Não se faz capitalismo de stakeholders sem stakeholders

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Os compromissos por neutralização das emissões de gases de efeito estufa continuam a se proliferar no ambiente corporativo. O movimento pode ser lido como uma resposta mais estruturada à “Onda ESG” (sigla em inglês para temas ambientais, sociais e de governança) que tomou o mercado em 2020. Os pontos chave para quem já anunciou suas metas ou deseja fazer são transparência e consistência.

Assumir o compromisso de ser carbono neutro é só o começo da história. É preciso ter em mente que uma estratégia de sustentabilidade precisa ir além dos temas emergentes na sociedade. Condição fundamental para o capitalismo de stakeholders é incluir as preocupações desses grupos nas decisões estratégicas, por meio de processos estruturados e de relacionamento construtivo e de longo prazo. Uma boa campanha de comunicação sempre ajuda, mas engajamento verdadeiro exige mais que isso.

Marcas e causas

Nossa visão: Antes de aderir a uma causa, é normal e recomendável que empresas avaliem o próprio desempenho no tema e os desdobramentos para sua operação. Mas é igualmente relevante considerar a realidade vivida fora da organização. Em Diversidade e Inclusão, por exemplo, não se pode tratar do tema sem considerar também as desigualdades socioeconômicas que estão na raiz das disparidades e preconceitos que se procura combater. O caminho para se fazer isso com eficiência e assertividade é engajamento de stakeholders.

Nossa seleção de leituras: Para responder à demanda por transparência em relação a compromissos assumidos, a Salesforce lançou ferramenta para monitorar emissões de gases de efeito estufa (GEE) na cadeia de suprimentos. No Brasil, um grupo de empresas se posicionou publicamente em favor de maior sustentabilidade no setor alimentício.

Finanças sustentáveis

Nossa visão: Por seupotencial de impacto e influência na economia real, o setor financeiro tem papel estratégico no desenvolvimento sustentável. Por isso, já é perceptível um movimento de cobranças crescentes em relação à existência e qualidade de processos de engajamento e transparência que viabilizem mudanças na direção desejada e sem efeitos colaterais.

Nossa seleção de leituras: Na Europa, fundos sustentáveis captaram mais recursos que a soma de todos os demais pela primeira vez. Por outro lado, a qualidade dos critérios utilizados por fundos verdes e seu potencial de impacto são cada vez mais questionados, bem como os mecanismos de acompanhamento do desempenho em ESG. Enquanto isso, cresce a pressão dos investidores que pedem mais diversidade nas empresas.

Sustentabilidade corporativa

Nossa visão: Nesta edição salientamos o papel dos processos de engajamento com stakeholders. Cada organização tem sua realidade e deve considerar aqueles mais relevantes, estratégicos e mais impactados por seu negócio. Mas há um público comum a qualquer empresa: colaboradores. Uma jornada de sustentabilidade só é completa se as pessoas que fazem a organização estiverem comprometidas e devidamente recompensadas por isso.

Nossa seleção de leituras: Gestão de pessoas é um tema material para todo negócio. Por isso, a Plural decidiu incluir turnover como critério em fundo ESG. Ainda no tema pessoas, a crise econômica desencadeada pela pandemia coloca em xeque as disparidades salariais das organizações (aqui em português). Por fim, parece existir correlação entre diversidade de gênero e controle de fraudes.

Mergulho profundo

Sob um céu branco: A natureza no futuro, de Elizabeth Kolbert, apresenta soluções científicas que buscam endereçar os grandes desafios criados pelas transformações que a humanidade provocou na natureza.

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