Brasil

Sexta-feira, 19 de junho de 2020

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1.Ministro cai, amigo é preso e Bolsonaro critica Judiciário

Uma semana de perdas e danos para o presidente Jair Bolsonaro, que vê um “cerco do Judiciário para tirá-lo do cargo”. Partiram do STF (Supremo Tribunal Federal) decisões mais severas, como mandar prender líderes de atos antidemocráticos, o último deles ocorrida no sábado, quando lançaram fogos de artifício contra o prédio do STF. A Corte também autorizou a quebra do sigilo de 1 senador e 10 deputados aliados do presidente, suspeitos de promover as manifestações, que já contaram com apoio de Bolsonaro. Mas outros fatos aumentaram a tensão nos últimos dias. Por ordem da Justiça do Rio, Fabrício Queiroz, amigo do presidente e ex-assessor de um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro, foi preso na manhã de ontem sob suspeita de corrupção com envolvimento de Flávio quando era deputado estadual. O que parecia ser o fim de uma onda piorou com a demissão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que chamou integrantes do STF de “vagabundos”. “É um momento difícil […] e de confiança”, disse o presidente em vídeo gravado.

Folha de S.Paulo: STF manda quebrar sigilo de 11 congressistas
O Estado de S. Paulo: Amigo do presidente é preso sob suspeita de corrupção
Folha de S.Paulo: Presidente se diz vítima de cerco do Judiciário
O Globo: Ministro que ofendeu STF deixa o governo
O Globo: Presidente diz que momento é difícil e de confiança

2. Brasil volta à lista dos países mais atrativos aos investidores

O Brasil voltou a ocupar o ranking dos 25 países mais atrativos para o investimento estrangeiro direto. A edição deste ano do FDI Global Index, da consultoria Kearney, aponta que o país aumentou sua pontuação de 1,37 em 2018 para 1,65 neste ano (numa escala de 0 a 3). Com isso, o Brasil é apontado na 22ª posição e é também a única nação da América Latina na lista. A liderança é dos EUA por oito anos consecutivos. A consultoria realiza uma pesquisa anual com 500 executivos de multinacionais. O levantamento deste ano foi realizado entre 27 de janeiro e 3 de março, quando a pandemia já se deslocava da Ásia para cá. Segundo a pesquisa, 35% dos entrevistados se disseram mais otimistas com relação ao mercado brasileiro nos próximos três anos, 13% estavam mais pessimistas e 52% afirmaram que sua percepção se manteve relativamente igual. Segundo a pesquisa, o sistema tributário e a facilidade para pagar impostos são o principal quesito levado em conta para decidir em quais subsidiárias investir.

Valor Econômico: País volta à lista dos mais atrativos para investimento

3. Atividade comercial cai 16,8% e é recorde dos últimos 20 anos

O desempenho do comércio em abril caiu para o mais baixo nível desde janeiro de 2000, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Conforme a pesquisa, o setor caiu 16,8% em abril, mês com maior impacto do isolamento social. Mesmo segmentos que permaneceram funcionando durante o período de maior restrição de circulação nas ruas, como supermercados, alimentos, produtos farmacêuticos, bebida e fumo, caíram. Segundo o levantamento, a queda foi generalizada no Brasil, com todos os 26 Estados e o Distrito Federal sofrendo quedas tanto na comparação com o mês de março quanto com o mesmo período do ano passado. O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, afirma que a redução da massa salarial na ordem de 3,3% em março, cerca de R$ 7,3 bilhões, pode ter provocado o péssimo desempenho do setor. Outro motivo pode ter sido o possível comportamento de estocar produtos para não ter de sair casa, afirma.

Folha de S.Paulo: Comércio despenca 16,8% em abril

4. Pandemia de Covid-19 elimina 1 milhão de empregos em maio

Cerca de 1 milhão de brasileiros perderam o emprego em maio, revela levantamento inédito do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) feito para analisar os impactos da pandemia de coronavírus no mercado de trabalho. Segundo o estudo, 10,9 milhões estavam desempregados na última semana do mês passado. De acordo com o IBGE, esse contingente, somado aos 17,7 milhões de brasileiros que não tinham emprego deixaram de procurar vaga por causa da pandemia, totaliza 28,6 milhões de pessoas que enfrentaram algum tipo de restrição para ingressar no mercado de trabalho em maio, seja por falta de vagas ou devido ao receio de contrair o coronavírus. Conforme o estudo, 8,8 milhões de empregados estavam trabalhando remotamente no país. Esse total representa 13,2% da mão de obra empregada.

O Globo: Pandemia tira emprego de 1 milhão de pessoas

5. Governo vê tendência de curva estável, mas OMS pede cautela 

O Ministério da Saúde revelou ontem que, apesar das mais de 48 mil mortes pelo coronavírus e 1 milhão de casos confirmados da doença, o país já apresenta tendência de estabilização da curva da pandemia. “Precisamos confirmar se tendência permanece com o passar dos próximos 15 dias, mas percebemos que estamos talvez entrando efetivamente em um platô de novos casos”, disse o secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros. Nas duas últimas semanas, a média de casos diários ainda teve aumento (24.915 para 25.381). O avanço, porém, foi menor do que vinha ocorrendo até então. Nesta semana, Michael Ryan, diretor de Emergências da OMS (Organização Mundial da Saúde), também afirmou que a situação no país ainda é grave, mas apresenta sinais de estabilização. “Certamente o aumento não é tão exponencial como antes. Mas eu diria que é um momento de extrema cautela para o Brasil”, disse.

Folha de S.Paulo: Ministério aponta tendência de estabilização da doença
O Globo: Há sinais de estabilização, mas é preciso cautela, diz OMS
Folha de S.Paulo: Brasil supera 1 milhão de casos de coronavírus
G1: Acompanhe notícias sobre a pandemia
IRRD Covid-19: Veja o mapeamento de casos no Brasil e no mundo