Brasil

Sexta-feira, 20 de setembro de 2019

VOLTAR

1. Com aval do Supremo, PF acua líder de Bolsonaro no Senado

O líder do governo no Senado colocou seu posto à disposição na quinta-feira após ser alvo de operação da Polícia Federal em investigação que o coloca como suspeito de receber R$ 5,5 milhões em propina de construtoras. Fernando Bezerra Coelho (MDB) teve seu gabinete e suas casas revistados por policiais com a autorização do STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo as investigações, o senador e seu filho, hoje deputado federal, teriam recebido do dinheiro para favorecer empreiteiras em obras como a transposição do rio São Francisco, quando Bezerra era ministro da Integração Nacional. A defesa do senador nega. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o governo vai “aguardar os fatos”. A decisão do STF contraria a posição da Procuradoria-Geral da República, para quem não havia indícios convincentes. O caso ocorre em meio a uma divisão no Congresso quanto à abertura de investigação de ativismo político do Judiciário. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), criticou a operação e afirmou que vai questionar o STF. Além da aprovação da Reforma da Previdência, Bolsonaro aguarda dos senadores a chancela para seu filho, Eduardo, ser embaixador nos EUA. Veja análise sobre a relação entre os Três Poderes no Brasilia Report.

Folha de S.Paulo: PF mira líder de Bolsonaro no Senado
O Estado de S. Paulo: Ação da PF gera embate entre Senado e STF
O Globo: Operação da PF causa desconforto para Bolsonaro
Folha de S.Paulo: Senador foi ministro de Dilma e passou por 5 partidos
O Estado de S. Paulo: Investigação sobre o Judiciário é protocolada no Senado

2. Taxa básica de juros cai para 5,5% e é menor desde 1994

A Selic (taxa básica de juros da economia brasileira) foi reduzida ao menor patamar desde julho de 1994, quando começou a série histórica. O governo reduziu a taxa de 6% para 5,5% e sinalizou que poderá haver novos cortes nos próximos meses. Com a economia enfraquecida e a inflação controlada, o cenário internacional  contribuiu para a decisão, anunciada na quarta-feira. Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro comemorou o anúncio. “Em nosso governo, pela segunda vez, a mais baixa taxa de juros da história do Brasil. É a economia dando certo”, escreveu. Dirigentes do Banco Central, que se reúnem mensalmente para avaliar a economia, apontaram avanço da agenda de reformas do atual governo e cenário externo favorável a países emergentes. Apesar do anúncio de redução da taxa, o Brasil continua entre as nações com os maiores juros reais do mundo. Segundo levantamento de consultorias, o país é o 8º entre 40 países analisados. A Argentina, em grave crise, ocupa a primeira posição.

O Estado de S.Paulo: Selic tem a menor taxa da série histórica
Valor Econômico: Taxa de juros deve ficar abaixo de 5% até o final do ano

3. Gasto obrigatório consumirá 93% do Orçamento federal

O governo deverá utilizar 93% de seu Orçamento para 2020 com despesas obrigatórias, como folha de pagamento, saúde e educação. Para investimentos, a União disporá de R$ 105,3 bilhões, frente a R$ 1,48 trilhão em gastos. Somente as despesas com salários dos funcionários públicos e encargos sociais consumirão 22,7% do total de recursos disponíveis, o equivalente a R$ 336,6 bilhões. O crescimento desses gastos que o governo não pode deixar de pagar, deve chegar a R$ 266,2 bilhões e vai superar o teto previsto para o ano que vem, de R$ 230 bilhões. O aumento dos gastos obrigatórios daria para pagar nove anos do Bolsa Família. Segundo o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, caso não haja mudanças, o crescimento das despesas obrigatórias pode acabar exigindo a cobrança de mais impostos para equilibrar as contas públicas.

O Estado de S. Paulo: Gastos obrigatórios consumirão 93% do Orçamento
Valor Econômico: Em artigo, secretário do Tesouro alerta para gastos

4. Risco Brasil cai para o menor nível dos últimos seis anos

O risco Brasil caiu para 116 pontos nesta semana, o menor nível em seis anos. Segundo o Credit Default Swap (CDS), título que protege contra calotes na dívida soberana, esse é o patamar mais baixo desde maio de 2013. O relatório aponta, no entanto, que dólar e Bolsa de Valores, por exemplo, não acompanham esse movimento de melhora na percepção de investidores sobre o país. Para economistas, isso é sinal de que aqueles que podem aportar investimentos estão antecipando um cenário interno melhor daqui a alguns meses, mas continuam cautelosos à espera de avanços em outras reformas, além da previdenciária e crescimento econômico do país.

O Estado de S. Paulo: Risco país é o menor desde 2013

5. Bolsonaro diz que fará discurso ‘conciliatório’ na ONU

O presidente Jair Bolsonaro fará na próxima semana o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Em entrevista para a TV Record durante sua recuperação de uma cirurgia para correção de uma hérnia, Bolsonaro disse que adotará um tom conciliatório e em “defesa da soberania nacional” no tocante à política ambiental brasileira. A fala do presidente, na terça-feira, ocorrerá um dia depois da reunião de cúpula do clima da ONU, que vetou a participação do Brasil entre as nações que poderão se pronunciar na tribuna. Segundo representante da ONU, o Brasil “não apresentou nenhum plano para aumentar o compromisso com o clima”. Arábia Saudita, Austrália, Coreia do Sul, EUA e Japão também foram vetados.

O Globo: Presidente diz que fará discurso conciliador na ONU
Folha de S.Paulo: Cúpula do clima veta fala do Brasil 

Brasilia Report

Acesse aqui o Brasilia Report, análise preparada pelo Consultor Sênior da JeffreyGroup em Brasília, Gustavo Krieger.