB sobe para 3,2%, segundo o Ministério da Fazenda
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou para cima a estimativa de crescimento da economia brasileira em 2024, passando de 2,5% para 3,2%. A mudança ocorre após a divulgação do aumento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano, resultado acima das expectativas, segundo dados do IBGE. A SPE também ajustou a projeção de inflação para 2024, elevando-a de 3,9% para 4,25%, refletindo um cenário econômico em transformação.
Apesar da perspectiva positiva para o PIB, a SPE prevê uma desaceleração no segundo semestre de 2024. A expectativa é de que o crescimento seja de 0,6% no terceiro trimestre, abaixo dos 1,4% registrados no período anterior. A projeção para 2025 também foi ajustada, passando de 2,6% para 2,5%, devido à possível elevação da Taxa Selic. Já a estimativa para a inflação se aproxima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, com uma variação esperada entre 1,5% e 4,5%.
Agência Brasil: Fazenda aumenta estimativa para o PIB
2. Vendas no varejo crescem 0,6% em julho
As vendas no comércio varejista brasileiro voltaram a crescer em julho, com um aumento de 0,6% em relação ao mês anterior, recuperando parte da queda de 0,9% registrada em junho. No acumulado do ano, o varejo já apresenta uma alta de 5,1%, e nos últimos 12 meses, o crescimento é de 3,7%. Essa recuperação foi observada em diversos setores, com destaque para o segmento de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que avançou 1,7% em julho.
Outros setores também acompanharam essa tendência positiva, como o de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que cresceu 2,1% em julho. Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação tiveram um aumento de 2,2%, enquanto tecidos, vestuário e calçados cresceram 1,8%. A pesquisa ainda revela que, na comparação com julho de 2023, houve um aumento de 4,4% nas vendas do varejo, marcando o 14º mês consecutivo de crescimento. No varejo ampliado, que inclui veículos, motos, peças e material de construção, a variação em julho foi mais tímida, de 0,1%, acumulando uma alta de 4,7% no ano.
Estadão: Vendas no comércio crescem 0,6% em julho
3. Senado aprova programa de crédito e renegociação de dívidas
O Senado Federal aprovou o Programa Acredita no Primeiro Passo, uma iniciativa do governo federal para facilitar o acesso ao crédito e a renegociação de dívidas de pessoas físicas e pequenas empresas. O programa é direcionado a pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e prioriza famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica, incluindo mulheres, jovens, pessoas negras, membros de populações tradicionais e ribeirinhas, e agora também pessoas com deficiência, conforme emenda da senadora Mara Gabrilli. Os recursos serão garantidos pelo Fundo Garantidor de Operações (FGO), com participação da União em até R$ 1 bilhão, visando apoiar microempreendedores e empresas de pequeno porte.
O programa ainda inclui o Procred 360, uma linha de crédito voltada para microempresas e taxistas autônomos, com faturamento de até R$ 360 mil ao ano. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social pode estabelecer taxas de juros mais baixas e aumentar o limite de crédito para empresas lideradas por mulheres ou reconhecidas pelo Selo Emprega+Mulher. O texto também prevê um programa de renegociação de dívidas para microempresas, com condições especiais para empresas com faturamento anual igual ou inferior a R$ 4,8 milhões, visando retomar o acesso a crédito e a regularização empresarial.
G1: Senado aprova programa de crédito
4. BC retoma ciclo de alta dos juros e passa Selic a 10,75%
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, atingindo 10,75% ao ano. Esta é a primeira alta desde agosto de 2022, quando a taxa chegou a 13,75% e se manteve nesse patamar até agosto de 2023. A decisão unânime do Copom foi anunciada sem diretrizes claras sobre os próximos passos da política monetária, indicando que futuros ajustes dependerão da evolução da inflação. O Banco Central destacou que, apesar do cenário global de relaxamento monetário, no Brasil há mais riscos para a alta da inflação, como a persistência do aumento dos preços de serviços e a incerteza em torno das políticas fiscais internas.
A decisão era amplamente aguardada pelo mercado financeiro, conforme sinalizado no relatório Focus, e aponta para um ciclo de altas da Selic, com previsões de novos aumentos ainda este ano, podendo levar a taxa terminal para 11,25%. O Copom também citou a possibilidade de fatores que podem reduzir a inflação, como a desaceleração global e os efeitos do aperto monetário em diversos países. No entanto, ressaltou a importância de uma política fiscal crível para ancorar as expectativas e reduzir os prêmios de risco.
CNN Brasil: BC retoma ciclo de alta dos juros
5. Eleições em São Paulo: empate triplo e debate esquentam corrida para prefeitura
Na corrida pela Prefeitura de São Paulo, a maior cidade do país, a mais recente pesquisa Quaest revela um cenário de empate técnico triplo: Ricardo Nunes (MDB) lidera com 24% das intenções de voto, seguido de perto por Guilherme Boulos (PSOL) com 23%, e Pablo Marçal (PRTB) com 20%. Em comparação com o levantamento anterior, Boulos oscilou positivamente em 2 pontos, enquanto Marçal recuou 3 pontos, ambos dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais.
O estudo ainda mostra que, caso um segundo turno venha a acontecer, Ricardo Nunes venceria tanto Boulos quanto Marçal. No entanto, o duelo entre Boulos e Marçal revela um empate técnico, com Boulos levemente à frente.
G1: Quaest: Nunes tem 24%, Boulos, 23%, e Marçal, 20% e mantêm empate triplo na disputa por SP