Brasil

June 18, 2021

VOLTAR

1. Presidente promete reajustar o Bolsa Família para R$ 300 em dezembro

O presidente Jair Bolsonaro prometeu aumentar o benefício mensal do Bolsa Família de R$ 190 para R$ 300, em média. O novo valor, segundo ele, deverá ser pago a partir de dezembro. O aumento pode ser visto como um movimento político para obtenção de maior popularidade até as eleições do ano que vem. Sem apresentar estudo sobre o impacto dessa medida no Orçamento, o presidente disse que a inflação dos produtos da cesta básica motivou sua decisão e o custo será calculado. “Pesa para a União, mas nós sabemos da dificuldade da nossa população. Então a equipe econômica já praticamente bateu o martelo nesse novo Bolsa Família a partir de dezembro, de R$ 300 em média”, disse.

O governo federal já decidiu que também vai prorrogar o pagamento de auxílio emergencial para pessoas de baixa renda e em situação vulnerável devido à pandemia. Outro benefício, planejado pelo Ministério da Cidadania, prevê repasse mensal de até R$ 250 para crianças e adolescentes de famílias incluídas no Bolsa Família em que um responsável tenha falecido em decorrência da Covid-19. O valor será pago até os 18 anos. A estimativa, até o momento, é utilizar R$ 196,2 milhões em 2022 para ajudar pelo menos 68 mil jovens de 35 mil famílias.

Folha de S.Paulo: Governo vai aumentar valor do Bolsa Família
O Estado de S. Paulo: ‘Órfãos da Covid’ poderão receber pensão

2. Renda média é a mais baixa desde 2012 e desigualdade aumenta no país

A renda média no país ficou abaixo de R$ 1 mil pela primeira vez em dez anos, segundo pesquisa divulgada nesta semana pela FGV (Fundação Getulio Vargas). A pandemia de coronavírus aumentou a diferença de renda entre ricos e pobres no país, conforme o Índice de Gini. No primeiro trimestre deste ano, o indicador foi de 0,674; no mesmo período do ano passado era 0,642. Quanto mais próximo de 1 estiver o indicador, maior é a desigualdade. O fenômeno vinha sendo observado antes da disseminação do coronavírus no país em decorrência da recessão de 2015 e 2016 no mercado de trabalho, mas agora se agravou.

No primeiro trimestre do ano passado, a renda média per capita dos brasileiros estava em R$ 1.122. Neste ano, caiu 11,3% e ficou em R$ 995. De acordo com o economista Marcelo Neri, do FGV Social, apesar de a pandemia ter prejudicado diferentes grupos no mercado de trabalho, os mais pobres sentiram mais os impactos negativos. “A situação piorou agora. A pandemia veio em um momento de fragilidade trabalhista. O resultado é pior do que uma década perdida. Andamos para trás”, afirmou.

Folha de S.Paulo: Desigualdade cresce no Brasil

3. Agora, Bolsonaro pede para antecipar entrega de vacinas contra a Covid-19

Após uma série de obstáculos e recusas desde o ano passado, o presidente Jair Bolsonaro pediu oficialmente a antecipação de entrega de vacinas à farmacêutica Pfizer. Acompanhado de ministros, Bolsonaro participou de uma reunião virtual com representantes da empresa e solicitou que fosse antecipado o maior número de possível de imunizantes até o mês que vem. Atualmente, o governo tem dois contratos que garantem o envio de 200 milhões de doses, mas o prazo final está previsto para dezembro.

A campanha de imunização começa a demonstrar maior agilidade. Ontem, pela primeira vez o país vacinou mais de 2 milhões de pessoas em um único dia e agora as 27 capitais brasileiras já vacinam pessoas sem comorbidades e fora dos grupos prioritários. Até o momento, cerca de 60 milhões de pessoas tomaram uma dose do medicamento, o equivalente a 28,5% da população. Foram totalmente imunizadas, com duas aplicações, cerca de 24 milhões, 11,3% dos habitantes. Apesar disso, após mais de dois meses o Brasil volta a registrar tendência de aumento das mortes, com uma média de 2005 falecimentos causados pela Covid a cada 24 horas. Supera 496 mil o número de pessoas mortas; 17,7 milhões contraíram o coronavírus.

Folha de S.Paulo: Agora, Bolsonaro pede vacina antecipada
Rede Globo: Mortes voltam a ter tendência de alta
G1: Leia mais notícias sobre a pandemia
G1: Veja como está a vacinação no país

4. Com terceira alta seguida, taxa básica de juros fica em 4,25% ao ano

A taxa de básica de juros subiu 0,75% pela terceira vez consecutiva e passou de 3,5% para 4,25% ao ano. O Copom (Comitê de Política Monetária) informou em comunicado que “o cenário básico indica ser apropriada a normalização da taxa de juros para patamar considerado neutro”. Segundo órgão, para o próximo encontro, entre 3 e 4 de agosto, a projeção é de novo aumento no mesmo patamar. Um ajuste mais alto, no entanto, não foi descartado em caso de piora da expectativa inflacionária e esse foi o ponto que mais chamou a atenção dos agentes de mercado.

Analistas apontam que o aumento sucessivo demonstra preocupação com a inflação e avaliam que novos aumentos acontecerão até o final do ano. A previsão é que a taxa básica de juros fique em 6,25% até dezembro, segundo pesquisa do Banco Central com mais de 100 instituições financeiras, mas há agentes reavaliando o cenário e prevendo até 7,5% neste ano. No comunicado, o Copom afirmou que a pressão inflacionária está maior que o esperado e que o risco de ocorrer uma crise energética contribui para manter a expectativa de inflação elevada no curto prazo.

O Globo: Copom eleva taxa básica de juros
Valor Econômico: Mercado prevê Selic de até 7,5%
Valor Econômico: Taxa básica de juros chega a 4.25%

5. Water crisis increases electricity costs and affects the industrial sector

Electricity prices, which vary according to the country’s capacity for generating energy, will increase by at least 20%. According to Electricity Regulatory Agency director André Pepitone, the new prices will be determined at the end of June. The main water reservoirs in hydroelectric plants are being affected by the most severe drought of the last 100 years. According to the federal government, it will be necessary to increase the use of thermoelectric plants to meet the country’s needs. This could result in an additional cost of R$ 9 billion (USD $1.78 billion) by November. The National Electric System Operator is waiting for the government’s approval to keep thermoelectric plants operating even during the rainy season – from November to April – to try to avoid rationing measures in 2022.

This week, energy-intensive industries have presented a plan to voluntarily decrease their energy consumption and move their production outside of peak times to reduce the risk of blackouts. Members of the government believe rationing won’t be necessary this year, but a preventive measure that plans for changes in the energy sector is currently being developed. The measure plans to create a group that will have the power to change the flow rate of hydroelectric plants without the approval of states and cities. Meteorologists believe that rainfall in the areas of major reservoirs won’t increase until the end of the year.

G1: Com crise hídrica, conta de luz vai subir
Valor Econômico: Industria sugere mudar horário de produção
Valor Econômico: Térmicas vão operar até na época de chuva
O Estado de S. Paulo: Governo prepara MP do setor elétrico