Brasil

28 de março de 2024

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1. Mercado eleva projeção do PIB para 2024

Pela sexta vez consecutiva, o mercado financeiro elevou suas projeções para o crescimento da economia brasileira em 2024. De acordo com o Boletim Focus divulgado na terça-feira (26 de março) pelo Banco Central, a nova previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) é de 1,85%. 

Além disso, o documento, que apresenta as expectativas de economistas e analistas, também prevê uma redução adicional na inflação. A estimativa é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano de 2024 em 3,75%, em comparação com 3,79% na semana anterior.

G1: Focus: mercado financeiro reduz estimativa de inflação para 2024 e 2025

2. Brasileiro vê piora na economia, na inflação e no desemprego

Cresceu o número de brasileiros que acreditam que a economia brasileira piorou nos últimos meses, e aumentou também a taxa daqueles que veem mais inflação e desemprego à frente, segundo o Datafolha.  A avaliação negativa da economia piorou de dezembro para cá, indo de 35% para 41%. Com isso, a taxa dos que veem piora ultrapassou a dos que vinham percebendo melhora, que recuou de 33% para 28% no período.

A pesquisa sugere que a paralisia da economia nos últimos dois trimestres de 2023 e a lenta recuperação neste início de 2024 podem ter pesado, assim como uma alta mais forte nos preços dos alimentos no início do ano, provocada por problemas climáticos nas regiões produtoras do Sul e do Centro-Oeste.

Folha de S. Paulo: Brasileiro vê piora na economia, na inflação e no desemprego, mostra Datafolha

3. Brasileiras recebem 19,4% a menos que os homens, aponta Relatório de Transparência Salarial

De acordo com o 1º Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, divulgado pelo Ministério do Trabalho na segunda-feira, 25, as mulheres brasileiras recebem em média 19,4% a menos do que os homens que desempenham a mesma função. O levantamento abrangeu 49.587 empresas com 100 ou mais funcionários. 

Os dados do relatório revelam que homens brancos e amarelos têm uma remuneração média de R$ 5.718, enquanto mulheres da mesma raça ou cor recebem R$ 4.552. Em cargos de gerência, por exemplo, a diferença salarial entre homens e mulheres chega a 25,2%. Este estudo é o primeiro após a sanção da lei sobre igualdade salarial e critérios remuneratórios entre mulheres e homens no país.

Exame: Mulheres recebem 19,4% a menos que os homens, aponta Relatório de Transparência Salarial
Folha de S. Paulo: Mulheres recebem salários 19,4% menores que homens, diz relatório do governo

4. Brasil perde 0,1% do PIB por ano com eventos climáticos graves

O governo brasileiro está concentrando esforços para promover oportunidades que incentivem o setor empresarial a se envolver na economia de baixo carbono, com o objetivo de mitigar os impactos das mudanças climáticas. Segundo João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), as mudanças climáticas já acarretam perdas anuais de 0,1% do PIB para o país.

Capobianco mencionou diversas iniciativas, incluindo a oferta de bonds verdes, o projeto de hedge cambial e linhas de financiamento com benefícios para projetos de baixo carbono. Além disso, destacou as mudanças no plano safra para incentivar a agricultura sustentável. Ele ressaltou a importância do Brasil em liderar os esforços em direção a uma economia global de baixo carbono e afirmou que a COP30 representa uma oportunidade crucial para avançar nesse sentido.

Valor: Brasil perde 0,1% do PIB por ano com agravamento dos eventos climáticos

5. Redução de impostos pode levar o país à isonomia tributária

O governo federal tem protelado a resolução de um problema originado por uma portaria que isentou de imposto de importação compras de até US$ 50 feitas em sites internacionais de e-commerce. A medida teve consequências altamente prejudiciais para um programa positivo, o Remessa Conforme, da Receita Federal, que busca combater fraudes praticadas por esses sites, que simulavam transações entre pessoas físicas no exterior e no Brasil, a única modalidade até então isenta de imposto.

Tal raciocínio ignora a falta de isonomia tributária instituída pela portaria. Enquanto a carga de impostos sobre a indústria e o varejo têxteis – o segundo maior empregador do país, com 2 milhões de vagas – é de 80%, o varejo paga 109% sobre produtos importados. Os danos causados por essa disparidade tributária são evidentes, como o fechamento de lojas e a perda de milhares de empregos no país. 

Terra: Redução imediata de impostos pode salvar empregos no Brasil e gerar isonomia tributária