Brasil

31 de Janeiro de 2025

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1. Copom eleva taxa Selic para 13,75% a.a.

O Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros para 13,75% ao ano. Segundo a autoridade monetária brasileira, o cenário internacional continua instável, com a política econômica dos Estados Unidos influenciando mercados emergentes. Bancos centrais de grandes economias seguem focados no controle da inflação, enquanto persistem pressões nos mercados de trabalho.

No Brasil, a atividade econômica segue aquecida e o mercado de trabalho continua forte. A inflação permanece acima da meta e os últimos dados mostram uma alta nos índices. As projeções da pesquisa Focus indicam inflação de 5,5% para 2025 e 4,2% para 2026. O Banco Central projeta inflação de 4,0% para o terceiro trimestre de 2026.

O Copom alerta para riscos no controle da inflação. Entre os fatores de preocupação estão a possibilidade de alta persistente nos preços de serviços, uma economia mais aquecida que o esperado e os impactos da política fiscal sobre os juros. Por outro lado, uma desaceleração mais forte da economia pode ajudar no controle da inflação.

Banco Central: Copom eleva a taxa Selic para 13,25% a.a.

2. Dólar cai e chega a menor patamar desde novembro

A cotação do dólar atingiu o menor valor desde novembro. A moeda norte-americana chegou a ser cotada a R$ 5,8656. O movimento foi influenciado pela decisão do Federal Reserve (Fed) de manter as taxas de juros nos Estados Unidos e pela expectativa do mercado em relação ao Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil.

Nesta “Superquarta”, como são chamadas as quartas-feiras em que os bancos centrais dos dois países divulgam suas decisões, os investidores monitoraram de perto os sinais do Copom.

A expectativa é de que a taxa Selic continue subindo nos próximos meses, podendo ultrapassar os 15% ao ano em 2025. A inflação persistente e as pressões no mercado de trabalho reforçam essa projeção.

Agência Brasil: Dólar cai para R$ 5,94 e fecha no menor nível desde fim de novembro
InfoMoney: Dólar volta a cair com mercado retirando prêmios de risco e fecha a R$5,925

3. Pesquisas mostram queda de popularidade do governo Lula

Três levantamentos recentes – Quaest, AtlasIntel e Ipec – indicam uma queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dados mostram um crescimento na desaprovação e uma redução no número de brasileiros que avaliam positivamente a gestão petista.

A pesquisa Ipec apontou que a aprovação do governo caiu de 38% em dezembro para 33% em março, enquanto a reprovação subiu de 30% para 32%. A AtlasIntel, por sua vez, registrou uma queda na avaliação positiva de 42% para 38%, com aumento da avaliação negativa de 39% para 41% no mesmo período. Já a Genial/Quaest mostrou que a desaprovação do governo cresceu cinco pontos desde dezembro, atingindo 34%, enquanto a aprovação caiu para 35%.

Outro dado relevante é a crescente polarização. A pesquisa Quaest revelou que a diferença entre aprovação e desaprovação do governo atingiu seu menor nível desde o início do mandato, com a desaprovação alcançando 46% contra 51% de aprovação.

Os levantamentos foram realizados entre fevereiro e março, com amostras variando de 2.000 a 3.154 entrevistados e margens de erro entre 2 e 2,2 pontos percentuais. O cenário aponta um desgaste gradual na imagem do governo, refletindo desafios na economia e na gestão política.

CNN Brasil: Pesquisas mostram queda de popularidade do governo Lula

4. Brasil cria 1,69 mi de empregos formais em 2024, maior número em 2 anos

O Brasil gerou 1,69 milhão de empregos formais em 2024, registrando o melhor resultado desde 2022. O saldo representa um crescimento de 16,5% em relação a 2023, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) aponta que o país teve 25,57 milhões de admissões contra 23,87 milhões de desligamentos ao longo do ano.

O setor de serviços liderou as contratações, com 929 mil novos postos, seguido pelo comércio (336,1 mil), indústria (306,9 mil), construção civil (110,9 mil) e agropecuária (10,81 mil). O mercado de trabalho segue aquecido, com taxa de desemprego em mínimos históricos e recorde de trabalhadores ocupados, segundo o IBGE.

Projeções do Ministério da Fazenda e de agentes financeiros indicam um crescimento do PIB próximo de 3,5% em 2024, consolidando o segundo ano consecutivo com expansão acima de 3%. No entanto, o último mês do ano registrou o fechamento de 535,5 mil postos de trabalho, reflexo sazonal do período. Os dados oficiais do PIB serão divulgados em março pelo IBGE.

CNN Brasil: Saldo de empregos volta a subir em 2024 e soma 1,7 milhão, diz Caged

5. Governo anuncia plataforma digital para crédito consignado no setor privado

O governo federal apresentou aos bancos um novo sistema que permitirá a oferta de crédito consignado para trabalhadores do setor privado por meio do eSocial, plataforma de serviços públicos digitais. Com a medida, os bancos poderão acessar informações trabalhistas para facilitar a concessão dos empréstimos, ampliando o alcance do crédito consignado para cerca de 42 milhões de trabalhadores formais.

O modelo permitirá que os trabalhadores comparem taxas de diferentes instituições financeiras e escolham a melhor oferta. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a iniciativa trará mais transparência e competitividade ao mercado de crédito. A plataforma deve ser implementada ainda em 2025.

O Globo: Número de microempresas cresce 21% em 2024: veja os 10 tipos de negócios que mais abriram as portas