Brasil

28 de Janeiro de 2022

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1. FMI corta projeções de crescimento e Brasil tem pior perspectiva de PIB entre as principais economias

Nesta semana o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu suas previsões de crescimento econômico em 2022. O Brasil deve ter taxa de crescimento de 0,3%, três meses atrás, a previsão era bem mais otimista: alta de 1,5%. De acordo com o Fundo, a queda da expectativa do país está relacionada à inflação e ao aumento substancial na taxa de juros para combatê-la, “que vão pesar sobre a demanda doméstica”. A projeção de expansão de 0,3% no Brasil é a pior entre as principais economias. Mesmo com os cortes nas estimativas, EUA e México devem crescer 4% e 2,8% este ano, respectivamente. China deve crescer 4,8%, enquanto a Índia, 9%.

Estadão: FMI corta projeção de crescimento do PIB do Brasil de 1,5% para 0,3% em 2022
CNN Brasil: FMI corta expectativa e projeta crescimento de 0,3% para o PIB do Brasil em 2022
G1: FMI corta projeções e vê alta perto de zero no PIB brasileiro este ano, no pior desempenho entre principais países

2. Para entrar no OCDE, Governo prometer zerar IOF sobre operações de câmbio até 2029

O governo brasileiro prometeu zerar até 2029 o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em operações envolvendo compra e venda de moeda estrangeira para destravar seu ingresso na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), de acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes. A medida vai na direção de uma maior liberalização do fluxo de capitais estrangeiros e de transações invisíveis, instrumentos que integram as práticas da OCDE na área econômica. O Governo Bolsonaro tem muitas expectativas no ingresso do Brasil à Organização, vista como uma de suas prioridades na política externa nacional.

Folha de S. Paulo: Brasil promete zerar IOF sobre operações de câmbio até 2029 para entrar na OCDE
Valor Econômico: Brasil promete zerar IOF sobre câmbio até 2029 para entrar na OCDE
Poder 360: Guedes se adianta à OCDE e fala em zerar IOF sobre câmbio

3. Filiação de integrantes do MBL ao Podemos aumenta base de apoio a Sergio Moro, ex-ministro da Justiça, em São Paulo

Nesta semana deve se confirmar a filiação de membros do MBL (Movimento Brasil Livre) ao partido Podemos, garantindo ao presidenciável da legenda, o ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro Sergio Moro, um palanque pronto em São Paulo, estado estratégico na corrida eleitoral deste ano. Surgido nas manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2014, o MBL tem projeto político próprio, participará de sua terceira eleição e já planejava lançar o deputado estadual Arthur do Val (Patriota), o youtuber Mamãe Falei, para o Governo de São Paulo em 2022. Aposta de partidos e políticos de Centro-direita no Brasil, Sérgio Moro vem se movimentando desde dezembro para consolidar base para a campanha presidencial.

Correio Braziliense: Moro confirma aproximação com MBL e fala a favor de fim da reeleição
Folha de S.Paulo: Filiação de integrantes do MBL ao Podemos dá palanque a Moro em SP
UOL: Moro chama membros do MBL de ‘pessoas boas’ e admite aproximação com grupo

4. Brasil piora duas posições em ranking de percepção de corrupção e ocupa a 96ª colocação entre 180 países

Segundo levantamento realizado pelo Transparência Internacional, o Brasil caiu duas posições no ranking mundial de percepção da corrupção. Entre 180 países analisados, o Brasil ocupou a 96ª colocação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) no ano passado: quanto melhor a posição no ranking, menos o país é considerado corrupto. Em uma escala de 0 a 100 pontos, o Brasil alcançou 38 pontos, ficando abaixo da média global (43 pontos), dos países da América Latina e do Caribe (41 pontos) e das nações que integram o G20 (66 pontos). A Transparência Internacional afirma que o Brasil está “estagnado em um patamar muito ruim em relação à percepção da corrupção no setor público” e aponta que as ações do governo federal, do Congresso Nacional e do Judiciário “levaram a retrocessos no arcabouço legal e institucional anticorrupção do país”.

O Globo: Brasil cai em ranking mundial de percepção de corrupção e ocupa 96º lugar
G1: Brasil piora duas posições em ranking de corrupção
UOL: Brasil cai para 96º em ranking mundial de percepção da corrupção

5. Investimento estrangeiro no Brasil avança 23% em 2021 ante 2020; resultado é menor do que estimado pelo Banco Central

O Banco Central (BC) informou nesta semana que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 46,441 bilhões em 2021. O resultado representa aumento de 22,9% na comparação com 2020, quando os investimentos estrangeiros no Brasil somaram US$ 37,786 bilhões. Apesar do crescimento, de acordo com estimativa inicial do BC, os investimentos diretos de estrangeiros no país somariam US$ 52 bilhões. Portanto, na prática, o resultado ficou abaixo do esperado. Além disso, no acumulado de 2021, o Brasil registrou déficit em suas transações correntes de US$ 28,110 bilhões, ou seja, a diferença entre o que o país gastou e o que recebeu nas transações internacionais relativas a comércio, rendas e transferências unilaterais alcançou saldo negativo.

Valor Econômico: Brasil fecha 2021 com déficit de US$ 28 bi nas contas externas e US$ 46,4 bi em investimento direto
O Globo: Investimento estrangeiro no país foi de US$ 46,4 bilhões em 2021, abaixo do projetado pelo Banco Central
CNN Business Brasil: Com US$ 46,4 bi, investimento estrangeiro no Brasil avança 23% em 2021 ante 2020