Brasil

Sexta, 12 de abril de 2019

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1. Bolsonaro é ‘ruim’ para 30%, mas 59% estão otimistas

Pesquisa Datafolha mostra que 30% da população considera ruim ou péssimo o governo de Jair Bolsonaro. A proporção é semelhante para os que avaliam como ótima e boa gestão, bem como regular. Mas 59% dos brasileiros estão otimistas com o futuro do governo, mesmo sendo um índice inferior aos 65% de quando o presidente foi eleito. Antecessores de Bolsonaro nas mesmas condições tiveram melhor desempenho no quesito reprovação popular: Fernando Collor teve 19% em 1990, Fernando Henrique Cardoso atingiu 16% em 1995, Luiz Inácio Lula da Silva chegou a 10% em 2003 e Dilma Rousseff teve 7% em 2011. O presidente criticou a pesquisa e afirmou que seu governo “não tem tanta notícia ruim como o publicado na mídia”.

Folha de S.Paulo: Bolsonaro tem pior avaliação de presidente desde 1985
O Globo: Governo ‘não teve tanta notícia ruim’, diz presidente

2. Presidente assina 18 decretos e afirma que cumpriu metas

O presidente Jair Bolsonaro assinou na quinta-feira 18 medidas e apresentou resultados que, segundo ele, mostram que as 35 metas prometidas para os 100 dias de governo foram cumpridas. Os decretos e projetos que entram em vigor estão relacionados aos temas prometidos como plano de autonomia para o Banco Central, o comitê anticorrupção e revogação de 250 decretos, entre outros. Na mídia, no entanto, noticiário aponta que prevalece que menos da metade do prometido foi efetivamente executado. No mercado, o índice Bovespa subiu8,56% no trimestre, nos governos anteriores, desde 1995, nenhum presidente teve à disposição cenário positivo semelhante a esse.

O Globo: Bolsonaro assina decretos e anuncia cumprimento de metas
O Estado de S. Paulo: Veja os decretos assinados pelo presidente
Valor Econômico: Cem dias de governo e o cenário econômico
Folha de S.Paulo: Governo cumpre somente um terço das promessas

3. Empresários são convocados a defender nova aposentadoria

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o governador de São Paulo, João Doria, fortaleceram uma ofensiva para tentar convencer empresários e investidores a se mobilizarem em defesa da aprovação da reforma da Previdência. Segundo o ministro, as novas regras para a aposentadoria irão equilibrar as contas públicas e poderão alavancar o PIB (Produto Interno Bruto) de 1,5 a 2 pontos percentuais, o que resultará na atração de investidores estrangeiros. O governador, por sua vez, disse que se a reforma não for realizada da Previdência, haverá “caos” no Brasil. Caso as mudanças sejam aprovadas pelo Congresso, afirmou Doria, “a comporta para investidores se abrirá imediatamente”.

Valor Econômico: Reforma pode aumentar investimento estrangeiro, diz ministro
Valor Econômico: Empresários têm de ajudar, senão o país terá “caos”, diz Doria

4. Maia e Guedes afrouxam a articulação pela reforma

O presidente da CâmaraRodrigo Maia (DEM-RJ)disse na segunda-feira que não fará mais articulação política no Congresso pela aprovação da reforma da Previdência, que muda as regras de aposentadorias no país, e que não vai ser “mulher de malandro, de ficar apanhando e achando bom”. Disse que se resignou ao seu papel institucional na tramitação do projeto e que estará pronto para pautar a medida quando for a hora e que não falará mais de prazo nem de votos para aprovar a medida. O ministro da Economia, que na semana passada afirmou que assumiria a articulação política para aprovação do projeto, recuou nesta semana. Ele justificou a posição alegando não ter temperamento para essa função, lembrando o bate-boca com deputados e sua saída inesperada de sessão em que defendia a reforma da Previdência.

Veja: Maia e Guedes desistem de articular aprovação da nova Previdência
Folha de S.Paulo: Articuladores da reforma da Previdência começam a recuar

5. Previsão de crescimento do PIB neste ano é reduzida pelo FMI

O FMI (Fundo Monetário Internacional) cortou a projeção de crescimento brasileiro neste ano de 2,5% para 2,1. Segundo o relatório de fundo, a estimativa para 2020 subiu de 2,2% para 2,5%. No documento, FMI afirma que a prioridade do país deve ser conter o aumento da dívida pública sem cortar os gastos sociais necessários. O documento destaca ainda que o ritmo de expansão de médio prazo de Brasil e México tende a ficar entre 2,25% e 2,75%. Em 2017 e 2018 o Brasil cresceu 1,1%. O relatório reafirma que ajustes antecipados são necessários para limitar despesas crescentes no país, em especial cortes na folha de pagamento do setor público e a reforma da Previdência. Mas ressalta que é preciso proteger programas sociais para a população vulnerável, mas não especifica quais projetos.

Valor Econômico: FMI reduz projeção de crescimento do Brasil para 2019
O Estado de S. Paulo: Projeção de crescimento do Brasil cai para 2,1%