1. Bolsonaro é intimado pela Polícia Federal sobre vazamento ilegal em investigação

Mais uma vez, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi intimado a prestar depoimento na Polícia Federal no inquérito que investiga o vazamento de documentos sigilosos sobre um ataque ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ocorrido em 2018.

O mandatário divulgou em suas redes sociais, no dia 4 de agosto deste ano, um documento na íntegra sobre o suposto ataque, alegando que ele provava que o sistema eleitoral brasileiro não era confiável.

O TSE, por sua vez, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a apuração do fato. Moraes acatou o pedido por entender que o caso se relaciona com o inquérito das “Fake News” e determinou abertura de investigação.

Esta é a segunda vez que Bolsonaro é chamado pela Polícia Federal para esclarecimentos. A primeira foi no inquérito que apura a suspeita de interferência no órgão, acusação feita pelo ex-ministro Sergio Moro.

G1: PF intima Bolsonaro a depor sobre vazamento de inquérito sigiloso que investiga ataque ao TSE
Estadão (relembre): Bolsonaro enfrenta a mais dura reação a seu governo

2. Pesquisa mostra que 55% dos brasileiros reprovam o governo Bolsonaro

O instituto de pesquisa Ipec divulgou nesta última semana que 55% dos brasileiros consideram a administração do presidente Jair Bolsonaro ruim ou péssima. A taxa segue em elevação, considerando que em setembro estava em 53%, em junho atingiu 49% e, em fevereiro, 39%. A taxa de aprovação segue no sentido contrário, com 19%, ante 22% de setembro, 24% de junho e 28% de fevereiro.

Avaliavam o governo como regular: 31% em fevereiro, 26% em junho, 23% em setembro e agora, 25%. Não souberam ou não responderam: 2% em fevereiro e 1% nas três últimas pesquisas.

O Ipec também divulgou sua pesquisa de intenção de votos na eleição presidencial de 2022. No primeiro turno, o ex-presidente Lula lidera isolado a disputa, com 48% das intenções, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro com 21%, na sequência, aparece o ex-juiz Sérgio Moro, com 6%, empatado tecnicamente com Ciro Gomes, que tem 5%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança da pesquisa é de 95%.

G1: Pesquisa Ipec: reprovação ao governo Bolsonaro chega a 55%
Folha de S. Paulo: Ipec: Lula lidera no 1º turno, seguido por Bolsonaro e com Moro e Ciro distantes em 3º

3. PEC dos Precatórios passa pelo 1º turno e pode abrir espaço para orçamento de 2022

A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da PEC dos Precatórios no primeiro turno, com todas as alterações sugeridas pelo Senado federal. Ao todo foram 327 votos a favor e 147 contra, e 1 abstenção. Com essa limitação do pagamento de precatórios, o país terá um espaço fiscal superior a R$ 100 bilhões no orçamento de 2022.

Entre as mudanças da primeira tentativa que chegou ao Senado e teve que retornar à Câmara está a desistência do destaque que pretendia retirar a vigência do teto de precatórios até 2026, forte ponto de discordância entre os partidos em relação ao texto dos senadores. Outro destaque que não vingou era o que previa a retirada do adiamento do pagamento dos precatórios do texto final.

Os deputados ainda precisam analisar os destaques apresentados pelas bancadas ao texto, ou seja, as sugestões de modificação à versão aprovada. Depois disso, a PEC ainda precisa ser votada em segundo turno antes de seguir para promulgação.

CNN: Câmara aprova em 1º turno texto principal da nova PEC dos Precatórios
Reuters: Lira diz que votação de destaques da PEC dos Precatórios terá placar ainda maior

4. PIB per capita do brasileiro deve levar 7 anos para voltar ao patamar de 2013

Muitos se perguntam sobre os impactos gerados pela pandemia do coronavírus e pelo atual cenário político brasileiro na economia do país nos próximos anos. Uma projeção realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), mostra que a recuperação do padrão de vida dos brasileiros será bastante lenta. Isso pode ser comprovado ao observar a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) per capita (soma de riquezas produzidas pelo País dividida por seus habitantes) que poderá demorar, ao menos, mais sete anos para recuperar o nível registrado em 2013, de acordo com a entidade.

Segundo dados da projeção Ibre/FGV, o PIB per capita deve encerrar este ano em R$ 36.661, 3,8% acima do ano passado. Se isso estiver correto, o indicador ainda ficará 1% abaixo do período pré-pandemia, em 2019 (R$ 36.969). O maior valor histórico ocorreu em 2013, com R$ 39.685, ou seja, um montante 7,7% superior ao atual.

Segundo a coordenadora do Boletim Macro do Ibre/FGV, Silvia Mattos, o país só conseguirá retomar aos patamares de 2013 em meados de 2028. Mas, para isso, o PIB precisará crescer 2,1% ao ano entre 2023 e 2028. Descontado o aumento da população, isso resultaria numa expansão de 1,5% do PIB per capita ao ano, considerado um cenário “bem otimista”.

Estadão: Com economia patinando, PIB per capita só volta ao patamar de 2013 em 2028, estima Ibre/FGV
O Globo: Após queda no setor de serviços, analistas já revisam projeções do PIB anual e do quarto trimestre

5. Anvisa determina exigência de passaporte de vacinação contra Covid-19 a viajantes

Desde o dia 13 de dezembro, o Brasil deveria exigir de todos os viajantes que venham do exterior, em aeroportos e fronteiras terrestres, o passaporte de vacinação contra a Covid-19, conforme determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entretanto, o que se viu nos aeroportos não foi isso, já que muitos passageiros não apresentaram qualquer comprovante de imunização.

Entre as reclamações feitas por passageiros nos primeiros dias da exigência estavam as extensas filas e aglomerações nos aeroportos internacionais de maior fluxo, em São Paulo e Rio de Janeiro. Viajantes relataram ter ficado uma hora nas filas e sem distanciamento físico. O resultado é que muitos passageiros foram liberados sem apresentar a comprovação. Entre os relatos, estavam os de passageiros vindos da Europa, Estados Unidos e países da América do Sul.

Vale relembrar que a apresentação do comprovante foi oficializada no último sábado, dia 11, por decisão liminar (provisória) concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

Estadão: Cobrança do passaporte da vacina começa com filas, fiscalização tem falhas
Folha de S. Paulo: Passaporte da vacina é exigido de forma parcial na chegada ao Brasil