Brasil

July 9, 2021

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1. Rejeição a Bolsonaro bate recorde de 51% com denúncias na CPI da Covid

Pesquisa Datafolha realizada nesta semana aponta que a rejeição do presidente Jair Bolsonaro bateu recorde de 51%. Em levantamento anterior, feito em maio pelo mesmo instituto, o índice ruim e péssimo era de 45%. Foram entrevistadas presencialmente 2.074 pessoas. A taxa de eleitores que o consideram regular caiu de 30% para 24% e a avaliação positiva se manteve com 24%. A queda de popularidade foi maior entre aqueles que ganham até R$ 2.200 e representam 57% da população; subiu de 45% para 54%. As denúncias levadas à CPI da Covid se agravaram nas últimas semanas, quando também foi protocolado o “superpedido de impeachment” e realizadas manifestações de rua.

Ontem, a CPI enviou carta provocando o presidente a se manifestar sobre denúncias de fraudes na compra de vacinas. Em live, Bolsonaro respondeu de forma chula. “Sabe qual a minha resposta? Caguei. Caguei para a CPI, não vou responder nada!”, afirmou. Na quarta-feira a comissão mandou prender o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias por ter mentido durante depoimento sobre a suspeita de ter cobrado propina de US$ 1 por dose de vacina e acelerar contrato superfaturado de imunizantes. Cinco horas depois, o ex-diretor pagou fiança de R$ 1.100 e foi solto.

Folha de S.Paulo: Rejeição a Bolsonaro é recorde e chega a 51%
O Estado de S. Paulo: Bolsonaro se nega a responder CPI
O Globo: Suspeito de cobrar propina é preso na CPI
G1: Saiba mais sobre a CPI da Covid

2. Mortes, casos e internações caem, mas país registra nova variante da Covid

O Brasil registrou 35% de queda na média móvel diária de casos de contaminação pela Covid-19, a maior desde redução desde 23 de fevereiro. A mediana dos últimos 7 dias foi de 48.655 novos diagnósticos a cada 24 horas. Em junho, o país chegou a contabilizar 77.295 registros. Levantamento da Associação Nacional de Hospitais Privados revela que também a ocupação de leitos em UTIs está em queda, de 97% em março para 76,5% em junho. Na rede pública, segundo levantamento da Fiocruz, a ocupação também caiu. A média diária de mortes voltou a ficar abaixo de 1.500, o que não ocorria desde março. O país registra mais de 530 mil pessoas mortas pela Covid.

Especialistas apontam o resultado como forte influência da vacinação em massa. Até o momento, 38,7% da população foi imunizada com a primeira dose e de mais de 13,9% com segunda dose ou aplicação única. Autoridades, no entanto, monitoram o surgimento de casos e mortes por uma nova variante do coronavírus. Segundo o Ministério da Saúde, pelo menos 16 casos da variação Delta do coronavírus já foram registrados no país em seis estados (GO, MA, MG, PR, RJ e SP), que resultaram em duas mortes: uma no Maranhão e outra no Paraná.

G1: Média de mortes e de casos caem
O Globo: Nova variante da Covid é monitorada no país
G1: Leia mais notícias sobre a pandemia

3. Rico tem que ter vergonha de não pagar imposto, afirma ministro da Economia

Dias depois de encaminhar ao Congresso Nacional a proposta de alterações no Imposto de Renda, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a tributação dos dividendos durante audiência pública na Câmara dos Deputados. “Não precisa ter vergonha por ser rico, se seu dinheiro é por mérito. Mas deve ter vergonha de não pagar imposto”, justificou, ao dizer que não acha errado elevar a tributação de 0 para 20%. O pacote governo também amplia a faixa de isenção de pessoas físicas de R$ 1.903,98 para R$ 2.500,00. As mudanças têm de ser aprovadas por senadores e deputados para entrarem em vigor.

Alvo de críticas de empresários, Guedes sinalizou que pode reduzir ainda mais alíquota de Imposto de Renda das empresas, dos 15 pontos percentuais previstos na proposta para 5. Segundo o ministro, a reforma defendida pelo governo segue na direção correta de tributar os mais ricos e desonerar os mais frágeis. “O Brasil é um país de baixa renda, 75% dos trabalhadores do mercado formal recebem menos de 1,4 salário [mínimo]. Não adianta você jogar os impostos em cima de 30 milhões de brasileiros com renda relativamente baixa, enquanto do outro lado 20 mil proprietários de capital receberam R$ 400 bilhões de dividendos e tiveram isenção de R$ 50 bilhões ou 60 bilhões”, disse.

Valor Econômico: Ministro defende medidas e critica ricos
Folha de S.Paulo: Imposto para empresas pode cair mais, diz Guedes

4. Inflação oficial fica em 0,53% em junho e acumula alta de 8,35% em 12 meses

A inflação oficial brasileira foi de 0,53% em junho e o acumulado de 12 meses chega a 8,35%. O aumento, resultado principalmente da elevação de gastos com energia elétrica, indica a tendência de que até dezembro a taxa inflacionária poderá ficar muito acima da meta do governo para este ano, de até 5,25%. O resultado divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é o maior para o mês desde 2018. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta no mês passado.

O maior impacto na inflação do mês passado foi registrado no grupo habitação (1,10%), principalmente, por causa do aumento de gastos com energia elétrica (1,95%). No acumulado de 12 meses, a conta de luz subiu 14,20%. No segmento de transportes, os combustíveis subiram 0,87% e acumulam alta de 43,92% nos últimos 12 meses. Gasolina (0,69%), etanol (2,14%), diesel (1,10%) e gás veicular (0,16%) aumentaram. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor, usado para reajustes salariais, desacelerou para 0,60% em junho. O indicador acumula alta de 3,95% desde janeiro e de 9,22% em 12 meses.

G1: Inflação de junho chega a 0,53%

5. Comércio varejista registra aumento de vendas pelo segundo mês consecutivo

Levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que sete dos oito segmentos de vendas do varejo tiveram aumento em maio. Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio, as vendas no setor cresceram 1,4% em relação a abril, a segunda alta seguida neste ano. O acumulado em 12 meses é de 5,4%. O setor de tecidos, vestuário e calçados foi o que mais cresceu, com 16,8% de alta. Combustíveis e lubrificantes (6,9%) e artigos de uso pessoal e doméstico (6,7%) foram os demais destaques. A única atividade que registrou queda foi a de artigos farmacêuticos (-1,4%).

O IBGE também anunciou nesta semana a revisão dos indicadores de março e abril, de -1,1% para -3% e de 1,8% para 4,9%, respectivamente. A justificativa para a correção foi a necessidade de ajustes sazonais. Segundo o instituto, desde março do ano passado o padrão tradicional de vendas foi alterado com mudanças nos calendários de feriados e festividades. No comércio varejista ampliado, que inclui, materiais de construção, veículos e peças, as vendas aumentaram 3,8% em maio, o segundo mês consecutivo de alta.

O Globo: Vendas no varejo crescem 1,4%