1º de Março de 2019

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1. Economia brasileira cresce 1,1% em 2018

O Produto Interno Bruto (PIB) apresentou alta de 1,1% no ano de 2018, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do mesmo índice de crescimento de 2017. Apesar de não superar o ano anterior, o desempenho econômico não surpreendeu os analistas, cujas previsões apontavam para um crescimento relativamente acanhado. Um movimento de revisão das expectativas, no entanto, foi observado após episódios como a greve dos caminhoneiros, incertezas decorrentes da disputa eleitoral e a piora do quadro econômico no plano internacional. O destaque positivo ficou por conta do setor de serviços, responsável pelo crescimento de 1,2%, ancorado pelo consumo das famílias, o qual representou 1,9% a mais do que o registrado em 2017. O setor agropecuário, por outro lado, decepcionou: apontou um tímido crescimento de 0,1%.

Valor Econômico: Economia brasileira cresce 1,1% em 2018
Folha de S.Paulo: Consumo interno puxa PIB, mas setor externo prejudica resultado
G1: PIB do Brasil cresce 1,1% em 2018 e ainda está no patamar de 2012

2. Taxa de desemprego no Brasil aumenta para 12%

A taxa de desemprego no Brasil, mensurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aumentou para 12%. O número equivale a aproximadamente 12,7 milhões de brasileiros e foi calculado levando-se em conta os meses de novembro e dezembro de 2018 e janeiro de 2019. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma leve queda de 0,2%. Uma das explicações dos economistas para o incremento da massa de desempregados é a sazonalidade derivada das contratações realizadas pelo setor de comércio e serviços durante o período de festas de fim de ano. O aumento das contratações nesta época provoca, portanto, um aumento das demissões no início do ano. Os dados apresentados, contudo, se coligados com os números da taxa de crescimento econômico, subsidiarão as críticas oposicionistas às medidas da atual equipe econômica, às negociações políticas envolvendo a reforma da previdência, além, é claro, da reforma trabalhista aprovada em 2017.

Valor Econômico: Desemprego atinge 12,7 milhões de brasileiros, aponta IBGE
G1: Desemprego sobe para 12% em janeiro e atinge 12,7 milhões, diz IBGE

3. Divulgada primeira pesquisa de avaliação do governo

Na primeira pesquisa de avaliação de governo, a aprovação pessoal do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ficou em 57%. Outros 28% da população dizem rejeitar o presidente, de acordo com pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte. Em relação ao governo propriamente dito, 39,8% o avaliam como positivo; 29% o apontam como regular e outros 19% julgam a atual administração com um viés negativo. A pesquisa também mediu o nível de aceitação de medidas legislativas apresentadas pelo governo ao longo das últimas semanas. A Reforma da Previdência, considerada prioritária, divide opiniões: 45,6% da população são contra a proposta e 43,4% a aprovam. A flexibilização da posse de armas, é rejeitado por 52,6% dos brasileiros. Por fim, o pacote anticrime do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, conta com maior respaldo e tem a chancela de 62% dos brasileiros.

Estado de S. Paulo: Bolsonaro tem aprovação de 57,5% dos brasileiros, diz CNT
Folha de S. Paulo: Bolsonaro tem 39% de ótimo e bom e 19% de ruim e péssimo, aponta pesquisa

4.Bolsonaro recebe presidente autodeclarado da Venezuela

O presidente Jair Bolsonaro recebeu, em Brasília, o autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó. O encontro ocorreu em meio ao acirramento da crise nos últimos dias, que culminou com conflitos armados na fronteira brasileira e colombiana. De Bolsonaro, Juan Guaidó ouviu promessa de apoio irrestrito à “liberdade do povo venezuelano”. Ele também se reuniu com representantes diplomáticos da União Europeia e dos Estados Unidos. As tensões oriundas da delicada situação política da Venezuela e seus dois governos – o interino de Guaidó e o de Nicolás Maduro –  têm reverberado no plano internacional. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas – ONU, por exemplo, rejeitou duas propostas de resolução propostas por EUA e Rússia: a primeira, dos americanos, propunha o início de um processo eleitoral no país; a segunda, de autoria russa, solicitava a não interferência de outros países nos assuntos internos da Venezuela.Guaidó segue agora para o Paraguai, onde deve encontrar-se com Mario Abdo, presidente deste país.

Folha de S.Paulo: Venezuela vive dilema entre ditadura e democracia, afirma Guaidó em Brasília
VEJA: Juan Guaidó e Bolsonaro se reúnem em Brasília

5. Governo prevê reforma da previdência para junho, mas enfrenta desafios

O Ministro-Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, declarou, em um evento para investidores em São Paulo, que a Reforma da Previdência estará aprovada em junho. Apesar da declaração otimista, o fato é que, para cumprir a promessa, será preciso superar pelo menos três grandes desafios. 1) O primeiro deles é a extrema indisposição e mau-humor dos congressistas para com o governo. Este fenômeno pode ser explicado pela opção de Bolsonaro em dialogar com bancadas partidárias e não com os líderes que, agora desprestigiados, não têm o poder de indicação de cargos, maior moeda de troca dos últimos anos; 2) Pressão de corporações profissionais de servidores públicos, poderosas forças lobistas de Brasília, que se sentem hoje muito prejudicadas pela Reforma. 3) Pressão oposicionista de partidos de esquerda, que prometem mobilização através de greves de sindicatos e movimentos sociais.

Folha de S. Paulo: Reforma da Previdência pode ser aprovada em junho, diz Onyx
UOL: Entenda desafios políticos de Bolsonaro para aprovação da nova Previdência