Brasil

Sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

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1. Com nova data e R$ 20 bilhões, plano nacional de vacinação vai até 2022

O plano de vacinação em massa do governo federal contra o coronavírus contará com R$ 20 bilhões, valor autorizado em Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro. O dinheiro será utilizado para a compra de vacinas, seringas, agulhas e para cobrir despesas com logística. Segundo o ministro Eduardo Pazuello, que já apresentou dezembro, janeiro e até março como meses prováveis para o início da campanha de imunização, a primeira fase de aplicação do medicamento ocorrerá em “meados de fevereiro” e 49,6 milhões de pessoas devem ser vacinadas em 16 meses.

O governo espera receber 24,7 milhões de doses da vacina em janeiro, sendo 9 milhões de unidades produzidas pelo governo de São Paulo em parceria com o laboratório chinês Sinovac, 15 milhões da AstraZeneca e 500 mil da Pfizer. A primeira etapa atenderá a idosos com mais de 60 anos, indígenas, quilombolas, doentes crônicos, presos, comunidades ribeirinhas, pessoas em situação de rua, professores e profissionais de saúde, segurança, do sistema prisional e do transporte coletivo. Vacinas só poderão ser comercializadas em clínicas particulares depois que todo o estoque encomendado para a rede pública for entregue.

O Globo: Bolsonaro libera R$ 20 bilhões para vacinação contra coronavírus
Folha de S.Paulo: Rede privada só terá vacina depois de o SUS ser atendido
O Estado de S. Paulo: Governo quer concluir vacinação em 2022
Folha de S.Paulo: Ministro critica ‘ansiedade’ popular e presidente faz ‘mea culpa’

2. Maioria aprova restrições; STF diz que vacina é obrigatória e sugere sanções

Pesquisa Datafolha mostra que a maioria dos brasileiros aprova restrições ou fechamento de escolas (66%), de lojas, bares e restaurantes (55%), academias, salões de beleza e escritórios (59%). Em outro capítulo, o levantamento aponta que 42% da população considera ruim ou péssima a atuação do presidente Jair Bolsonaro com relação à pandemia. Outros 30% avaliaram como ótima ou boa e 27% deram nota regular. O país registra mais de 184 mil mortes e de 7 milhões de pessoas contaminadas pelo coronavírus

Em meio a uma disputa política sobre vacinação com posições antagônicas, coube ao STF (Supremo Tribunal Federal) analisar o caso. Por 10 votos a 1, a Corte decidiu que a vacinação é obrigatória no país, mas deixou claro que ninguém pode ser imunizado sem consentimento, à força. No entanto, os ministros do Supremo afirmaram que o poder público pode impor sanções a quem não comprovar ter sido vacinado, como limitar acesso a determinados tipos de trabalho ou suspender pagamento de auxílios sociais. O presidente Jair Bolsonaro criticou a posição do STF. “O Supremo, com todo respeito, tomou uma medida antecipada. Nem vacina tem. Não vai ter para todo mundo”, disse.

Folha de S.Paulo: Maioria aprova restrições para conter coronavírus
O Estado de S. Paulo: STF diz que vacinação tem que ser obrigatória
Folha de S.Paulo: Não vai ter vacina para todo mundo, diz presidente
G1: Acompanhe notícias sobre a pandemia
IRRD Covid-19: Veja o mapeamento de casos no Brasil e no mundo

3. Governo quer mais USD $1,2 bilhão de empréstimo com bancos internacionais

O presidente Jair Bolsonaro pediu aval do Congresso para contratar USD $1,2 bilhão de empréstimo com bancos internacionais de fomento. São USD $1 bilhão do Bird (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento) e USD $200 milhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). A justificativa do governo para contrair novos empréstimos é a necessidade de financiar despesas com o objetivo de amenizar os impactos da pandemia de coronavírus no país. Os pedidos foram planejados pelo Ministério da Economia, que tenta cobrir despesas já executadas com programas como o Bolsa Família, voltado a pessoas em vulnerabilidade social, e a linha de crédito para pequenas e médias empresas.

Nesta semana, o Senado já aprovou outros cinco pedidos de empréstimo do governo federal, totalizando R$ 13,4 bilhões. Os parlamentares aprovaram solicitação de USD $1 bilhão do Novo Banco de Desenvolvimento, USD $1 bilhão do BID, USD $250 milhões da CAF (Corporação Andina de Fomento) e 200 milhões de euros da AFD (Agência Francesa de Desenvolvimento). Segundo a Secretaria-Geral da Presidência, as operações de crédito solicitadas “reembolsarão o governo federal das despesas já realizadas nos programas e seus recursos serão destinados ao pagamento da dívida pública”.

Folha de S.Paulo: Governo pede mais empréstimos internacionais

4. PIB per capita da década caminha para o pior resultado dos últimos 120 anos

Estudo da FGV (Fundação Getulio Vargas) mostra que o Brasil deve fechar neste ano o pior resultado em crescimento econômico e variação do PIB (Produto Interno Bruto) dos últimos 120 anos. O levantamento aponta que o país enfrentaria um cenário ruim mesmo sem a pandemia e projeta uma elevação média baixíssima na economia nesta década.

Segundo o estudo, o PIB per capita deve ter uma queda média de 0,6% entre 2011 e 2020, a mesma registrada entre 1981 e 1990, o pior resultado desde 1901. Neste ano, em um cálculo comparativo da pesquisa, o indicador deve ficar em US$ 10,9 mil, frente aos US$ 11,6 mil de 2019 e, com isso, será o equivalente a 25% do verificado nos Estados Unidos.

Valor Econômico: PIB per capita ruma para pior resultado em 120 anos
O Estado de S. Paulo: OCDE estima queda de 5% no PIB

5. 23% dos brasileiros vão gastar mais do que podem em compras de Natal

Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção de Crédito em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas mostra que 23% dos brasileiros irão gastar mais do que podem com presentes de Natal neste ano. Segundo o levantamento, quando se avalia apenas consumidores das classes C e D, esse índice chega a 27%.

Em respostas aos pesquisadores, 1 em cada 4 brasileiros que pretendem comprar presentes dizem ter pelo menos um conta em atraso. Nesse grupo, 9% dizem que mesmo assim pretendem fazer uma festa de Natal, 9% admitem que comprarão presente e 7% não pagarão as contas para celebrar o Réveillon.

6 Minutos: 23% gastarão mais do que podem com presentes