Brasil

Sexta-feira, 26 de junho de 2020

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1. Lei do Saneamento pode gerar investimentos de R$ 753 bilhões

O Senado aprovou, após quase dois anos de tramitação no Congresso Nacional, o marco regulatório do saneamento básico no país, que permite maior abertura da área para investimentos que podem chegar a R$ 753 bilhões até 2033. A estimativa do governo é de que a mudança possa gerar cerca de 1 milhão de empregos nos próximos cinco anos. As novas regras, em contrapartida, exigem o estabelecimento de metas para a universalização do serviço. O texto final tem de ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro para entrar em vigor. A nova regra prevê que as empresas públicas não poderão mais ser contratadas diretamente para realizar serviços de saneamento. Os municípios terão que fazer uma licitação aberta à iniciativa privada e o vencedor terá de cumprir a meta de universalização de oferta de água e rede de esgoto até 2033. Hoje, a participação privada no setor é reduzida e abrange apenas 6% das cidades brasileiras. Dez anos atrás esse alcance era de 3,89%. Estudos apontam que quase a metade do país não conta com o serviço integralmente; mais de 104 milhões de brasileiros não têm rede de coleta de esgoto e 35 milhões sequer recebem água tratada. A Organização Mundial da Saúde calcula que cada R$ 1 investido no setor resulta em economia de R$ 4 que seriam gastos na área da saúde em decorrência de doenças.

O Globo: Marco do saneamento pode injetar R$ 753 bilhões na economia

O Estado de S. Paulo: Mudança atrai atenção de investidores

Valor Econômico: Investimento em saneamento pode quadruplicar

Folha de S.Paulo: Licitações no setor só devem começar em 2023

2. Bancos planejam adotar o trabalho remoto em caráter permanente

Bancos brasileiros planejam perenizar o home office integral ou parcial na rotina de seus funcionários. Das grandes instituições financeiras, quem ainda não oficializou a decisão estuda a medida. Atualmente, cerca de 230 mil pessoas trabalham em casa para bancos. Na visão das empresas, a modalidade tem sido mais econômica e produtiva. O Banco do Brasil, por exemplo, estuda manter em home office cerca de 10 mil dos 32 mil que hoje estão neste regime de trabalho devido à pandemia. Avaliação da instituição é a de que haveria uma economia de R$ 180 milhões por ano somente com despesas de aluguel. Outros grandes bancos seguem o mesmo caminho. O Itaú Unibanco, que hoje tem 53 mil profissionais em trabalho remoto, avalia que reuniões estão mais focadas e que o trabalho está mais produtivo, com o benefício de o empregado poder passar mais tempo com a família. No Bradesco, os estudos internos apontam que o banco poderá continuar com até 40% dos funcionários do setor administrativo trabalhando em casa.

Valor Econômico: Bancos planejam manter home office após pandemia

3. Bolsonaro diz que vai prorrogar o auxílio emergencial com valor menor

O presidente Jair Bolsonaro disse que vai prorrogar o auxílio emergencial concedido a trabalhadores informais, desempregados e pessoas de baixa renda. De acordo com o presidente, o valor do benefício, que foi criado para ter apenas três parcelas de R$ 600, será reduzido gradualmente a partir da quarta parcela e deve passar a R$ 500, depois R$ 400 e por fim R$ 300. Os valores, disse Bolsonaro em live nas redes sociais, serão confirmados pela equipe econômica. Com a persistência dos efeitos da pandemia de coronavírus no país, o governo vinha sendo pressionado a prorrogar o auxílio. A prorrogação para mais três meses deve gerar impacto de até R$ 100 bilhões aos cofres federais. Até o momento, o governo já liberou R$ 152 bilhões para o pagamento das três primeiras parcelas. Ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que caso o governo insista em enviar para proposta de redução escalonada, corre o risco de ver o valor alterado pelos parlamentares. “Eu continuo defendendo duas parcelas de R$ 600 e uma discussão rápida nesses 60 dias do governo com o Congresso de uma renda mínima permanente. O estado precisa assumir essa responsabilidade. (…) E é justo que seja assim. Nós aprovamos a PEC da guerra para isso”, disse.

Folha de S.Paulo: Bolsonaro diz que vai prorrogar auxílio emergencial

O Estado de S. Paulo: Presidente estuda novas parcelas do auxílio

4. Ministério da Saúde promete fazer testes em 46 milhões de brasileiros

O Ministério da Saúde decidiu realizar 46,5 milhões de testes em todo o país para detecção de coronavírus em pacientes que apresentem quadro clínico considerado leve. Agora, em toda a rede pública, pacientes que apresentem pelo menos um sintoma gripal, como febre, tosse ou coriza, será testado nas unidades de saúde. O principal foco da ação somente agora planejada pelo governo está nas cidades do interior que têm registrado aumento mais acelerado de contaminação. Isso equivale a uma testagem de 22% da população. Metade dos testes será feita pelo exame do tipo RT-PCR e o restante realizará testes rápidos. O teste molecular (RT-PCR) é recomendado até o oitavo dia de início dos sintomas da doença e a expectativa é testar 24,5 milhões de pessoas com esse tipo de exame. O teste sorológico, conhecido como teste rápido, informa se o corpo teve contato com o vírus e desenvolveu proteção contra ele. A recomendação é fazer a partir do 8º dia do surgimento de sintomas e a meta do governo é aplicar 22 milhões de testes dessa modalidade. Segundo o ministério, desde a semana passada os Laboratórios Centrais de Saúde Pública, responsáveis por realizar os exames em seus respectivos estados, estão recebendo regularmente o material para coleta.

O Globo: Ministério da Saúde vai testar 46 milhões de pessoas

Ministério da Saúde: Saúde para a testar casos leves de Covid-19

5. Maioria das capitais no país registra aceleração da contaminação 

Uma em cada cinco cidades brasileiras ainda registra crescimento acelerado de casos de coronavírus. A regressão da incidência é verifica em apenas 3% dos municípios. Quando se considera apenas as capitais, 20 das 27 estão vivendo momento de aceleração da contaminação, o que coincide com a maior flexibilização das medidas restritivas e a retomada parcial de atividades. Somente em Recife, dentre todas as capitais, está em ritmo de desaceleração da doença. O levantamento realizado por pesquisadores da USP considera casos dos últimos 30 dias e divide os estágios em inicial, acelerado, estável, desacelerado e controlado. O governo admitiu na quarta-feira que as mortes pelo coronavírus continuam crescendo e que o país não caminha para um ritmo de estabilização da doença, como afirmara anteriormente. Segundo o Ministério da Saúde, houve aumento significativo de casos nesta semana. Com mais de 55 mil mortes e de 1,2 milhão de contaminados pelo vírus, o Brasil está atrás apenas dos EUA em todo o mundo no critério de gravidade da doença. Os norte-americanos já registraram mais de 122 mil óbitos pela doença e 2,3 milhões de pessoas contaminadas.

Folha de S.Paulo: 20% das cidades brasileiras tem aceleração do Covid-19

Folha de S.Paulo: SP ultrapassa Itália em números absolutos

G1: Hospitais reclamam de escassez de medicamentos

O Globo: Acompanhe notícias sobre a pandemia

IRRD Covid-19: Veja o mapeamento de casos no Brasil e no mundo