Brasil

21 de Janeiro de 2022

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1. Estados iniciam vacinação contra a COVID de crianças de cinco a 11 anos

Após receber o primeiro lote de vacinas da Pfizer na semana passada, 13 capitais começaram a vacinação de crianças de cinco a 11 anos de idade entre o fim de semana e a segunda-feira (17/1). Na sexta-feira passada (14/1), o menino indígena David Seremramiwe, de oito anos, tornou-se a primeira criança a ser vacinada no país, em um evento simbólico organizado pelo governo de São Paulo.

Já nos primeiros dias de vacinação, estados e municípios começaram a enfrentar problemas com a falta de vacinas. No Rio de Janeiro, a prefeitura anunciou alterações no calendário devido à insuficiência de doses. Em São Paulo, o governador João Doria criticou a lentidão na distribuição de vacinas pediátricas contra a covid. Os governos da Paraíba, de Pernambuco, de Goiás, do Paraná, da Bahia, do Tocantins e de Minas Gerais também enfrentaram dificuldades com a entrega e abastecimento da vacina.

Na última quinta-feira (20/1), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso emergencial da vacina CoronaVac para crianças entre seis e 17 anos. O esquema vacinal será o mesmo para adultos: duas doses aplicadas em um intervalo de 28 dias. China, Hong Kong, Chile, Equador, Indonésia e Camboja também já autorizaram o uso da vacina na faixa etária mais jovem.

Exame: Por falta de doses, Rio muda o calendário de vacinação de crianças
BBC: O que sabemos até agora na vacinação infantil contra a covid no Brasil
UOL: Estados relatam problemas com entregas de vacinas contra a covid para crianças
Band: Doria critica falta de vacinas e diz ser ‘inconcebível’ não imunizar crianças
G1: Anvisa ibera CoronaVac para crianças e adolescente entre seis e 17 anos

2. Estados já sofrem com alta ocupação de leitos de UTI para COVID

O aumento no número de casos de covid-19 devido à variante ômicron, mais transmissível, e de pacientes com influenza tem pressionado as redes hospitalares pública e privada, inclusive com aumento na taxa de ocupação dos leitos para covid nas UTIs.

Estados como Pernambuco, Espírito Santo, Goiás e Ceará já reportaram taxa de ocupação de 80% dos leitos em UTIs para covid, sendo que Ceará, Goiás e Pernambuco beiram quase 90% de ocupação, com 87% (Goiás e Ceará) e 86% (Pernambuco), respectivamente.

Outros estados como Amazonas, Mato Grosso do Sul, Roraima e Tocantins apresentam uma taxa de ocupação de mais de 60%. São Paulo também já vê um crescimento nos números, com mais de 50% da ocupação. Entre todos os estados, apenas o Acre e o Rio de Janeiro apresentam uma taxa de ocupação mais baixa, com 30% e pouco mais de 15%, respectivamente.

É importante reiterar que a alta dos números também é causada pela redução da oferta de leitos de covid nos últimos meses, devido ao avanço da vacinação da população.

G1: Ao menos três estados têm cerca de 80% dos leitos de UTI para covid ocupados
FSP: Quatro estados têm ocupação de leitos de UTI com 80% ou mais

3. Ex-ministros Weintraub e Ernesto Araújo atacam governo Bolsonaro

Durante uma live do programa “Conserva Talk”, realizada na última terça-feira (18/1), os ex-ministros Abraham Weintraub (Educação) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores) fizeram críticas à aliança do presidente Jair Bolsonaro com os partidos do Centrão. Na ocasião, o ex-titular da Educação afirmou que “os conservadores foram substituídos por essa turma (Centrão)”. Já o ex-chanceler Araújo disse que o bloco político “começou a dominar e pautar o governo”.

Em uma participação no podcast “Inteligência Ltda”, o ex-ministro da Educação revelou que o presidente Bolsonaro soube antecipadamente de uma investigação contra Flávio Bolsonaro, no caso das “rachadinhas”. “Eu estava no governo de transição em novembro e fui chamado para uma sala com pouca gente. Bolsonaro falou: ‘está para aparecer uma acusação que está pegando esse aqui (apontou para o seu filho Flávio). O governo não tem nada a ver com ele. Se ele cometeu alguma coisa errada, vai pagar’”, relatou Weintraub.

Apesar de ter defendido que Jair Bolsonaro não tentou proteger o filho, a declaração de Weintraub pegou mal, pois confirmou o vazamento de informações sigilosas de investigações ao presidente. Ao ser questionado pelo apresentador do programa sobre as ações do governo para defender Flávio Bolsonaro, o ex-ministro recuou e disse “que não iria falar mal do chefe do Executivo”.

Correio Braziliense: Ex-ministros de Bolsonaro criticam aproximação de presidente com o Centrão
UOL: Weintraub ataca governo Bolsonaro e diz que conservadores foram substituídos pelo Centrão
O Globo: A guerra de Weintraub contra o ‘senso incomum” do bolsonarismo

4. Inflação de 2021 atinge mais a classe média e fica abaixo de 10% para os ricos

A inflação para famílias com renda mensal de até R$ 8.956 superou os 10,06% registrados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) apurado em 2021. Já aquelas famílias com renda acima desse valor tiveram uma inflação abaixo de 10%. Para as famílias de renda média-baixa (R$ 2.702,88 a R$ 4.506,46), a inflação chegou a 10,40%. Já as famílias classificadas como renda média (R$ 4.506,47 a R$ 8.956.26), a inflação registrada foi de 10,26%. Para a renda muito baixa e baixa (abaixo de R$ 2.702,88), o número ficou em 10,10% e 10,08%.

Já para as classes média-alta e alta (acima de R$ 8.956,25), a inflação ficou em 9,66% e 9,54% no acumulado do ano. A diferença entre os dois extremos de renda foi de 0,54 ponto percentual, resultado bem inferior aos 3,48 pontos percentuais registrados em 2020.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo anúncio dos dados, a queda da diferença entre mais ricos e mais pobres deve-se ao comportamento dos serviços, que pesam mais na cesta de consumo dos mais ricos e tiveram redução de preços no período de maior restrição de circulação. Ainda de acordo com o IBGE, a pressão inflacionária para as classes mais baixas veio sobretudo do grupo habitação, impactado pelos reajustes na tarifa de energia e no preço do botijão de gás. Para as famílias mais abastadas, o grupo transporte definiu a inflação, devido principalmente ao aumento da gasolina e do etanol.

FSP: Inflação de 2021 atinge mais a classe média e fica abaixo de 10% para a alta renda
Isto É Dinheiro: Classe média sente em 2021 maior inflação, que também pressiona os mais pobres

5. Lula sinaliza escolha de Alckmin para vice em sua chapa

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não teria “nenhum problema” em compor uma chapa com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) nas eleições presidenciais deste ano. Em entrevista coletiva na última quarta-feira (19/1), Lula defendeu Alckmin e disse que o ex-tucano já se definiu como oposição ao presidente Jair Bolsonaro e ao governador de São Paulo João Doria, pré-candidato ao PSDB à presidência.

Alckmin, que está sem partido desde o fim do ano passado, foi convidado pelo PSB a se filiar à sigla, mas ainda não respondeu. O político também mantém conversas com o Solidariedade. A aliados, Alckmin já confidenciou que desistiu de concorrer novamente ao governo de São Paulo e que seu projeto para 2022 é a aliança com a chapa petista.

Questionado sobre a viabilidade da chapa com Alckmin, Lula disse que nunca teve problemas na relação com ele e nem com o senador José Serra (PSDB-SP), quando governaram São Paulo. “Temos divergências e visões diferentes. Por isso, estamos em partidos diferentes. Mas isso não impede que as nossas diferenças sejam colocadas em um canto para podermos governar”, concluiu.

O Globo: Lula diz que não terá problemas fazer chapa com Alckmin para governar o país
Valor Econômico: Lula defende aliança com Alckmin e mercado reage
UOL: Lula defende aliança com Alckmin e diz que o PSDB de Doria não é o de FHC