Brasil

7 de Janeiro de 2022

VOLTAR

1. Salário mínimo brasileiro é reajustado para R$ 1.212

Já está em vigor o novo valor do salário mínimo no Brasil, que agora será de R$ 1.212, um aumento de 10,18% se comparado aos R$ 1.100 de 2021. Apesar do incremento, o novo patamar repõe apenas a inflação verificada em 2021, ou seja, não representa um aumento real. Trata-se do terceiro ano seguido sem aumento real.

O valor final ficou acima da previsão inicial dada em agosto, de R$ 1.169. Entretanto, pela Constituição, o governo é obrigado a corrigir o valor do salário mínimo pelo menos pela inflação acumulada no último ano, para manter o poder de compra.

O reajuste de 10,18% do salário mínimo foi o maior desde 2016, quando chegou a 11,6%, ante 2015. Desde então, os patamares não ultrapassavam os 7%, com destaque para 2018 no qual o reajuste foi de 1,81% apenas.

Com o aumento do salário mínimo, o valor do abono salarial PIS/Pasep passa a variar de R$ 101 a R$ 1.212, de acordo com a quantidade de meses trabalhados.

UOL: Salário mínimo em 2022 será de R$ 1.212; repõe inflação, sem aumento real
GI: Abono salarial, CadÚnico, seguro-desemprego: veja o que muda com o novo salário mínimo

2. Repercussão de Bolsonaro nas redes sociais foi negativa em 2021

As repercussões dos atos do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais foram, de maneira geral, negativas em 2021, de acordo com a análise do e-book “Risco Político 2021”, produzida pelo analista-chefe do site JOTA, Fábio Zambeli. A conclusão é que elas seguiram a mesma tendência do que ocorreu nas relações do presidente com os demais Poderes e até mesmo em relação à agenda econômica do ministro Paulo Guedes.

Mesmo com as convocações para as manifestações pró-governo de 7 de setembro e todo o estresse institucional, que refletiu em um alto engajamento das bases bolsonaristas, a reação orgânica era predominantemente ruim para o governo. Esse movimento ganhou ainda mais força após a cobertura da CPI da Pandemia, as denúncias de possíveis negociações de propina na aquisição de vacinas e a decisões favoráveis ao senador Flávio Bolsonaro no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação das “rachadinhas”.

Jota: Repercussão de atos de Bolsonaro nas redes foi majoritariamente negativa em 2021
G1: Promessas dos políticos: após 3 anos de mandato, Bolsonaro cumpriu 1/3 das promessas de campanha

3. Bolsonaro é internado de novo, mas recebe alta dois dias depois

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi internado no dia 3 de janeiro, na cidade de São Paulo, com um quadro de obstrução intestinal, após ter retirado alguns dias de folga no fim do ano em Santa Catarina, onde foi visto diversas vezes na praia cercado por apoiadores.

Problemas intestinais já levaram Bolsonaro a outras quatro internações anteriores. Tudo isso, em decorrência da facada que levou em 2018, durante campanha eleitoral.

No dia seguinte a internação, o médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, responsável pelo tratamento do presidente, chegou ao hospital Vila Nova Star. Ele estava em férias com a esposa nas Bahamas, no Caribe, mas interrompeu a viagem para atender ao chamado.

Após a avaliação médica, foi descartada a necessidade de cirurgia já que, segundo a equipe médica, o tratamento com uma sonda nasogástrica e o corte da alimentação foi suficiente para solucionar a situação.

Na quarta-feira, dia 5, o presidente brasileiro recebeu alta do hospital, agradeceu aos apoiadores e rebateu críticas ao possível uso político de imagens da sua internação. “Querer falar de politização, que eu estou me ‘vitimizando’, está de brincadeira comigo”, complementou.

G1: Bolsonaro é internado em hospital em SP com dores abdominais
CNN: Bolsonaro recebe alta hospitalar após dois dias internado em São Paulo

4. Casos de Covid e Influenza disparam no Brasil; cidades cancelam Carnaval

As festas de fim de ano contribuíram para o avanço das infecções por Covid-19 e Influenza no Brasil. Relatos indicam, inclusive, que há casos de contaminação simultânea, que recebeu o nome de “flurona”.

Segundo levantamento, o número de casos de Covid-19 voltou a subir de maneira preocupante nas últimas semanas. A média móvel aumentou em 95,3% — subindo de 4,3 mil casos no dia 27 de dezembro para 8,4 mil até segunda-feira (03/01).

Os primeiros sinais de aumento de contaminação foram notados nos cruzeiros do país que em uma semana registraram centenas de casos de Covid a bordo. Isso levou a Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (Clia) a suspender as operações de cruzeiros no Brasil até o próximo dia 21 de janeiro, com chance de prorrogação.

Com as evidências da nova onda de Covid e surto de Influenza, diversas cidades começaram a cancelar eventos ligados ao Carnaval. É o caso de Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Curitiba (PR), Campo Grande (MT), Olinda (PE), Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP), entre outras.

Correio Brasiliense: Covid-19: Média móvel de casos no Brasil quase dobra em uma semana
G1: Companhias de cruzeiros suspendem operações no Brasil até 21 de janeiro, após surtos de Covid a bordo
Estadão: Ceará e SP têm casos de ‘flurona’; infecção dupla é registrada desde o início da pandemia, diz SP
O Globo: Carnaval 2022: capitais começam a cancelar desfiles e blocos de rua por causa da Covid-19

5. Ministério da Saúde aprova vacinação de crianças entre 5 e 11 anos contra Covid

Mesmo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil aprovar a imunização de crianças entre 5 e 11 anos com doses da vacina contra a Covid-19 (versão pediátrica) da Pfizer, que já ocorre em diversos países, o Ministério da Saúde resolveu abrir uma audiência pública para dar o aval final sobre o tema. Na última quarta-feira, no entanto, acabou cedendo e aprovando a não exigência de receita médica para a vacinação de crianças.

A autorização dos pais ou dos responsáveis será uma recomendação e não uma obrigatoriedade, afirmou o Ministério da Saúde. A autorização por escrito só será necessária se não houver pai, mãe ou responsável presente no momento em que a criança for vacinada. Além disso, a vacinação ocorrerá em ordem decrescente de idade, priorizando comorbidade ou deficiência permanente.

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que antecipou a compra de mais de 3,7 milhões de doses pediátricas da Pfizer, que devem chegar ao Brasil na segunda quinzena de janeiro. E, até o final do primeiro trimestre do ano, estão previstas outras 16,3 milhões de doses.

G1: Ministério da Saúde não exigirá receita médica para vacinar crianças contra a Covid-19
CNN: Saúde indica que maioria é contra exigência de receita para vacina infantil