Brasil

1º de abril de 2022

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1. Moro desiste da candidatura à presidência. Doria segue na disputa

O ex-juiz Sergio Moro anunciou a desistência de sua candidatura à presidência. A declaração foi feita juntamente com o ato de filiação ao União Brasil, seu novo partido, e a mudança do seu domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo.

Por outro lado, João Doria segue na disputa à presidência mesmo com rumores de que o diretório nacional do PSDB escolheria Eduardo Leite para ser o candidato do partido. Doria deve deixar o cargo de governador de São Paulo até 2 de abril, prazo final para desincompatibilização.

CNN Brasil: Bruno Araújo diz que o candidato do PSDB à Presidência é Doria
G1: Presidente do PSDB divulga nota e diz que Doria é o nome do partido para disputa presidencial
Valor Econômico:  Moro desiste de candidatura a presidente ‘neste momento’

2. Dez ministros de Estado são exonerados para disputar eleições

Dez ministros do governo Bolsonaro foram exonerados para disputar as eleições gerais marcadas para outubro.

As substituições de maior destaque são a do agora ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que concorrerá ao cargo de governador do Estado de São Paulo. Seu substituto é Marcelo Sampaio, então Secretário Executivo da pasta.

Marcos Pontes, que serviu como Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações também foi exonerado e deve disputar uma das 70 cadeiras de deputado federal por São Paulo. Pontes será substituído por Paulo Alvim, ex-secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTIC.

G1: Governo publica dez substituições de ministros que devem ser candidatos em outubro; veja lista
Poder360: 10 ministros deixam seus cargos na 5ª; conheça os substitutos
Folha de S. Paulo: Ministros pré-candidatos vão à TV se promover, elogiar Bolsonaro e atacar adversários

3. Últimos dias de janela partidária e prazo de desincompatibilização movimentam cenário político

A possibilidade de trocar de partido sem perder mandato, a chamada janela partidária, movimentou congressistas nas últimas semanas. O prazo termina no dia 1º de abril. Levantamento realizado pelo G1 aponta que pelo menos 10% dos parlamentares trocaram de partido.

Já a chamada desincompatibilização, cujo prazo termina no dia 2 de abril, revela os projetos eleitorais de ocupantes de cargos públicos que pretendem concorrer nas próximas eleições. Para que possam participar do pleito, precisam se desvincular de seus cargos. Por conta disso, 10 ministros do governo federal deixaram o Poder Executivo.

Estas movimentações, de olho nas eleições, causam uma paralisia nas atividades legislativas, incluindo um atraso na definição das comissões da Câmara dos Deputados.

G1: Em 20 dias de janela partidária, mais de 10% dos deputados trocam de partido na Câmara
Tribunal Superior Eleitoral: Prazos importantes do Calendário Eleitoral vencem esta semana
Folha de S. Paulo: Saiba quem deixa prefeituras e governos para disputar as eleições

4. Petrobras alerta investidores estrangeiros sobre política de preços

Em comunicado à U.S. SEC, a Petrobras alertou a investidores estrangeiros sobre uma possível mudança na política de preços da estatal.

Para a companhia, a partir de agora não está descartada uma intervenção do governo brasileiro, sobretudo para conter a alta dos preços dos derivados e diminuir os danos à imagem do presidente Jair Bolsonaro, em plena campanha à reeleição.

A política atual foi estabelecida pelo governo Michel Temer em 2016, em contraponto à política de sua antecessora, Dilma Rousseff, considerada excessivamente intervencionista pelo mercado. Hoje, a companhia busca a paridade dos preços dos derivados de petróleo entre o mercado nacional e internacional.

Valor Econômico: Petrobras alerta a estrangeiros que Bolsonaro pode impor mudanças na política de preços
O Globo: Petrobras alerta a investidores que Bolsonaro pode mudar política de preços dos combustíveis
Folha de S.Paulo: Petrobras alerta que política de preços pode mudar em documento a investidores

5. Real valoriza e pode fechar com melhor desempenho trimestral desde 2009

Nos três primeiros meses de 2022, o Real se valorizou em relação ao dólar norte-americano e deve fechar com o melhor desempenho desde o segundo trimestre de 2009.

Com a cotação do dólar abaixo de R$4,75, o movimento de valorização da moeda brasileira é visto por economistas como consequência do aumento da taxa básica de juros, que saiu de 2% para 11,75%.

G1: Dólar acumula maior desvalorização trimestral contra o real desde 2009
Folha de S. Paulo: Dólar volta a cair e caminha para maior queda trimestral desde 2009
Valor Econômico: Real em alta muda cenário dos balanços