Brasil

Sexta-feira, 17 de Maio de 2019

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1. Governo reduz previsão do PIB, Bolsa cai e dólar sobe

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a “economia brasileira está no fundo do poço”, que a Previdência virou um “buraco negro fiscal” e pediu ao Congresso crédito suplementar de R$ 248 bilhões para pagar aposentadorias e benefícios, principalmente. A queda inesperada da projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, de 2,5% (previsto no Orçamento federal) para 1,5% deflagrou o pessimismo. O mercado reagiu, com queda da Bolsa e valorização do dólar, que na manhã de hoje abriu cotado a R$ 4,068, marca superior a alcançada ontem, de R$ 4,028, a maior desde 1º de outubro de 2018, último dia útil antes do primeiro turno da eleição presidencial. Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o Brasil ainda não conseguiu se livrar das incertezas econômicas, o que explica o adiamento das decisões de investimento no país.Saiba mais sobre a postura do ministro Paulo Guedes no Brasilia Report.

Folha de S.Paulo: Economia está no ‘fundo do poço’, diz ministro Paulo Guedes
O Globo: PIB vai cair e Previdência é buraco negro fiscal, diz Guedes
O Estado de S. Paulo: Dólar quebra barreira de R$ 4 diante de PIB menor
Folha de S.Paulo: Pessimismo com PIB e cenário externo faz mercado recuar

2. Cortes na Educação trazem de volta os protestos de rua

O governo de Jair Bolsonaro enfrentou nesta semana a primeira grande manifestação de rua em mais de 170 cidades. Professores, funcionários de universidades e estudantes das redes pública e privada protestaram contra o corte de 30% no Orçamento das universidades federais. Sindicatos e outras categorias engrossaram o movimento para criticar a reforma da Previdência. Nos EUA, o presidente afirmou que as manifestações foram feitas por “idiotas úteis” e “massa de manobra”. Disse ainda que os alunos que foram às ruas “não sabem nem a fórmula da água”. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, está sendo pressionado por parlamentares a recuar do corte de até R$ 7,3 bilhões no orçamento do ensino público.

Valor Econômico: Contra cortes na Educação, protestos atingem 170 cidades
O Estado de S. Paulo: Presidente chama manifestantes de ‘idiotas úteis’
GloboNews: Protestos se espalharam por todos os Estados

3. Bolsonaro é homenageado nos EUA e Mourão visita a China

Mesmo com acirrada guerra comercial entre norte-americanos e chineses, o governo se utiliza de todas as formas para tentar atrair novos investimentos. O presidente Jair Bolsonaro se reuniu com líderes conservadores nos EUA, onde recebeu o prêmio “Personalidade do Ano”, da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Bolsonaro se encontrou com o senador Ted Cruz e os governadores do Texas, Greg Abott, e de Oklahoma, Kevin Stitt, em uma conversa sobre parcerias comerciais e investimentos, em especial na área de aviação. O outro ilustre enviado brasileiro para o exterior foi o vice-presidente Hamilton Mourão, com agenda reservada para empresários e políticos, entre eles o presidente chinês Xi Jinping. O vice quer sinalizar o interesse do país em receber investimentos chineses no setor de infraestrutura.

O Estado de S. Paulo: Bolsonaro é homenageado em Dallas
O Globo: Presidente se encontra com empresários e conservadores
Revista Exame: Mourão se aproxima da China em busca de investidores

4. Deputados aceleram discussão sobre unificação de impostos

A Câmara dos Deputados acelerou o processo da Reforma Tributária. Pela proposta, cinco tributos que incidem sobre o consumo serão extintos ao longo de dez anos, sendo três impostos federais (IPI, PIS e Cofins), um estadual (ICMS) e um municipal (ISS). No lugar deles será criado um, o IBS (Imposto sobre Operações com Bens e Serviços), nos moldes do Imposto Sobre Valor Agregado, adotado em diversos países. A tramitação da reforma tem sido mais rápida do que a mudança da Previdência, apesar de as duas serem medidas que alteram a Constituição. O parecer do relator, escolhido na semana passada, foi lido na quarta-feira e obteve apoio num acordo atípico com a oposição. Agora, o relatório da comissão de deputados será votado no dia 22 e daí seguirá para plenário. O ministro Paulo Guedes (Economia) é contrário à extinção de impostos estaduais e municipais.

UOL: Texto da Reforma Tributária tem apoio da oposição

5. Taxa de desemprego cresce em 14 Estados no 1º trimestre

A taxa de desemprego aumentou no primeiro trimestre deste ano em 13 Estados e no Distrito Federal, em comparação com último trimestre de 2018. O total de pessoas sem ocupação é de 13,5 milhões. Os maiores índices de desemprego foram registrados no Amapá (20,2%), na Bahia (18,3%) e no Acre (18,0%). No Rio, a taxa de desemprego ficou em 15,3%, em São Paulo ficou em 13,5% e, em Minas Gerais, 11,2%. A pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também apontou uma redução de 790 mil postos de trabalho no período. Os temporários eram 6,64 milhões de trabalhadores e caíram para 5,85 milhões. Dentro do grupo de temporários demitidos estão muitos professores do setor público, que são contratados para trabalho entre março e dezembro.

O Estado de S. Paulo: Desemprego aumenta em 13 Estados e no DF
O Globo: Demissão de temporários é a maior em 7 anos