Brasil
June 11, 2021
1. Governo aprova vacina para jovens de 12 anos e libera testes da ButanVac
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso da vacina Pfizer a partir dos 12 anos de idade no Brasil. Antes, a idade mínima era 16 anos. O órgão também autorizou testes em humanos com a vacina ButanVac, produzida pelo Instituto Butantan, responsável pela distribuição da Coronavac no país. Os estudos devem ser concluídos em três meses e a expectativa é contar com 40 milhões de doses do novo imunizante, se aprovado. Em outra frente, o governo federal aguarda a vinda de 3 milhões de doses da vacina da Janssen, de aplicação única, que deverão ser utilizadas nas capitais.
Em São Paulo, a expectativa sobre imunização também é otimista. O governo estadual antecipou em 15 dias o calendário de vacinação contra o coronavírus para a população com mais de 18 anos de idade. Depois de ter anunciado na semana passada que imunizaria todos os adultos até 31 de outubro, a data foi mudada na quarta-feira para o dia 18 do mesmo mês. Mas a disseminação da doença no país ainda não está sob controle e as redes hospitalares estão atuando no limite da capacidade de internações. Boletim da Fiocruz aponta que 20 estados e o Distrito Federal estão com mais de 80% de ocupação dos leitos de UTIs e alertou para a situação de alto risco.
G1: Vacina a partir dos 12 anos é aprovada no país
Rede Globo: Anvisa autoriza testes com ButanVac
Folha de S.Paulo: SP antecipa calendário de vacinação
Rede Globo: 20 estados e DF tem UTIs lotadas
G1: Veja como está a vacinação no país
2. CPI quebra sigilo de 2 ex-ministros, autoridades e empresários
A CPI da Covid aprovou a quebra de sigilos telefônicos e de arquivos eletrônicos dos ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), além de atuais secretários de áreas do Ministério da Saúde, empresários e outras pessoas que integraram o chamado “gabinete paralelo” do governo na condução do combate ao coronavírus. Os senadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito, que apura omissões e desvio de recursos na gestão pública desde o início pandemia, também quebraram sigilos bancário e fiscal de empresas de publicidade para apurar o disparo de mensagens com fake news.
Com a quebra dos sigilos, integrantes da CPI terão acesso a conversas telefônicas, mensagens trocadas por aplicativos e histórico de pesquisas na internet feitas pelos investigados de abril do ano passado até agora. O principal objetivo dessa decisão é ter acesso a dados que corroborem a existência de um grupo que determinou medidas que adiaram ou atrapalharam as ações de combate à disseminação da doença no país. O Brasil se aproxima da marca de meio milhão de pessoas mortas pela Covid-19, com mais de 482 mil óbitos, e registra pelo menos 17 milhões de casos confirmados da doença. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro abriu nova polêmica com especialistas em saúde pública: pediu um estudo para desobrigar do uso de máscaras os vacinados e quem já teve a doença.
Folha de S.Paulo: CPI quebra sigilo de gabinete paralelo
O Globo: Veja quem teve o sigilo quebrado
O Estado de S. Paulo: Bolsonaro quer fim de máscaras
G1: Leia mais notícias sobre a pandemia
3. Inflação oficial tem a maior alta para maio desde 1996 e atinge 0,83%
A inflação oficial de maio teve a maior alta dos últimos 25 anos, segundo resultados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 0,83%, muito acima do aumento de abril (0,31%). O acumulado da inflação no ano é de 3,22% e chega a 8,06% nos últimos 12 meses, também maior que o mesmo período anterior. Agora, a expectativa do mercado está voltada para a definição da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central na próxima semana. Para o secretário de Política Econômica do governo, Adolfo Sachsida, a aceleração é “passageira”.
De acordo com os dados do IBGE, o aumento do custo de energia elétrica (5,37%) pesou no cálculo final do indicador mensal para o consumidor. Etanol (12,92%), óleo diesel (4,61%), gás encanado (4,58%) e gasolina (2,87%), também influenciaram a alta. Nos últimos 12 meses, os maiores aumentos nos alimentos foram nos preços de óleo de soja (86,87%), feijão fradinho (58,04%) e arroz (51,83%). Todas as áreas pesquisadas para o cálculo do IPCA subiram em maio. A maior alta foi a da região metropolitana de Salvador (1,12%). São Paulo e Rio de Janeiro, registraram inflação de 0,78% e 0,87%.
Folha de S.Paulo: Inflação oficial acelera em maio
Valor Econômico: Entenda a inflação de maio
O Estado de S. Paulo: Alta é passageira, diz governo
4. Ministro da Economia promete manter auxílio emergencial por mais 2 meses
O auxílio emergencial para a população de baixa renda ou em situação vulnerável durante a pandemia deverá ser mantido por mais dois meses, em princípio. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a prorrogação do benefício deve coincidir com o término da vacinação da população com mais de 18 anos de idade. Os planos de Guedes incluem o lançamento do Bolsa Família ampliado logo após o término do repasse da ajuda de emergência. Ele não detalhou os valores da ajuda federal, que hoje varia de R$ 150 a R$ 375, nem o formato do novo programa de complementação de renda.
De acordo com o ministro, essa prorrogação provavelmente será por “dois ou três meses”, seguindo expectativa do governo de que a pandemia estará controlada em até 90 dias. “Todos os governadores estão dizendo que a população adulta estará vacinada até setembro. Se não estiver, nos renovaremos de novo”, disse Guedes. “Por agora, renovaremos para setembro. Se for necessário, faremos outubro também, mais um. Estamos estendendo por dois ou três meses. Ainda vai ser decidido”, afirmou.
CNN Brasil: Auxílio emergencial será prorrogado, diz Guedes
5. Brasil perdeu quase 10 milhões de empreendedores em 2020, diz pesquisa
O país perdeu quase 10 milhões de empreendedores no ano passado, caindo de 53,4 milhões, em 2019, para 43,9 milhões no ano passado. Um dos principais motivos foi o impacto causado pela pandemia. A pesquisa do GEM (Global Entrepreneurship Monitor) foi feita em 46 países, com 140 mil entrevistados. No Brasil, o levantamento foi feito em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade e teve como base 2.000 entrevistas realizadas entre julho e outubro de 2020 com pessoas de 18 a 64 anos de idade.
Segundo a pesquisa, caiu pela metade o número de empreendedores estabelecidos há mais de 3 anos e meio, passando de 16% para 8,7%, volume menor que o verificado em 2004 (10,1%). Entre os iniciantes, o percentual passou de 23,3% para 23,4%. Já os estreantes, com menos de 3 meses de atividade em 2020, cresceram 25%; o maior patamar da série histórica. “Por causa do desemprego, entrou muita gente nova e inexperiente que tenta sobreviver por meio de um pequeno negócio. O mundo inteiro sentiu esse impacto, mas, no Brasil, os efeitos sobre o empreendedorismo foram mais fortes ainda”, disse Carlos Melles, presidente do Sebrae.