Brasil

Sexta-feira, 3 de julho de 2020

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1. Vacinas promissoras contra Covid-19 serão testadas em estados brasileiros

Já estão em estágio avançado os protocolos de testes de duas vacinas contra o coronavírus no Brasil. Os medicamentos fazem parte da lista dos mais promissores, segundo a comunidade científica. Já formalizada em acordo com o governo federal, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, está sendo testada em brasileiros desde a semana passada com cerca de 5 mil profissionais da área de saúde em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Quando for comprovada a sua eficácia, o país deverá receber 30,4 milhões de doses do medicamento em dois lotes. Outra frente em ritmo também acelerado está sendo desenvolvida por meio de parceria entre o governo paulista e a chinesa Sinovac. A vacina será testada em São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. O início dos ensaios clínicos depende da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Caso o medicamento seja eficaz, o Instituto Butantan está autorizado a iniciar a produção da vacina em território brasileiro.

G1: Vacina de Oxford começa a ser testada no país
O Globo: Vacina chinesa será testada em seis estados

2. Número de casos de coronavírus dobra em apenas um mês em São Paulo

O número de casos de coronavírus dobrou em apenas um mês no estado de São Paulo. O aumento foi de 112% em junho, quando comparado com maio. Ao todo, 171.682 pessoas foram infectadas, ante os 81 mil pacientes em maio. Por dia, em média, o estado registrou 7.723 novos casos. Em maio foram 2.613. O mais rico estado brasileiro tem hoje mais de 280 mil casos da doença. O avanço da mortalidade também foi grande entre os paulistas. Metade das mais de 14,5 mil mortes aconteceu em junho. Foram 7.148 em 30 dias, o que equivale a 238 mortes por dia, praticamente dez brasileiros por hora. No restante do país, as medidas de flexibilização causam incerteza entre governantes. Enquanto em algumas localidades a retomada de atividades ocorre gradualmente, em outras há recuo diante da persistência de aumento de casos e mortes. O Brasil registrou aumento de 54% dos óbitos relacionados à doença entre os dias 8 e 28 de junho, mas algumas regiões tiveram explosão na letalidade. Caso das cidades no Centro-Oeste, onde o aumento de mortes foi de 191%. Em todo o país são mais de 60 mil mortes e 1,4 milhão de pessoas com doença.

G1: Dobra o número de mortes em São Paulo
O Estado de S. Paulo: Doria diz que SP atingiu o pico
O Globo: Mortes disparam nas cidades do Centro-Oeste
G1: Acompanhe notícias sobre a pandemia
IRRD Covid-19: Veja o mapeamento de casos no Brasil e no mundo

3. 49% dos brasileiros que recebem ajuda do governo federal reprovam Bolsonaro

Pesquisa Datafolha aponta que a reprovação do desempenho do presidente Jair Bolsonaro durante a crise resultante da pandemia de coronavírus atinge nível elevado entre os brasileiros que recebem o auxílio emergencial. Entre os entrevistados que pediram e já receberam pelo menos uma parcela da ajuda financeira mensal do governo, 49% consideram o trabalho do presidente na crise da Covid-19 ruim ou péssimo. Para os que não fizeram o pedido, a atuação é considerada ruim ou péssima por 51%. No grupo que recebeu o auxílio, 26% avaliam o desempenho como ótimo ou bom e 24% o classificam como regular. Para se ter uma ideia do baixo impacto da ajuda na percepção dos eleitores, esses percentuais são muito próximos aos de quem nem pediu o dinheiro: 27% classificaram como ótimo ou bom e 22% como regular. O auxílio emergencial, de três parcelas de R$ 600, começou a ser pago em abril para trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados afetados pelas medidas de isolamento. Na terça-feira, o Ministério da Economia anunciou que vai prorrogar o benefício por mais dois meses atendendo a pedidos dos parlamentares, porém quer fracionar o valor ao longo do período, o que pode ser vetado pelo Congresso Nacional.

Folha de S.Paulo: Reprovação de Bolsonaro é alta entre quem recebe ajuda
Valor Econômico: Congresso se opõe a fracionamento de parcelas

4. 11,7 milhões tiveram redução salarial ou suspensão de contrato de trabalho

Ao menos 11,7 milhões de brasileiros já tiveram redução de jornada e de salário ou suspensão do contrato de trabalho durante a pandemia de coronavírus. Segundo dados do Ministério da Economia, compilados até 26 de junho, foram firmados 11.698.243 acordos entre empresas e empregados para preservação de empregos formais. Esse contingente equivale a 36% dos trabalhadores formais da iniciativa privada no Brasil. A redução salarial foi o mecanismo mais utilizado nas negociações. O impacto da crise no mercado de trabalho é grande no país. Pela primeira vez na história, conforme os registros oficiais, o número de desempregados no Brasil superou o de empregados entre março e maio deste ano, quando menos da metade (49,5%) da população economicamente ativa, com 14 anos ou mais, mantinha alguma ocupação remunerada. Ao todo, 7,8 milhões de pessoas perderam o emprego nesse período. Na opinião de especialistas, mesmo com o retorno do trabalho informal em decorrência da flexibilização das restrições, a expectativa para a reabertura de oportunidades de ocupação é pessimista para os próximos meses.

O Globo: 11,7 milhões já tiveram redução salarial no país
Valor Econômico: Número de desempregados supera o de empregados

5. Balança comercial registra superávit de US$ 23 bilhões no primeiro semestre 

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 23 bilhões no primeiro semestre, marcado pela forte retração econômica em todo o mundo. O resultado, no entanto, é 10,3% menor que o verificado no mesmo período do ano passado e o pior em cinco anos, segundo o Ministério da Economia. Exportações e importações caíram em relação a 2019. Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a balança comercial será um importante fator para amortecer a queda do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. Guedes aposta principalmente na exportação de alimentos como carro chefe. No primeiro semestre deste ano, o setor agropecuário exportou cerca de US$ 26,2 bilhões, registrando um aumento de 23,8% do volume de produtos enviados a outros países. O ministro tem destacado que mesmo ocorrendo queda nas vendas para as grandes economias mundiais, as exportações para a China estão em alta. No período, segundo dados do governo, houve retração de 31,6% das exportações para os EUA e recuo de 10,6% para a União Europeia. Para a China, no entanto, o valor da exportação registrou alta de 14,9% no semestre.

Folha de S.Paulo: Balança comercial tem superávit de US$ 23 bilhões