1. Volta às aulas impulsiona aumento da inflação em fevereiro

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um aumento de 0,83% em fevereiro. Este crescimento foi fortemente influenciado pela retomada das aulas, com os ajustes anuais do grupo de Educação – que geralmente marcam fevereiro, puxados pelo ensino particular e cursos pagos – alcançando 4,98%, destacando-se como principais impulsionadores do resultado do mês.

Comparativamente, esse índice demonstra uma aceleração em relação a janeiro, quando a alta havia sido de 0,42%. No mesmo período do ano anterior, o aumento foi de 0,84%, resultando em uma inflação acumulada de 4,50% nos últimos 12 meses. Este resultado também superou as expectativas do mercado financeiro, que previa um aumento de 0,78% nos preços em janeiro e um acumulado de 4,42% no período.

G1: IPCA: preços sobem 0,83% em fevereiro, com reajuste anual da educação
O Globo: Apesar de mais alta, inflação de fevereiro traz boas notícias, na avaliação de analistas

2. Economistas projetam aumento do PIB e inflação maior em 2024

De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na terça-feira (12), os economistas do mercado financeiro aumentaram a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, enquanto também elevaram as expectativas de inflação para 2024. A pesquisa, que ouviu mais de 100 instituições financeiras, revela que o PIB brasileiro deve crescer 1,78% em 2024, em comparação com a previsão anterior de 1,77%.

Além disso, após sucessivas semanas de queda, os analistas elevaram ligeiramente a previsão da inflação para este ano fixando o índice em 3,77%, um aumento em relação à projeção anterior, de 3,76%. Essa estimativa permanece abaixo do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional – a meta central de inflação este ano é de 3%, e será considerada cumprida formalmente se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5%.

G1: Boletim Focus: mercado eleva estimativa de alta do PIB em 2024 e vê inflação maior

3. Brasil registra melhora no IDH, mas mantém queda no Ranking de Desenvolvimento Humano da ONU

O Brasil interrompeu sequência de dois anos de queda do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), registrando uma melhora: o indicador chegou a 0,760, uma elevação em relação ao relatório anterior (quando chegou a 0,754). O IDH varia de zero a 1 e, quanto maior, melhor. 

A melhora foi impulsionada principalmente pelo aumento da expectativa de vida, agora em 73,4 anos. Entretanto, o país continua abaixo dos níveis pré-pandemia (quando o índice era de 0,766, com expectativa de vida de 75,3 anos), refletindo os desafios enfrentados – além da polarização política, que dificulta a melhoria da qualidade de vida.

Apesar da recuperação, o Brasil caiu duas posições no ranking global do IDH, ainda se posicionando atrás de outros países latino-americanos como Argentina, Peru, Uruguai e Chile. A renda per capita também teve um leve aumento, passando de US$ 14.370 ao ano, em 2021, para US$ 14.615 ao ano em 2022. No entanto, o país ainda não conseguiu recuperar os níveis de bem-estar social anteriores à crise de saúde, enquanto o mundo como um todo já mostra sinais de recuperação em seus indicadores pré-pandêmicos.

Valor: IDH do Brasil volta a subir após 2 anos de queda, mas polarização política atrapalha
O Globo: Brasil melhora IDH, mas cai duas posições no ranking de Desenvolvimento Humano da ONU em 2022

4. Câmara dos Deputados Aprova Projeto para “Combustíveis do Futuro”

A Câmara dos Deputados aprovou, na noite de quarta-feira (13) um projeto de lei voltado para os “combustíveis do futuro”, abrangendo iniciativas como programas nacionais para diesel verde, combustível sustentável para aviação e biometano.

Além disso, entre as medidas aprovadas está o aumento da mistura de etanol à gasolina e de biodiesel ao diesel, com possibilidade de atingir até 35% e 20%, respectivamente, até 2030. O texto estabelece também regras para o desenvolvimento do Combustível Sustentável de Aviação (SAF, na sigla em inglês) e atribui à ANP poder de regulação sobre combustíveis sintéticos e estocagem de gás carbônico, com autorização para a Petrobras atuar nessas áreas.

O projeto segue agora para análise do Senado Federal.

Câmara dos Deputados: Câmara aprova projeto dos “combustíveis do futuro”
Valor: Câmara aprova projeto do ‘combustível do futuro’

5. Consumo por cartões atinge 57% das famílias brasileiras; inadimplência cai a 5,5%

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o uso de cartões de crédito continua a crescer entre as famílias brasileiras, representando agora 56,8% do consumo. A inadimplência registrou uma diminuição, caindo para 5,5% em janeiro de 2024 – impulsionada, segundo a entidade, pelo programa Desenrola, além da estabilização da inflação e dos juros.

Para 2024, a Abecs prevê uma redução ainda maior da inadimplência até o final do ano, contribuindo para um aumento estimado entre 10% e 12% no volume de transações via cartão de crédito. O crescimento, entretanto, não deve ser impulsionado por novas emissões de cartões, mas sim pelo aumento do consumo e dos limites concedidos. A entidade também projeta um crescimento entre 8,5% e 10,5% nos meios eletrônicos de pagamento em geral – incluindo crédito, débito e pré-pago -, atingindo entre R$ 4,05 trilhões e R$ 4,12 trilhões este ano.

Folha: Consumo das famílias via cartões cresce para 57%; inadimplência cai a 5,5%