Brasil

Sexta-feira, 21 de junho de 2019

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1. Com ‘cabeça a prêmio’, Levy pede demissão do BNDES

Depois de ter tido a “cabeça colocada a prêmio” pelo presidente Jair Bolsonaro em mensagem publicada no Twitter, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Joaquim Levy, 58 anos, pediu demissão. Ele foi duramente criticado por Bolsonaro após ter indicado ex-assessor no governo do PT para a diretoria de Mercado de Capitais do BNDES. Ainda nesta curta semana, o general Juarez Cunha, presidente dos Correios, apoiou protesto contra a privatização da estatal, mas pediu demissão após ser criticado pelo. Ele foi substituído por outro general, Floriano Peixoto, que era ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Entre os 19 demitidos nestes seis meses, há um ministro da Educação, um porta-voz da Presidência e o general Santos Cruz, que foi demitido da Secretaria de Governo e, em entrevista à revista Época, classificou o governo com “um show de besteiras”, o que foi classificado por Bolsonaro como “página virada”.

Saiba mais sobre o estilo de governo do presidente Jair Bolsonaro noBrasilia Report.

Valor Econômico: Pressionado, Joaquim Levy pede demissão do BNDES
Folha de S.Paulo: Banqueiro assume a presidência do BNDES
Folha de S.Paulo: Presidente dos Correios sai e é substituído por general
Revista Época: Governo é “um show de besteiras”, diz general demitido
O Globo: As baixas do governo Jair Bolsonaro

2. Bolsonaro coloca general na articulação com o Congresso

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, foi retirado da posição de articulador do governo no Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro. Após impasses e derrotas em votações importantes para o Executivo, o presidente incumbiu para a tarefa o recém-nomeado secretário de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos. Deputados e senadores se queixavam do tratamento dado por Onyx às bancadas e aos partidos desde o início do governo. A relação entre o Congresso e o Executivo é vista como frágil. Na última terça-feira, por exemplo, o Senado impôs nova derrota ao derrubar decreto de Bolsonaro que flexibiliza porte e posse de armas, promessa de campanha do presidente.

Folha de S.Paulo: Bolsonaro tira Onyx da articulação e coloca general

3. No senado, Sergio Moro critica o vazamento de conversas

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, negou no Senado que tenha interferido ou manipulado investigações da Operação Lava Jato. Ele qualificou como ato criminoso o vazamento de conversas supostamente dele com procuradores e integrantes da Polícia Federal. Os diálogos foram obtidos por hacker e divulgados pelo site The Intercept Brasil, de Glenn Greenwald, o mesmo do caso do ex-espião Edward Snowden. Um dia antes, na terça-feira, o “Programa do Ratinho”, do SBT, o mesmo que levou Jair Bolsonaro para defender a reforma da Previdência, veiculou entrevista com Moro. Chamado de herói na abertura do programa, o ex-juiz afirmou que a divulgação das conversas é estratégia do crime organizado para cessar as investigações da Lava Jato. Mas o caso voltou à tona na quinta-feira, com a divulgação de diálogo atribuído a Moro em que ele define os procuradores que deveriam participar das audiências da Lava Jato. O ministro nega ingerência.

Folha de S.Paulo: ‘Se houver irregularidade, eu saio’, diz Moro a senadores
Valor Econômico: Site sugere interferência direta de Moro na Lava Jato
The Intercept Brasil: As mensagens secretas da Lava Jato
SBT: Sergio Moro é chamado de herói no “Programa do Ratinho”

4. Bolsa fecha acima de 100 mil pontos pela primeira vez

Pela primeira vez na história, a Bolsa de Valores fechou acima dos 100 mil pontos nesta semana, marcando o dobro de volume de negócios que mantinha 12 anos atrás. Para analistas, o recorde indica cenário de otimismo de investidores locais com as reformas, especialmente a da Previdência, e embute uma certeza de que um novo ciclo de redução da taxa de juros está próximo. O índice subiu 0,90%, a 100.303 pontos na quarta. O volume financeiro foi de R$ 15 bilhões. A Bolsa entrou em trajetória de alta desde a vitória do presidente Jair Bolsonaro, em outubro do ano passado. No ano, o Ibovespa (principal índice acionário do país) acumula ganho de 14%. As Bolsas de Valores dos EUA também estão próximas de suas máximas históricas. Em março, o Ibovespa chegou a ser negociado acima dos 100 mil pontos por dois pregões, mas o patamar foi perdido no fechamento.

O Estado de S. Paulo: Bolsa fecha acima de 100 mil pontos

5. Impostos sobre a importação de tecnologia podem cair

O governo federal estuda reduzir impostos sobre importação de produtos de tecnologia, como computadores e celulares, de 16% para 4%. O assunto está em pauta no Ministério da Economia e tem o objetivo de estimular a competitividade e a inovação no setor. O presidente Jair Bolsonaro publicou nota sobre o assunto em rede social. Também está sendo estudada, segundo o presidente, a redução de impostos para jogos eletrônicos. O setor movimentou R$ 195,7 bilhões em 2018, valor 12,7% maior do que no ano anterior, segundo dados da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação). Os valores se referem a empresas que trabalham com hardware, software, serviços, nuvem, estatais e exportações.

Folha de S.Paulo: Governo pode reduzir imposto sobre importação de tecnologia