1. CPI retorna de recesso investigando compra de vacinas

Fato político mais impactante do ano, a Comissão Parlamentar de Inquérito retornou de seu recesso legislativo com foco na investigação da compra de vacinas contra a Covid-19. Os depoimentos da semana estiveram focados em intermediadores. 

Na terça, foi ouvido o reverendo Amilton Gomes de Paula, apontado por representantes da Davati Medical Supply como ponte entre governo e empresas que forneceriam vacinas. Ex-diretor substituto do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Marcelo Blanco foi o inquerido da quarta, para esclarecer se houve pedidos de propina em negociações. 

Já na quinta, a CPI ouviu Airton Soligo, o “Cascavel”, conhecido por ser assessor e braço-direito do ex-ministro da saúde, General Eduardo Pazuello: “’Equívocos foram cometidos? Pode ser. Mas foi na vontade de acertar”, afirmou.

Presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM), acredita que a Comissão – que já foi inicialmente prorrogada – pode ser encerrada antes de seu prazo final, previsto para o começo de novembro. “Temos três meses de trabalhos pela frente, mas espero que consigamos terminar até antes disso. Todos juntos em busca de justiça por tantas vidas perdidas e outros tantos que ficaram com sequelas!”, declarou o senador amazonense em seu Twitter.

IstoÉ: CPI da Covid retoma trabalhos nesta terça e promete desvendar surpresas
G1: Cascavel sobre atuação no Ministério
Senado Federal: Omar Aziz e Randolfe acreditam que CPI pode concluir apurações antes do prazo

2. Voto impresso: mesmo sem provar fraude em urnas eletrônicas, Presidente coloca assunto em pauta

Em sua tradicional live semanal para apoiadores, em 29/06, o Presidente Jair Bolsonaro voltou a fomentar a desconfiança no sistema eleitoral brasileiro ao levantar suspeitas sobre a segurança das urnas eletrônicas. Bolsonaro disse haver indícios de fraude, todos eles já conhecidos, investigados e desmentidos pelo Supremo Tribunal Eleitoral ao longo dos últimos anos.

Mesmo sem provas, o Presidente conseguiu mobilizar a sociedade civil e, também, partidos políticos, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto seus apoiadores realizaram passeatas por diversas cidades do Brasil, nas redes sociais, buscas pelo termo “voto impresso” bateram recordes. 

No sábado, 31, 11 partidos protocolaram uma requisição no TSE para cobrar esclarecimentos sobre as acusações. E houve desdobramentos: na quarta, o Ministro do STF, Alexandre de Moraes, acatou pedido do TSE e incluiu o presidente da República como investigado no inquérito das Fake News. 

Bolsonaro reagiu: “A hora dele vai chegar”, sem dar mais detalhes sobre o significado, durante entrevista à rádio 93 FM, do Rio de Janeiro.

El País: Bolsonaro não tem provas sobre fraude de urnas, mas insiste em ilação já desmentida por TSE
Correio Braziliense: 11 partidos vão ao TSE e pedem que Bolsonaro explique ataques contra a urna eletrônica
O Globo: Buscas por ‘o que é voto impresso’ batem recorde
G1: Moraes inclui Bolsonaro em inquérito das fake news por ataques às urnas eletrônicas
Poder 360: “A hora dele vai chegar”, diz Bolsonaro sobre Alexandre de Moraes

3. Primeiro contato: representante da Casa Branca vem ao Brasil para diálogo com Bolsonaro

Aumentou 17,3% a demanda por crédito no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo levantamento da Serasa Experian, a alta é recorde desde 2008, quando a série histórica da pesquisa foi iniciada. Entre os segmentos, a procura foi maior para empresas de serviços, com 18,4%, seguido de comércio (17,4%) e indústria (12,1%). Segundo o levantamento, o aumento da procura por crédito no mês passado, em comparação com junho de 2020, também foi expressivo; 23,2%.

Para o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian, o resultado da pesquisa demonstra tanto que muitos empreendedores estão fortalecendo o fluxo de caixa após um período mais grave da pandemia, quanto um movimento de empresas em situação mais estável em busca de expansão de negócios, principalmente linhas de crédito rurais, imobiliárias e de veículos. O aumento da demanda para micro e pequenas empresas foi pouco maior do que os demais e atingiu 23,6% no último semestre em comparação com o mesmo período do ano passado.

G1: Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA vem ao Brasil para visita com foco nas mudanças climáticas
Correio Braziliense: Bolsonaro se reúne com conselheiro de segurança nacional de Biden

4. Congresso foca em reformas na pauta do segundo semestre

Não foi apenas a CPI que retornou do recesso, mas também todo o Congresso Nacional. E o foco dos parlamentares fica em realizar diversas reformas antes do ano eleitoral (2022).

Em agosto, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), quer priorizar a reforma administrativa: “A reforma visa dar uma melhor condição de serviços do Estado e torná-lo mais leve e previsível”, explicou. O restante das pautas é extenso e complexo, variando da privatização dos Correios a reforma tributária, além do novo Bolsa Família.

Já no Senado, de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a economia ganha destaque com o Refis (renegociação de dívidas tributárias). As pautas de infraestrutura estão representadas pela BR do Mar e o Marco das Ferrovias.

No primeiro semestre, apenas 10 das 35 pautas prioritárias apontadas pelo governo foram aprovadas pelo Congresso Nacional, correspondendo a 28,5% do total.

G1: Lira espera votar reforma administrativa até o final de agosto
CNN: Congresso deve priorizar pautas econômicas e eleitorais no 2º semestre
G1: Congresso aprova 10 das 35 pautas prioritárias do governo no semestre

5. Mesmo com avanço da vacinação e queda na média móvel, Brasil é recordista de mortes por covid-19 em 2021

Principal tema do ano, a pandemia causada pelo vírus SARS-COV-2 continua a afligir o Brasil, apesar dos avanços. A média móvel atingiu o menor índice desde janeiro, com menos de 1.000 mortes diárias registradas. A vacinação já atinge, em sua primeira dose, 49% da população, enquanto 20,6% já está totalmente imunizada (dados de 4 de agosto). 

Em agosto, a farmacêutica Pfizer promete a entrega de mais de 17 milhões de doses de sua vacina até o dia 22. Todas os carregamentos devem chegar em voos com destino ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).

Mesmo assim, o Brasil foi o país com maior número de mortes pela pandemia em 2021. Em estudo realizado pelo demógrafo José Eustáquio, que já atuou no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e na Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence), os dados apontam para o Brasil em primeiro lugar em números absolutos nos primeiros 200 dias do ano, com 349 mil óbitos. Índia e EUA seguem com 265 mil e 261 mil, respectivamente.

R7: Covid-19: Pfizer anuncia entrega de mais 17 milhões de doses da vacina até 22 de agosto
UOL: Apesar de melhora, Brasil é o país onde mais se morre pela covid-19 em 2021
CNN: Média móvel de mortes por Covid-19 cai ao menor patamar desde janeiro
G1: Vacinação contra a Covid: mais de 49% da população recebeu a primeira dose e 20,6% está totalmente imunizada