Brasil
28 de Fevereiro de 2025
1. Desemprego sobe para 6,5% no trimestre, mas segue em patamar historicamente baixo
A taxa de desemprego no Brasil atingiu 6,5% no trimestre encerrado em janeiro, de acordo com a PNAD Contínua do IBGE. O índice representa um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, mas ainda é o menor já registrado para este período desde 2012, quando a série histórica teve início.
O país tem atualmente 7,2 milhões de pessoas sem emprego, um crescimento de 5,3% frente ao trimestre anterior. No entanto, na comparação anual, o desemprego recuou 13,1%, com 1,1 milhão a menos de desocupados.
A taxa de informalidade ficou em 38,3% da população ocupada, enquanto a população empregada com carteira assinada se manteve estável em 39,3 milhões. Já o número de trabalhadores sem carteira caiu no trimestre, mas cresceu 3,2% na comparação anual.
O IBGE também aponta que o país tem 18,1 milhões de pessoas subutilizadas – ou seja, que poderiam estar trabalhando mais do que estão.
G1: Desemprego fica em 6,5% no trimestre terminado em janeiro, diz IBGE
IBGE: Taxa de desocupação vai a 6,5% no trimestre encerrado em janeiro
2. Inflação acelera em fevereiro e tem maior alta para o mês desde 2016
O IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, avançou 1,23% em fevereiro, marcando a maior alta para o mês desde 2016, segundo o IBGE. O resultado ficou bem acima do registrado em janeiro (0,11%) e levou o acumulado dos últimos 12 meses para 4,96%, acima do teto da meta do Banco Central, que é de 4,5%.
O principal responsável pela disparada foi o setor de Habitação, que subiu 4,34% e teve forte impacto no índice, puxado pela alta de 16,33% na conta de luz. O aumento acontece após a redução nas tarifas em janeiro, quando houve um desconto pontual por conta da hidrelétrica de Itaipu. As taxas de água e esgoto também subiram em algumas regiões, reforçando a pressão sobre o bolso do consumidor. Alimentação e combustíveis também pesaram no índice.
Mesmo com a forte aceleração, o resultado veio um pouco abaixo do esperado pelo mercado, que projetava uma alta de 1,34% para o mês.
G1: IPCA-15: preços sobem 1,23% em fevereiro, maior alta para o mês desde 2016
IBGE: Com alta em Habitação, prévia da inflação vai a 1,23% em fevereiro
3. Câmara aprova projeto que reduz carga tributária para exportação de pequenas empresas
A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que cria o chamado Programa Acredita Exportação, voltado para micro e pequenas empresas do Simples Nacional.
Segundo os deputados, o programa facilita a devolução de tributos pagos ao longo da cadeia produtiva de produtos exportados, permitindo que essas empresas recuperem parte dos impostos embutidos nos seus custos. Entre os benefícios, está a suspensão do pagamento de PIS/Pasep, Cofins e suas versões sobre importação em serviços vinculados à exportação.
A lista inclui atividades essenciais como transporte e armazenamento de mercadorias, despacho aduaneiro, seguro de cargas e locação de contêineres, reduzindo custos e aumentando a competitividade dos pequenos exportadores.
O Acredita Exportação faz parte de um conjunto de medidas já aprovadas sob o Programa Acredita, voltado para estimular o crescimento e a formalização de pequenos negócios. O texto segue agora para o Senado.
Câmara: Câmara aprova projeto com benefício tributário para micro e pequenas empresas exportadoras
4. Lula troca comando do Ministério da Saúde
O governo brasileiro anunciou uma mudança no comando do Ministério da Saúde, substituindo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, pelo atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
A mudança ocorre em um movimento motivado por insatisfações com o ritmo das entregas e desafios enfrentados na área, a exemplo do aumento dos casos de dengue e de pressões sobre o sistema público de saúde.
Além das questões operacionais, a articulação política foi um fator determinante para a mudança. Havia reclamações sobre dificuldades no diálogo com parlamentares, o que levou a tentativas de ajustes ao longo da gestão, mas sem reverter completamente as críticas.
5. Calor excessivo e estiagem prejudicam produção agrícola
O clima quente e seco tem causado impactos significativos na produção agrícola em diversas regiões do Brasil, especialmente em Mato Grosso do Sul, onde uma combinação de altas temperaturas e escassez de chuvas tem prejudicado a produtividade no campo.
Em áreas onde o plantio de soja foi realizado, a expectativa inicial de colheita caiu consideravelmente. Com a escassez de chuvas durante o período de plantio, a produção prevista foi reduzida de 60 para 42 sacas por hectare. No entanto, o cenário climático não melhorou, e agora a colheita tem registrado números ainda mais baixos, com a produção efetiva chegando a 30 sacas por hectare.
Essa situação tem se repetido em diferentes partes do estado, com mais de 2 milhões de hectares enfrentando algum tipo de problema devido ao clima seco.
G1: Ondas recentes de calor e a falta de chuva no momento do plantio provocam prejuízos no campo