Brasil

05 de novembro de 2021

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1. Agenda inconsistente de Bolsonaro no G20 é criticada até por aliados

A falta de agendas de peso do presidente Jair Bolsonaro na cúpula do G20, realizada na semana passada, em Roma, foi alvo de críticas até mesmo de aliados e membros do Palácio do Planalto. Segundo eles, a falta de reuniões bilaterais com líderes de grandes potências mundiais foi um fato “ruim” e que deixa marcas na atual gestão.

Jair Bolsonaro teve somente dois encontros bilaterais. Um deles, com o presidente da Itália, anfitriã do encontro, Sergio Mattarella, foi apenas protocolar. O outro, com o secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann, não causou repercussão.

Apesar de o isolamento de Jair Bolsonaro ser esperado, a ausência de encontros de peso “pegou mal” entre aliados e rivais políticos. O desempenho do chanceler Carlos França também foi considerado decepcionante. Alguns integrantes do governo culparam França pelo fracasso da missão no G20.

No último encontro presencial do G20, em 2019, Jair Bolsonaro teve reuniões com líderes do Japão, França, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Arábia Saudita, Singapura, representantes da OCDE e do Banco Mundial.

O Globo: Falta de agenda de peso de Bolsonaro no G20 é criticada
Correio Braziliense: Com agenda “à margem” da cúpula, Bolsonaro fica isolado no G20
BBC: Isolado, Bolsonaro tem agenda esvaziada e é ironizado pela imprensa italiana
Estado de Minas: Com agenda “à margem” na cúpula, Bolsonaro fica isolado no G20

2. Número de empregos gerados em 2020 cai à metade após revisão de dados

Uma revisão de dados feita pelo Ministério do Trabalho e da Previdência, divulgada esta semana, mostrou que o número de empregos com carteira assinada criados no país, no ano passado, foi quase a metade do que o número divulgado pelo Governo Federal.

Em janeiro deste ano, o ministro Paulo Guedes informou que o país havia gerado 142.690 empregos com carteira assinada, citando dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De acordo com Guedes, o resultado era uma “grande notícia” em meio à crise causada pela pandemia e à queda do PIB. 

Agora, com as informações revisadas, em 2020 foram criadas 75.883 vagas formais, o que representa uma redução de 46,81% na comparação com o número divulgado pelo governo em janeiro.

G1: Com revisão, número de empregos formais gerados no ano passado cai quase pela metade
FSP: Número de empregos formais cai para a metade em 2020 após revisão do Caged
Estadão: Número de empregos com carteira assinada cai à metade após revisões de dados

3. Câmara aprova PEC dos Precatórios, que abre espaço para auxílio de R$ 400

O plenário da Câmara aprovou, na madrugada da última quinta-feira (04/11), em primeiro turno, por 312 votos a 144 votos, o texto base da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos precatórios. A proposta, que já havia passado por comissão especial, abre espaço fiscal de R$ 91, 6 bilhões para o governo em 2022, o que viabiliza o lançamento do Auxílio Brasil, de R$ 400. A PEC precisa passar ainda por um segundo turno de votação na Câmara antes de ir para o Senado.

O presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) passou a tarde e o início da noite da véspera da votação (quarta-feira, 03/11) em busca de apoio para a proposta. Para aumentar o quórum, a mesa- diretora da Câmara editou ato para mudar uma regra e permitir o voto remoto de parlamentares em “missão autorizada” pela Câmara. Mesmo assim, o projeto passou por uma margem apertada de apenas quatro votos (eram necessários 308).

A PEC dos Precatórios adia o pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela justiça), a fim de viabilizar a concessão do Auxílio Emergencial. 

G1: Por 312 votos a 144, Câmara aprova em primeiro turno texto-base da PEC dos Precatórios
UOL: Câmara aprova PEC dos Precatórios, que abre espaço para auxílio de R$ 400
Agência Brasil: Câmara aprova em primeiro turno texto-base da PEC dos Precatórios

4. Com R$ 7 bi, 5G se torna o segundo maior leilão da história do país

No segundo maior leilão da história do país, só ficando atrás da licitação do pré-sal, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) conseguiu vender praticamente todos os lotes de frequências ofertadas do 5G. O Governo conseguiu arrecadar R$ 7,089 bilhões, um acréscimo de 247% sobre o lance mínimo das faixas ofertadas. O leilão foi realizado nesta quinta-feira (04/11), na sede da Anatel, em Brasília.

Claro, Vivo e Tim arremataram a principal faixa leiloada. A Winity Telecom, criada há cerca de um ano pelo grupo Pátria Investimentos e novata no país, ficou com um lote também. Sercomtel, Brisanet, Algar Telecom, Consórcio 5G Sul e Cloud2U foram outras empresas vencedoras. O leilão dos lotes continua nesta sexta-feira (05/11).

InfoMoney: Vivo, Claro e Tim vencem lotes de principal faixa de leilão do 5G no Brasil
G1: Vencedoras do leilão do 5G
UOL: 5G se torna o segundo maior leilão da história do Brasil

5. Se eleição fosse agora, Lula venceria em todos os cenários de segundo turno

Lançada na última quinta-feira (04/11), a nova pesquisa do Instituto Ipespe repete o cenário já apontado por outros levantamentos: se a eleição fosse hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria eleito. Lula foi testado com quatro políticos, inclusive com o atual presidente Jair Bolsonaro.

O resultado do levantamento, encomendado pela XP Investimentos, mostrou que que Lula venceria Bolsonaro por 50% dos votos contra 32% do atual mandatário do país. Lula também venceria o ex-ministro Sergio Moro, que deve se filiar ao Podemos para se candidatar ao cargo, por diferença semelhante. De acordo com o Ipespe, o petista teria uma votação de 54% contra 34% do ex-ministro e ex-juiz.

Os números também não mudam quando Lula é testado com candidatos de outros partidos, como Ciro Gomes, do PDT, e João Doria e Eduardo Leite, do PSDB. Inclusive, contra os possíveis candidatos do PSDB, a diferença até é mais ampla.

IG: Lula venceria em todos os cenários de segundo turno, segundo nova pesquisa
UOL: Lula se mantém à frente e vence em todos os cenários de segundo turno
Valor Investe: Lula lidera disputa presidencial, mas para de crescer, mostra pesquisa XP/Ipespe