1. De olho na reeleição, presidente ameaça deixar seu partido

O presidente Jair Bolsonaro tornou público o seu descontentamento com o PSL (Partido Social Liberal), sigla pela qual foi eleito e conseguiu aumentar a bancada de um deputado federal para 53. Bolsonaro abordou um  apoiador e disse para ele “esquecer o PSL”, pois o presidente do partido, Luciano Bivar, estaria “queimado para caramba [má reputação]” em seu Estado natal, Pernambuco. Líderes da legenda reagiram imediatamente, uns em apoio ao presidente da República, outros em defesa de Bivar. No final da tumultuada terça-feira, após uma operação para tirar o assunto dos destaques da mídia, não ficou claro quando Bolsonaro deixará o partido e em qual grupo irá se filiar. Líderes do PSL, no entanto, disseram que haverá uma reunião da bancada com o presidente para “aparar as arestas” e acalmar a relação. Fora o aspecto político, com Bolsonaro no partido o PSL, que teve R$ 9 milhões de dinheiro público do fundo oficial, recebeu neste ano R$ 110 milhões, graças ao desempenho nas urnas. Veja análise sobre o atrito de  Bolsonaro com seu partido no Brasilia Report.

Folha de S.Paulo: PSL tenta conter racha com Bolsonaro
O Estado de S. Paulo: Bolsonaro busca saída jurídica para deixar PSL
Valor Econômico: Para presidente, partido está estagnado 
Folha de S.Paulo: Saída de Bolsonaro pode fortalecer o Centrão
O Estado de S. Paulo: Bolsonaro quer auditoria nas contas do PSL

2. Inflação oficial de setembro é a menor dos últimos 21 anos

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial brasileira, chegou ao mais baixo nível dos últimos 21 anos em setembro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa registrou deflação de 0,04% no mês passado. Em agosto, o índice ficou em 0,11%. Alimentação e artigos de residências foram os que mais puxaram a queda. De acordo com o IBGE, a inflação acumulada em 12 meses é de 2,89%, ante os 3,43% computados um mês antes. Neste ano, o acumulado é de 2,49%. O cálculo do IPCA considera uma cesta típica de famílias que ganhem de 1 a 40 salários mínimos e residam em dez regiões metropolitanas e cinco capitais de menor porte. Conforme o levantamento, nas capitais analisadas, as menores taxas de inflação foram verificadas em São Luís (-0,22%), Belo Horizonte e em Brasília. A queda foi menor em São Paulo (-0,02).

Valor Econômico: Inflação oficial é a menor desde 1998

3. EUA retiram apoio imediato ao Brasil para ingresso na OCDE

O governo dos EUA desistiu de apoiar o ingresso imediato do Brasil na OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico), o clube dos países mais ricos do mundo. Até então, o governo do presidente Jair Bolsonaro contava com o poder de persuasão favorável ao Brasil exercido pelo líder norte-americano Donald Trump. O secretário de Estado, Mike Pompeo, afirmou que os EUA apoiarão o ingresso de Argentina e Romênia. A decisão norte-americana foi tomada em 28 de agosto, mas só agora revelada. Em março, no entanto, o próprio Trump disse publicamente que apoiaria a campanha brasileira para entrar na OCDE, o que já rendeu dividendos aos Estados Unidos, que importa agora etanol brasileiro sem tarifa. Fontes no governo afirmam que a atitude dos EUA pode ser considerada frustrante. Nos bastidores, Washington avisou que continua apoiando o Brasil, mas prefere ajudar agora os outros dois países. Empresários reagiram com cautela, mas reafirmam que o ingresso na OCDE é prioridade de política externa para o setor.

Valor Econômico: EUA mudam de posição e apoiam Argentina na OCDE
Folha de S.Paulo: Empresários se frustram com recuo norte-americano

4. Salário de servidor é 96% maior que o da iniciativa privada

Relatório divulgado nesta semana pelo Bird (Banco Mundial) mostra que cada funcionário público do governo federal ganha, em média, 96% a mais do que trabalhadores que exercem função equivalente na iniciativa privada. Segundo Banco Mundial, o salário é o mais alto em comparação com 53 países. Documento do Bird argumenta que a estrutura de remuneração de servidores, mais a política de aumentos salariais conforme o tempo de serviço, levam profissionais ao topo das principais carreiras da União sem que sejam obrigatoriamente os mais bem preparados. O órgão internacional afirma ainda que mão de obra mais qualificada deveria ser atraída pelo governo para cargos estratégicos e não apenas para início de carreira.

O Estado de S. Paulo: Servidor ganha o dobro do que é pago na iniciativa privada

5. Brasil sobe uma posição no ranking de competitividade

O Brasil subiu uma posição no ranking global de competitividade deste ano, passado do 72º lugar para 71º. O levantamento é realizado pelo Fórum Econômico Mundial desde 1997 e considera dados de 141 países sobre 12 áreas, como infraestrutura, sistema financeiro, mercado de trabalho e capacidade de inovação, entre outros. Mesmo com o resultado positivo, o país ainda está distante da meta do governo para o ranking, que é a de ocupar a 50ª posição em 2022. De acordo com o secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, melhorar 21 colocações na lista é factível para o governo, que traça seis eixos de crescimento: remoção de barreiras regulatórias e legais, aumento da taxa de emprego com qualificação, aumento da concorrência de mercado, investimento em obras, modernização da indústria e estímulo as pequenos e médios negócios.

O Globo: Brasil melhora no ranking de competitividade

Brasilia Report

Acesse aqui o Brasilia Report, análise preparada pelo Consultor Sênior da JeffreyGroup em Brasília, Gustavo Krieger.