Brasil

27 de setembro de 2024

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1. Banco Central revisou as projeções para a economia brasileira em 2024 e nos próximos anos

Dados do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado pelo Banco Central, mostram que a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 2,3% para 3,2% em 2024 e do IPCA, a inflação oficial do país, de 4% para 4,3% no deste ano. A revisão acontece principalmente pela surpresa positiva da atividade econômica brasileira, que teve crescimento acima do esperado no segundo trimestre deste ano.

Apesar das surpresas sucessivas, espera-se um menor ritmo de crescimento no segundo semestre de 2024 e ao longo de 2025, devido à expectativa de menor impulso fiscal, à interrupção da flexibilização monetária iniciada em 2023, ao menor grau de ociosidade dos fatores de produção e à ausência de forte impulso externo, considerando a perspectiva de crescimento mundial em 2025 semelhante à de 2024.

Para 2025, o Banco Central projeta um crescimento de 2%, com variações nos componentes da oferta e da demanda razoavelmente homogêneas e, de modo geral, menores do que as esperadas para 2024.

Exame: Banco Central eleva projeções de PIB para 3,2% e de IPCA para 4,3%

2. Índice de Confiança da Indústria no Brasil teve queda em setembro

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Indústria (ICI) no Brasil recuou 1,2 ponto na comparação com o mês anterior e foi a 100,5 pontos. Esta é a primeira queda desde março deste ano, devido à piora tanto na percepção da situação atual quanto nas expectativas para os próximos meses. O resultado possui um caráter compensatório num ano caracterizado por melhoras na demanda e redução dos estoques, mas acende um alerta para os próximos meses.

O maior impacto para a queda do ICI em setembro veio do Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, que caiu 1,7 ponto no mês, para 98,1 pontos, após dois meses consecutivos de alta. Para as expectativas, o principal destaque negativo foi o indicador que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses, que registrou recuo de 3,5 pontos, a 97,6 pontos, interrompendo sequência de seis aumentos consecutivos.

CNN: Confiança da indústria no Brasil retoma queda em setembro, diz FGV

3. Valor da produção primária florestal teve crescimento recorde em 2023

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS 2023), que registrou a produção primária florestal em 4.924 municípios brasileiros. Juntos, eles  totalizaram R$ 37,9 bilhões em valor da produção. Os dados mostram um aumento de 11,2% em 2023, crescimento inferior ao verificado em 2022, que foi de 13,4%, porém representa recorde no valor da produção do setor.

O valor da produção da silvicultura (florestas plantadas para fins comerciais) superou o da extração vegetal (exploração dos recursos vegetais naturais), o que ocorre desde o ano de 1998. As regiões Sul e Sudeste do Brasil concentram 69,1% do valor total da produção nacional. O estado de Minas Gerais continua registrando o maior valor da produção para esse segmento, atingindo R$ 8,3 bilhões em 2023, o que representa 26% do valor da produção nacional da silvicultura, seguido pelo estado do Paraná, com R$ 5,1 bilhões, 16% do total nacional.

Agência Brasil: Valor da produção primária florestal aumenta 11,2% em 2023

4. Turistas estrangeiros movimentaram mais de R$ 26 bilhões no Brasil em 2024

Os dados divulgados pelo Banco Central mostram que de janeiro a agosto deste ano, o Brasil recebeu mais de 4,45 milhões de turistas internacionais, um aumento de 10,7% em relação ao mesmo período de 2023 e 1% maior do que registrado nos primeiros oito meses de 2019, antes da pandemia de Covid-19.

Segundo o Ministério do Turismo, o Brasil quer atrair mais visitantes internacionais melhorando a conectividade aérea e a infraestrutura turística dos destinos. Além disso, o ministério quer mostrar ao mundo que o Brasil é um país seguro, que reúne em um só lugar belezas naturais, cultura e gastronomia.

A meta do Plano Nacional de Turismo (PNT) é tornar o Brasil o maior receptor de turistas da América do Sul até 2027. 

Carta Capital: Gastos de estrangeiros no Brasil chegam a R$ 26 bilhões em 2024

5. Investimentos estrangeiros no Brasil crescem e chegam a US$ 51,2 bilhões

O Banco Central informou que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira avançaram 14,3% no acumulado dos oito primeiros meses deste ano. Nesse período, os estrangeiros trouxeram US$ 51,2 bilhões em investimentos, contra US$ 44,8 bilhões no mesmo período de 2023. Esse é o maior ingresso de investimentos no país desde 2022 (US$ 55 bilhões).

Os investimentos estrangeiros na economia brasileira foram suficientes para compensar o déficit de US$ 30,4 bilhões nas contas externas de janeiro a agosto, em comparação com US$ 13,5 bilhões no mesmo período do ano passado. Este também é o maior resultado negativo para os oito primeiros meses de um ano desde 2019, quando o déficit somou US$ 42,5 bilhões, segundo dados da autoridade monetária.

G1: Rombo das contas externas é o maior em cinco anos até agosto; investimento estrangeiro também avança