Brasil

9 de Maio de 2025

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1. Copom eleva taxa básica de juros para 14,75% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros do Brasil (Selic) para 14,75% ao ano. Esta é a maior taxa em quase 20 anos, refletindo a persistente pressão inflacionária no país. A decisão busca conter o aumento dos preços, mesmo que isso possa impactar o crescimento econômico.
A elevação da taxa de juros tem diversas consequências, como o encarecimento do crédito para empresas e consumidores, o que pode frear a atividade econômica. No entanto, segundo o Copom, a medida é necessária para garantir a estabilidade da economia a longo prazo, controlando a inflação e mantendo a confiança dos investidores. A expectativa é que, com a inflação sob controle, o Banco Central possa iniciar um ciclo de redução da taxa de juros no futuro.

G1: Copom eleva taxa de juros para 14,75% ao ano, maior patamar em quase 20 anos

2. Produção industrial cresce 1,2%

A produção industrial brasileira surpreendeu o mercado em março, registrando um crescimento de 1,2%, o maior desde junho de 2024 e bem acima da expectativa de 0,3% dos analistas. O resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), interrompeu uma sequência de cinco meses sem avanços significativos no setor, impulsionado principalmente pelas áreas de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, além da indústria extrativa e de veículos automotores. Esse dinamismo, com taxas positivas disseminadas em grande parte dos ramos industriais, sugere uma recuperação após um período de ritmo reduzido.

Apesar do bom desempenho em março, economistas ainda preveem uma desaceleração da atividade industrial a partir do segundo trimestre de 2025. A expectativa é que a política monetária mais restritiva, com a elevação da taxa básica de juros do Brasil (Selic), impacte negativamente o setor, especialmente nos investimentos. Além disso, o cenário econômico global incerto também é apontado como um fator de cautela. Contudo, alguns analistas ponderam que a resiliência da atividade no primeiro trimestre, possivelmente impulsionada pelo forte desempenho do agronegócio, pode mitigar parcialmente os efeitos negativos esperados.

O Globo: Produção industrial cresce 1,2% em março, bem acima das expectativas

3. Balança comercial tem superávit de US$ 8,15 bilhões

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 8,15 bilhões em abril de 2025. Embora este seja o quarto melhor resultado para o mês na história, representa uma queda de 3,3% em relação a abril de 2024. A diminuição nos preços das commodities contribuiu para essa redução no superávit, apesar do aumento nas exportações de alguns produtos, como carne bovina, veículos e ferro gusa.

Tanto as exportações quanto as importações atingiram níveis recordes em abril de 2025. As exportações totalizaram US$ 30,409 bilhões, um aumento de 0,3% em relação ao ano anterior e o maior valor desde 1989. As importações somaram US$ 22,256 bilhões, um aumento de 1,6% em comparação com o ano passado. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) estima um superávit comercial de US$ 70,2 bilhões para 2025, mas essa projeção pode ser revista devido a fatores econômicos globais.

Agência Brasil: Balança comercial tem superávit de US$ 8,15 bilhões em abril

4. Brasil e China devem fechar 16 acordos

O Brasil e a China devem firmar 16 acordos durante a nova visita do presidente Lula a Pequim. A viagem, que ocorre neste mês, tem como objetivo fortalecer as relações bilaterais e impulsionar a cooperação em diversas áreas, como comércio, investimentos, tecnologia e infraestrutura. Os acordos abrangem temas como energia, agricultura, saúde, educação e cultura, demonstrando o aprofundamento da parceria estratégica entre os dois países.

A visita do presidente brasileiro à China é vista como um momento crucial para a retomada do diálogo de alto nível e para a expansão das relações econômicas. A China é o maior parceiro comercial do Brasil, e a expectativa é que os novos acordos gerem oportunidades para ambos os lados. A viagem também deve abordar questões globais, como mudanças climáticas, nas quais Brasil e China têm posições convergentes.

Agência Brasil: Brasil e China devem fechar 16 acordos em nova visita de Lula a Pequim

5. Brasil melhora em IDH global

O Brasil subiu cinco posições no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), alcançando a 84ª colocação entre 193 países, com um IDH de 0,786, classificado como “alto desenvolvimento humano”. A melhora reflete avanços na expectativa de vida ao nascer e no Produto Interno Bruto (PIB) per capita, embora o progresso no acesso à educação tenha sido mais modesto.

O relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (PNUD), que divulgou os dados, aponta para uma desaceleração no avanço global do IDH e destaca o aumento das desigualdades mundiais. O documento também aborda as disputas no comércio global e o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho, com otimismo em relação ao aumento da produtividade, mas também preocupações com a possível eliminação de empregos.

Valor Econômico: Renda ajuda, e Brasil melhora em IDH global