Brasil

July 23, 2021

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1. Crise leva Centrão para o comando da articulação política do governo federal

Em meio a uma crise política agravada pelo recebimento de denúncias contra o governo na CPI da Covid, desemprego e reprovação em pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro decidiu colocar o senador Ciro Nogueira no lugar do general Luiz Eduardo Ramos na Casa Civil, área responsável pela articulação política com o Congresso. Nogueira é um dos líderes do Centrão, grupo de partidos que dá maioria para o Executivo no Senado e na Câmara.

Segundo o presidente, a oficialização deve acontecer na segunda-feira. “Vamos botar um senador aqui na Casa Civil que pode manter um diálogo melhor com o parlamento brasileiro”, afirmou. Bolsonaro também decidiu recriar a pasta do Trabalho com novo nome: Ministério do Emprego e da Previdência. As duas áreas eram subordinadas ao até então superministro da Economia, Paulo Guedes, que disse ser “natural” a mudança e que as diretrizes da política econômica brasileira não serão alteradas.

Valor Econômico: Centrão ganha espaço no governo
Folha de S.Paulo: Ministério da Economia é desmembrado
G1: Bolsonaro tira general e põe senador na Casa Civil
Valor Econômico: Para Guedes, mudança é ‘natural’

2. General, ministro da Defesa se envolve em polêmica sobre voto impresso

O ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, protagonizou polêmica no meio político e institucional após reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” segundo a qual o militar teria mandado informar ao presidente da Câmara, Arthur Lira, que sem a aprovação da volta do voto impresso não haveria eleição no ano que vem. O general nega ter dito isso, mas ressaltou que é favorável à mudança, defendida também pelo presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Braga Netto, o tema está no Congresso e deve ser debatido. “A discussão sobre o voto eletrônico ‘auditável’ por meio de comprovante impresso é legítima, defendida pelo governo federal e está sendo analisada”. Arthur Lira, que é do PP, o mesmo partido do novo chefe da Casa Civil do governo, desmentiu a notícia, mas o mal-estar junto a parlamentares e instituições já estava instalado e a oposição se mobiliza para convocar o ministro da Defesa a dar explicações sobre o caso. Diante da repercussão, o vice-presidente Hamilton Mourão descartou qualquer ameaça. “É lógico que vai ter eleição. Nós não somos república de banana”, disse.

O Estado de S. Paulo: General faz ameaça sobre eleição
Folha de S.Paulo: País quer mais transparência, diz ministro
Valor Econômico: Bolsonaro volta a defender projeto
Folha de S.Paulo: Poderes buscam limitar influência militar

3. Pesquisa aponta aumento recorde na demanda por crédito no 1º semestre

Aumentou 17,3% a demanda por crédito no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo levantamento da Serasa Experian, a alta é recorde desde 2008, quando a série histórica da pesquisa foi iniciada. Entre os segmentos, a procura foi maior para empresas de serviços, com 18,4%, seguido de comércio (17,4%) e indústria (12,1%). Segundo o levantamento, o aumento da procura por crédito no mês passado, em comparação com junho de 2020, também foi expressivo; 23,2%.

Para o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian, o resultado da pesquisa demonstra tanto que muitos empreendedores estão fortalecendo o fluxo de caixa após um período mais grave da pandemia, quanto um movimento de empresas em situação mais estável em busca de expansão de negócios, principalmente linhas de crédito rurais, imobiliárias e de veículos. O aumento da demanda para micro e pequenas empresas foi pouco maior do que os demais e atingiu 23,6% no último semestre em comparação com o mesmo período do ano passado.

O Estado de S. Paulo: Demanda por crédito bate recorde

4. Covid impactará mercado de trabalho por até 9 anos, afirma Banco Mundial

O Banco Mundial aponta que o efeito negativo da pandemia de coronavírus sobre o mercado de trabalho e os salários deverá permanecer por até nove anos no Brasil. De acordo com relatório, divulgado na terça-feira, o país passará por uma “longa e expressiva” queda dos índices de emprego formal até se recuperar da crise econômica, assim como outras nações da América Latina. Cerca de 14,8 milhões de brasileiros estão desempregados.

Segundo a análise do banco, apesar de a mão de obra menos qualificada ser a mais impactada, trabalhadores de nível médio também sentirão efeitos negativos da crise econômica. “No Brasil e no Equador, embora os trabalhadores com ensino superior não sofram os impactos de uma crise em termos salariais e sofram apenas impactos de curta duração em matéria de emprego, os efeitos sobre o emprego e os salários do trabalhador médio ainda perduram nove anos após o início da crise”, diz o texto.

G1: Impacto da Covid no trabalho vai durar anos

5. Over 50% of São Paulo and Rio Grande do Sul inhabitants receive first dose of vaccine

São Paulo and Rio Grande do Sul were the first Brazilian states to have administered the first dose of the coronavirus vaccine to more than half of their populations. As of yesterday, 53.14% of people who live in the state of São Paulo and 51.02% of people who live in Rio Grande do Sul have received the first dose. Mato Grosso do Sul leads with the highest rate of full vaccination, with 30.39% of its inhabitants having received either both doses or a single dose vaccine.

According to data provided by states, 36.5 million Brazilians are completely vaccinated, representing 17.25% of the population. As of yesterday, the first dose of the vaccine had been given to 44% of Brazilians. Fundação Oswaldo Cruz reported that, in the last few weeks, Brazil has registered a 2.1% drop in the number of daily cases and a 2.6% drop in the number of deaths a day. However, experts warn that the numbers are still high. On average, Brazil sees 39,000 people contaminated with the virus every day and 1,196 deaths. Over 547,000 Brazilians have died since the beginning of the pandemic.

O Globo: MS lidera em imunização completa
Valor Econômico: Fiocruz aponta retração da Covid
Folha de S.Paulo: Leia mais sobre a pandemia
G1: Veja como está a vacinação