Brasil

Sexta-feira, 17 de abril de 2020

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1. Presidente muda ministro e quer ‘volta à normalidade’

O presidente Jair Bolsonaro demitiu o ministro da Saúde após uma série de embates públicos sobre isolamento social e cloroquina. Nelson Teich assumiu o lugar de Luiz Henrique Mandetta. Bolsonaro, que já havia demonstrado mais de uma vez descontentamento com o ex-ministro, disse já ter conversado com Teich, que é oncologista, sobre um plano de volta à normalidade. “E o que eu conversei [com o novo ministro] é que, gradativamente, nós temos que abrir o emprego no Brasil. Essa grande massa de humildes não tem como ficar presa dentro de casa, e o que é pior, quando voltar, não ter emprego. E o governo não tem como manter esse auxílio emergencial ou outras ações por muito tempo. Já se gastou aproximadamente R$ 600 bilhões e podemos chegar a R$ 1 trilhão”, disse. O presidente voltou a criticar medidas de isolamento social adotadas por governadores e prefeitos para evitar a propagação do vírus. O Brasil já tem mais de 1.950 mortos pelo coronavírus e o número de pessoas infectadas supera 30 mil.

O Estado de s. Paulo: Bolsonaro demite Mandetta após atritos

Folha de S.Paulo: Saúde e economia não se opõem, diz novo ministro

O Globo: Saiba quem é Nelson Teich, o novo ministro

O Estado de s. Paulo: Leia mais sobre a pandemia e crise econômica

Ministério da Saúde: Acompanhe as informações do governo sobre a doença

OMS: Veja o monitoramento mundial do coronavírus

2. Mais de 2,4 milhões têm salário e jornada de trabalho reduzidos 

Dados do Ministério da Economia apontam que mais de 2,4 milhões de trabalhadores já tiveram jornada e salários reduzidos ou contratos de trabalho suspensos nesta semana. Profissionais que tiveram corte de jornada de trabalho e de salário têm direito a receber um percentual de reposição do governo. As reduções podem ser de 25%, 50% e 70% dos salários. Os planos de saúde e odontológico terão de ser mantidos. Segundo cálculos do ministério, a compensação que será paga com dinheiro público deve chegar a R$ 51,2 bilhões. Os acordos individuais valem para profissionais com carteira assinada e salários de até R$ 3.135 ou que tenham ensino superior e ganhem acima de R$ 12.202,12 .O mecanismo foi decretado por meio de medida provisória do governo neste mês e tem de ser aprovado pelo Congresso Nacional em até 120 dias para virar lei, do contrário perderá a validade. O STF (Supremo Tribunal Federal) deve se manifestar entre hoje e o início da semana que vem sobre a validade de acordos individuais para cortes salariais de 50% e 70%. A tendência é que o STF determine que acordos entrem em vigor e sindicatos tenham até 10 dias para se posicionar. Caso haja negociação coletiva posterior, a mais benéfica ao empregado prevalecerá.

Valor Econômico: STF deve dar aval para nego,ciações individuais

O Estado de S. Paulo: Ministro defende validade imediata de acordos

O Estado de S. Paulo: Veja principais pontos da medida provisória

3. Empresas terão nova linha de crédito de R$ 50 bilhões

Bancos pretendem disponibilizar cerca de R$ 50 bilhões para empresas de setores mais afetados pela crise econômica, como energia, aéreo e automobilístico. Os recursos serão agregados por meio de consórcio conduzido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Segmentos do varejo também poderão ser obter uma linha de crédito, mas isso ainda não está definido pelo grupo. O valor inicial projetado para empréstimo ao setor elétrico, por exemplo, gira em torno de R$ 17 bilhões. Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander, os maiores do país, estão envolvidos no programa de empréstimo. A linha de crédito deve ter como garantia os ativos das empresas no país.

O Estado de S. Paulo: Bancos preparam socorro de R$ 50 bi para empresas

4. Câmara aprova bônus para quem empregar jovens

A Câmara dos Deputados aprovou a redução de encargos para empresas que ofertarem o primeiro emprego a jovens com até 29 anos e vagas para trabalhadores maiores de 55 anos. Para virar lei, o texto terá de ser aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. O pacote governamental que tenta reduzir o desemprego e a informalidade precisa do aval do Congresso até o dia 20, do contrário perderá validade. O Programa de Emprego Verde e Amarelo, reduz encargos da folha de pagamento que oferecerem remuneração de até R$ 1.567,50. No caso de maiores de 55 anos, a regra é válida para profissionais que estejam foram mercado formal há mais de um ano. O limite máximo de contratação nesta modalidade por empresa é de 25% do total de empregados. O governo calcula que o programa reduzirá em até 34% o custo da mão da obra para os empregadores.

Folha de S.Paulo: Emprego Verde e Amarelo é aprovado na Câmara

5. Bancos e empresas reforçam doações contra o coronavírus

Grandes bancos e empresas oficializaram aportes para financiar ações de combate ao coronavírus no Brasil. O Itaú Unibanco anunciou nesta semana a doação de R$ 1 bilhão. A empresa teve lucro líquido R$ 28,363 bilhões no ano passado, um retorno de 23,7% sobre o patrimônio líquido médio anualizado. Mais empresas de grande porte e instituições financeiras reforçaram as redes apoio, como Bayer, Bradesco, Santander, Gerdau, Ambev, Rede D’Or, Petrobras e Vale. Entre as ações programadas, estão a compra de 15 milhões de máscaras que serão produzidas por microempreendedores brasileiros, 5 milhões de testes rápidos para detecção da doença e 500 monitores para unidades de terapia intensiva, além de iniciativas de conscientização e monitoramento do Covid-19 coordenada por renomados especialistas brasileiros.

O Globo: Bancos e grandes empresas fazem doações

O Estado de S. Paulo: Saiba como fazer doações para instituições públicas