Brasil

Sexta-feira, 11 de septembro de 2020

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1. Preço dos alimentos dispara, acumula alta de 11,39% e pressiona a inflação

A inflação dos alimentos no domicílio teve um aumento acumulado de 11,39% nos últimos 12 meses, percentual muito maior que os 2,44% registrados pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Os preços estão sendo pressionado pelo aumento da demanda na pandemia e aquecimento das exportações.

Representantes do comércio e dos agricultores foram notificados na quarta-feira pelo governo para darem explicações sobre os aumentos. Se for confirmado abuso contra os consumidores, os infratores estarão sujeitos a multas que podem superar R$ 10 milhões. A Associação Brasileira de Supermercados afirmou que o setor tem sofrido generalizado aumento de preços por parte da indústria e dos fornecedores. Representantes de agricultores dizem que o aumento do consumo elevou o preço dos produtos.

Valor Econômico: Preço de alimentos no domicílio dispara
O Globo: Supermercados e produtores são notificados

2. Participação das mulheres no mercado de trabalho é a menor em 30 anos

A participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro foi a menor já registrada nos últimos 30 anos, segundo pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Entre abril e junho, a proporção de trabalhadoras no país caiu para 46,3%, frente a um contingente de 53,3% no mesmo período do ano passado. O resultado reverteu a tendência de alta verificada nas últimas décadas.

A maior queda na participação feminina no mercado de trabalho aconteceu entre as mulheres que têm filhos com idade inferior a 10 anos. Segundo a pesquisa do Ipea, o número de trabalhadoras dessa faixa que ainda estavam empregadas no período da pesquisa caiu de 58% para 50%. Na avaliação do instituto, a pandemia afetou muito mais as mulheres do que homens. Além de elas estarem em setores mais afetados, como serviços, e terem jornada extra em tarefas de casa, muitas deixaram de procurar trabalho para poder cuidar dos filhos.

Jornal Nacional: Participação das mulheres no mercado de trabalho cai

3. Brasil registra queda recorde de casos de Covid-19 desde o início da pandemia

O Brasil registrou ontem a maior queda da média móvel de contaminação pelo coronavírus desde a chegada da pandemia. Segundo o levantamento feito junto aos governos estaduais, a média móvel de casos, na quinta-feira, foi de 27.659 por dia, uma queda de 29% em relação aos dados obtidos 14 dias atrás. Também começa a ser observada tendência sustentada de redução do contágio.

O número de mortos pela doença também tem apresentado queda; foram 922 mortes registradas em 24 horas até as 20h de ontem, o equivalente a uma redução de 21% na média móvel de óbitos. Na cidade de São Paulo, levantamento apontou pela primeira vez desaceleração sustentada de novos casos. A contar de ontem, nos últimos sete dias a média de novas confirmações de casos oscilou de 1.000 a 1.500. Na semana anterior, eram entre 1.400 a 2.000. A pandemia já resultou em mais de 129 mil mortes e na contaminação de 4,3 milhões de pessoas pelo Covid-19 no Brasil.

O Globo: País registra a maior queda de número de casos
Folha de S.Paulo: Capital paulista demonstra desaceleração de contágio
O Globo: Acompanhe notícias sobre a pandemia
IRRD Covid-19: Veja o mapeamento de casos no Brasil e no mundo

4. 13,3 milhões de alunos ainda não têm data para voltar às aulas presenciais

Ao menos 13,3 milhões de estudantes de escolas municipais do país não têm previsão de data para voltar às aulas presenciais. Pesquisa da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação em parceria com o Unicef (Fundo das Nações Unidas) e o Itaú Social, mostra que das 4.472 cidades pesquisadas, 3.769 (88%) não sabem quando poderão retomar as atividades. Outras 471 têm previsão de volta até novembro.

O maior contingente de municípios sem definição fica no Nordeste (1.360), que é seguido pelo Sudeste (933), região mais rica do país, Sul (797), Centro-Oeste (372) e Norte (307). O mesmo levantamento, com objetivo de ter um diagnóstico mais completo da situação escolar de estudantes que frequentam escolas públicas municipais, mostra que 96% das cidades conseguem oferecer atividades remotas às crianças e jovens e a utilização de material impresso é complementar à tecnologia na rotina fora da escola (84%).

O Globo: 13,3 milhões não sabem quando voltarão às escolas

5. Três vacinas continuam em teste no país e russos esperam autorização

Três farmacêuticas realizam testes de vacina contra o coronavírus no Brasil, após a decisão da AstraZeneca suspender os estudos clínicos para averiguar efeito adverso identificado em paciente britânico. A chinesa Sinovac, que mantém parceria com o Instituto Butantan, órgão do governo paulista, está em estágio mais avançado e entrará na fase 3 dos estudos com 9 mil voluntários. Se tudo der certo, a expectativa otimista é a de que o medicamento seja utilizado em larga escala entre o final deste ano e o início do ano que vem.

A Pfizer, aliada à BioNTech, iniciou os estudos com brasileiros em agosto, com mil pessoas em São Paulo e na Bahia. Já a Janssen espera iniciar testes da última etapa no país neste mês. Dois estados estão em fase adiantada de negociação para que o governo russo teste a Sputnik V. Paraná e Bahia já solicitaram autorização das autoridades federais para iniciar os estudos.

Valor Econômico: Vacina chinesa ganha força como opção