Brasil

13 de Agosto de 2021

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1. CPI da Covid ouve Ricardo Barros e diretor de farmacêutica da Ivermectina

Na última quinta-feira, 12/08, a CPI da Covid ouviu o líder do Governo Federal e ex-Ministro da Saúde Ricardo Barros. Citado pelos irmãos Miranda como um dos protagonistas do esquema de compra da vacina Covaxin, Barros negou as acusações e ainda sustentou a versão de que o presidente Jair Bolsonaro apenas questionou o seu envolvimento nas denúncias. O depoimento de Barros foi marcado por discussões. Senadores acusaram Barros de estar nervoso e de não estar prestando todos os esclarecimentos e decidiram convocar o deputado para uma nova sessão. 

Na quarta-feira, 11/08, a CPI da Covid ouviu Jaílton Batista, diretor-executivo da empresa farmacêutica Vitamedic, fabricante da Ivermectina, remédio que também fazia parte da lista de tratamento precoce indicada pelo presidente Jair Bolsonaro. No depoimento, Batista admitiu que gastou R$ 717 mil para divulgar o uso do medicamento no combate à Covid-19, apesar de não haver estudos assegurando a sua eficácia. Batista também confirmou o aumento no faturamento da empresa causado pela propaganda em torno da Ivermectina. 

G1: Após bate boca e suspensões, Aziz encerra reunião e diz que Barros voltará à CPI como convocado
Folha de S. Paulo: CPI da Covid ouve Ricardo Barros
O Globo: Fabricante de Ivermectina diz à CPI que gastou R$ 700 mil em propaganda de remédio ineficaz

2. Após derrota da PEC do voto impresso, Bolsonaro ataca TSE e critica STF

Mesmo após a derrota da PEC do voto impresso na Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro criticou o TSE e o STF. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, Bolsonaro sugeriu que houve “corporativismo” do STF para proteger o TSE e o seu presidente Luís Roberto Barroso. Na quarta-feira (11/08), o presidente ainda afirmou, durante um evento, que somente os militares mantinham a unidade do país. 

A PEC do voto impresso foi votada na terça-feira (10/08) na Câmara dos Deputados. Para ser aprovada, a PEC precisava de, no mínimo, 308 votos. No entanto, o texto elaborado pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) teve o apoio de apenas 229 deputados. Outros 218 votaram contra a PEC e um parlamentar se absteve. Ao todo, 448 votos foram computados.

Folha de S. Paulo: Bolsonaro critica Fux e promete reduzir pressão sobre voto impresso
Folha de S. Paulo: Votação do voto impresso ‘valorizou’ a posição de Arthur Lira, afirma sociólogo
BBC: Como derrota do voto impresso pode enfraquecer governo, mas fortalecer Bolsonaro
G1: Em derrota para Bolsonaro, Câmara rejeita e arquiva PEC do voto impresso

3. Desfile militar em Brasília causa constrangimento e manifestações

Na manhã da terça-feira (10/08), o presidente Jair Bolsonaro participou de uma exibição de um comboio militar nas proximidades do Congresso Nacional, em Brasília. Segundo a Marinha, o desfile, que tinha como objetivo entregar ao presidente um convite para treinamento das Forças Armadas, já estava programado, mas o ato, que aconteceu no mesmo dia da votação da PEC do voto impresso, gerou desconfiança de autoridades, políticos e da opinião pública. 

O ineditismo do desfile causou reações de parlamentares, que viram como uma tentativa de intimidação e de provocação ao Congresso no dia da votação da PEC do voto impresso. Líderes de partidos da oposição e até o presidente da CPI da Covid Omar Aziz se manifestaram. Segundo Aziz, “o presidente criou uma encenação, uma coreografia para mostrar que tem controle das Forças Armadas e pode fazer o que quiser com o país”. O presidente do Senado Rodrigo Pacheco disse que “nada e nem ninguém haverá de intimidar o Congresso”.

O Globo: “Nada e nem ninguém haverá de intimidar o Congresso”, diz Pacheco sobre desfile militar
G1: Desfile militar em Brasília gera constrangimento e manifestações de parlamentares em defesa da democracia
Exame: Senadores da CPI criticam desfile militar e consideram ato antidemocrático

4. Variante Delta se espalha pelo país e Goiás confirma primeira morte devido à doença

Já identificada em 14 estados e no Distrito Federal, a variante Delta do novo coronavírus se espalha pelo país. Na quinta-feira (12/08), Goiás confirmou a primeira morte pela nova cepa. O óbito aconteceu na cidade de Aparecida de Goiânia. Até a manhã do dia 12, segundo dados da imprensa, o país tinha ao menos 706 casos confirmados da nova variante. 

No Ceará foi detectado o primeiro caso local de transmissão comunitária da variante Delta. O diagnóstico foi confirmado pela Secretaria de Estado de Saúde e realizado em um profissional de saúde do município de Icó, localizado a 360 Km da capital Fortaleza. O paciente informou que não viajou recentemente para fora do estado e que nem teve contato com viajantes.

UOL: Goiás confirma a primeira morte por variante Delta do novo coronavírus
R7: Brasil tem 706 casos da nova variante Delta em 14 estados e no Distrito Federal
G1: Primeiro caso de transmissão comunitária da variante Delta no Ceará é identificado

5. Anvisa aprova uso emergencial de novo medicamento para tratamento da Covid

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na quarta-feira (11/08) o uso emergencial do medicamento Regdanvimabe para o tratamento da Covid-19. O medicamento, da empresa Celltrion Healthcare, é indicado para o tratamento de pacientes com casos de Covid leve e moderado e que não precisam de oxigênio. 

De acordo com a Anvisa, o Regdanvimabe “deve ser administrado, assim que possível, após teste viral positivo para a Covid e dentro de sete dias após o início dos sintomas”. O medicamento serviria como uma “prevenção” para evitar o agravamento da doença. 

O uso do Regdanvimabe deverá ser direcionado a pacientes com fatores de alto risco para a evolução do quadro da doença. São eles: idosos, obesos, pessoas acima de 55 anos e que tenham doença cardiovascular ou doença pulmonar crônica, diabetes, doença renal crônica, doença hepática crônica ou imunossuprimidos. Seu uso deverá ser restrito ao ambiente hospitalar.

O Globo: Anvisa aprova uso emergencial do regdanvimabe, novo remédio para tratamento da Covid  
Folha de S. Paulo: Anvisa aprova uso emergencial de novo medicamento para Covid