Brasil

Sexta-feira, 20 de Março de 2020

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1. Com notificações de mortes, restrições coletivas aumentam

O surgimento das primeiras mortes provocadas pelo coronavírus no Brasil e o temor generalizado da população resultaram em medidas mais restritivas de convívio social, suspensão de aulas, interrupção de transporte coletivo e fechamento de comércio em estados. Uns mais e outros menos limitadores, governos estaduais temem o aumento do contágio da doença e a acelerada busca por serviços de saúde, especialmente na rede pública. O último balanço oficial do Ministério da Saúde aponta a ocorrência de 11 mortes e 904 casos confirmados de Covid-19. Em São Paulo, maior cidade do país, boa parte do comércio ficará fechada a partir desta sexta-feira. A medida vale, em princípio, até 5 de abril. Farmácias, supermercados, restaurantes, postos de gasolina, lojas de conveniência e produtos para animais e feiras livres não serão fechados. Mas é preciso seguir regra de não permitirem superlotação.

O Globo: Acompanhe atualização do governo e dos estados
Ministério da Saúde: Acompanhe boletins informativos do governo
OMS: Veja relatório global da OMS
O Globo: O que ficará fechado em cada estado
Folha de S.Paulo: Leia noticiário sobre os reflexos da doença no mundo
O Estado de S. Paulo: Confira mapas sobre a doença no Brasil e no mundo
G1: Assista a vídeos de orientação sobre coronavírus

2. Após quedas com coronavírus,  Bolsa de Valores volta a subir 

Após sucessivas quedas e suspensão de pregões, a Bolsa de Valores resgatou um pouco de ânimo que mantinha antes da pandemia do coronavírus e da guerra de preços do petróleo no mercado. Por volta das 16h de quinta-feira, a alta era de 3,16%, com 69.009 pontos. Após ajustes, o Ibovespa fechou com alta de 2,15%, aos 68.332 pontos. A cotação do dólar fechou na quinta-feira a R$ 5,09. O ânimo dos operadores apareceu logo após o discurso do presidente norte-americano Donald Trump, que eliminou barreiras para a FDA (Food And Drug Administration) acelerar a busca por antivirais e por acenar que seu governo também considera intervir na guerra de preços do petróleo entre Arábia Saudita e Rússia. A atuação dos bancos centrais nos mercados também deu sustentação ao respiro na bolsa. Em live, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “o Brasil deve voltar à normalidade em seis ou sete meses”.

Valor Econômico: Bolsa e dólar têm dia de alívio
Folha de S.Paulo: Acompanhe o mercado financeiro em tempo real
Valor Econômico: Brasil deve se recuperar em 6 ou 7 meses, diz Bolsonaro

3. Presidente usa máscara, recua e fala em ações preventivas

Depois de protagonizar uma série de entrevistas qualificando a pandemia de coronavírus de “fantasia” e descumprir exigência médica de isolamento quando resolveu apertar as mãos de apoiadores em ato realizado em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro voltou a aparecer em evento público ao lado de ministros, só que utilizando máscara. Mas de nada adiantou, pois não sabia como utilizar o equipamento de proteção conforme normas sanitárias. O governo anunciou uma série de medidas para tentar estimular a economia. Enviou proposta de injetar R$ 143,7 bilhões para garantir o capital de giro das empresas, impedir demissões dos trabalhadores e atender à população mais vulnerável. Também deixou claro que, se for necessário para dar suporte ao Ministério da Saúde, a meta de déficit das contas públicas neste ano poderá ser alterada. O governo decretou calamidade pública para desbloquear o Orçamento e utilizar o dinheiro no pagamento de um auxílio mensal de R$ 200 (US$ 40) a trabalhadores informais de baixa renda e flexibilizar regras trabalhistas para profissionais empregados. A exemplo de outros países, o governo fechou fronteiras terrestres e proibiu a entrada de estrangeiros por aeroportos.

Valor Econômico: Pacote de R$ 147,3 bilhões será usado contra a crise
Folha de S.Paulo: Congresso aprova decretação de calamidade pública
Valor Econômico: Governo negocia auxilio a informais e flexibilização trabalhista
Folha de S.Paulo: Bolsonaro e ministros anunciam pacote com máscaras
O Globo: Governo proíbe entrada de estrangeiros por aeroportos
Folha de S.Paulo: Governo manda fechar fronteiras terrestres

4. Especialistas dão dicas para um home office mais produtivo

Em meio às medidas de suspensão de convívio social e restrições à mobilidade, trabalhar em casa passou a ser a alternativa para muitos brasileiros. Mas é preciso ficar atento para que o que seria um facilitador não se torne uma dor de cabeça. A primeira medida é: mantenha a rotina. Evite trabalhar de pijama e em horários diferentes do costumeiro. “A disciplina faz toda diferença. Manter os horários e ritmos de trabalho ajuda o funcionário a compreender que a sala virou o seu novo ambiente de trabalho temporariamente”, diz Silvia Berger, sócia da consultoria Trilogie. Segundo Daniel Schwebel, gerente da plataforma Workana, as empresas que conseguirem se adequar melhor neste momento e agir rápido em conjunto com os seus funcionários, sairão mais fortalecidas. Outro ponto importante é o gerenciamento do tempo. Grandes interrupções são inimigas do trabalho em casa. “Família pode ser uma das principais fontes de distração”, afirma o palestrante e escritor Jeff Haden. Uma dica importante é dividir o dia. Ficar muito tempo em uma mesma atividade pode gerar desconcentração e cansaço. O ideal é trabalhar por uma hora e meia, descansar 15 a 20 minutos, e retomar as atividades.

Exame: Vai fazer home office por causa do coronavírus? Confira as dicas
Infomoney: 5 dicas para manter a produtividade trabalhando de casa
Revista PEGN: 10 dicas para ser mais produtivo no home office

5. Em casa, não deixe as crianças sem atividades divertidas

O que vale para os adultos em tempos de home office generalizado, vale para as crianças que também estão em casa: manter a rotina é a melhor saída. A criança precisa entender que ela não está de férias. Mas há horários para brincadeiras, tendo os pais trabalhando no cômodo ao lado. “O ideal é construir esse calendário com as crianças para que os tempos e as pausas deixem o campo do abstrato e se tornem palpáveis aos pequenos”, diz Patrícia Camargo, produtora do site Tempo Junto. Na hora da diversão, há uma série de atividades para serem feitas com os pequenos. Construir brinquedos com lixo reciclável, fazer caça ao tesouro, deixar o quarto livre para uma pista de carrinhos, estimular a pintura em folhas de papel, soltar bolhas de sabão na janela e brincar de fazer sombra com lanternas são alguns deles. Só tome cuidado para não se distrair totalmente do home office para ficar só com a criançada.

Revista Crescer: Como entreter as crianças em casa com as aulas suspensas
IG Delas: Quarentena com crianças: 9 atividades para fazer em casa