1. Incêndios na Amazônia acirram relação entre Brasil e França

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) chamou de esmola a ajuda de US$ 20 milhões oferecida pelo G-7 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido) em anúncio feito pelo presidente da França, Emmanuel Macron. A tensão diplomática entre Brasil e França se arrasta desde a semana passada devido aos incêndios generalizados na Amazônia. Acusado por Macron de ter negligenciado a proteção da floresta, Bolsonaro recusou ajuda financeira. Disse que poderá mudar de ideia se Macron retirar “os insultos” à soberania brasileira, como a internacionalização da proteção na Amazônia. “Primeiro, ele [Macron] retira, depois ele oferece e daí eu respondo”, disse. O tom se elevou após Bolsonaro comentar ironicamente um post que ridicularizou a aparência da esposa de Macron. O francês lamentou o fato e afirmou esperar que em breve o Brasil tenha “um presidente que se comporte à altura”. Nos próximos dias, Bolsonaro participará de reunião de cúpula dos países amazônicos para discutir a preservação da floresta e formas de “exploração sustentável” da região. Veja análise sobre o impasse internacional no Brasilia Report.

O Estado de S. Paulo: Dinheiro do G-7 para Amazônia é esmola, diz presidente
Valor Econômico: Bolsonaro terá reunião com países amazônicos
Folha de S.Paulo: Crise é disputa entre esquerda e direita, diz Bolsonaro
G1: Agronegócio acompanha caso com cautela
O Estado de S. Paulo: Brasil perde 89 milhões de hectares de mata, diz estudo

2. Supremo anula condenação de réu da Operação Lava Jato

O STF (Supremo Tribunal Federal) anulou, pela primeira vez, uma condenação do ex-juiz e atual ministro da Justiça Sergio Moro originária da Operação Lava Jato. Por 3 votos a 1, o Supremo cancelou o julgamento do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, condenado a 11 anos de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção. O Supremo apontou cerceamento da possibilidade de defesa do réu, que deveria ter feito suas alegações finais após a apresentação das delações, o que não aconteceu. O julgamento terá de ser realizado novamente na Justiça Federal. Para especialistas em direito, o entendimento pode se estender a outras condenações. A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já recorreu. Em nota, procuradores manifestaram “imensa preocupação”, pois se a decisão for aplicada a outros casos “poderá  anular praticamente todas as condenações”.

Folha de S.Paulo: Pela primeira vez, STF anula condenação dada por Moro
O Globo: Decisão divide opiniões no plenário do STF
O Estado de S.Paulo: Para criminalistas, caso é divisor de águas na Lava Jato

3. Reprovação a Bolsonaro sobe em seis meses de governo

Pesquisa aponta que aumentou a rejeição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) nos últimos seis meses. Segundo o levantamento feito pelo Instituto MDA, em parceria com a Confederação Nacional do Transporte, 39,5% dos brasileiros avaliam com ruim ou péssimo o governo. Em fevereiro, o total de descontentes era de 19%. Consideraram ótima ou boa a gestão 29,4% e 29,1% a avaliaram como regular. A reprovação ao desempenho pessoal de Bolsonaro também subiu e atingiu 53,7%, frente aos 28% do início do ano. Quando perguntados sobre o cumprimento de promessas feitas durante a campanha, 9,5% se disseram muito satisfeitos, 45,4% parcialmente. As medidas impopulares, na avaliação dos 2.002 entrevistados, foram a liberação de posse e porte de arma, com 39,1% das citações, seguida do uso constante de palavras ofensivas e comentários inadequados, com 30,6%.

Folha de S.Paulo: Reprovação a Bolsonaro aumenta, segundo pesquisa

4. Economia acelera acima do esperado no segundo trimestre

O PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre teve alta de 0,4%, o dobro do esperado por analistas de mercado. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 1%. Destacaram-se nos fatores para o desempenho do PIB o setor da construção que registrou a primeira alta (2%) desde o primeiro trimestre de 2014. Mesmo com o resultado positivo, a economia nacional ainda pode ser considerada no patamar de estagnação. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que calcula o índice, a economia ainda está 4,8% abaixo do pico alcançado no primeiro trimestre de 2014. Segundo o Ministério da Economia, o resultado mostra que o governo adota a estratégia acertada, mas o cenário ainda é “desafiador” devido a conjuntura internacional, o ajuste fiscal e a baixa produtividade da economia brasileira. Também a situação da Argentina preocupa o governo, pois o país é o quarto destino para produtos brasileiros.

Valor Econômico: PIB cresce mais que o esperado, mas retomada é gradual
O Estado de S. Paulo: PIB sobre 0,4% e fica acima do esperado
Valor Econômico: Governo diz que resultado mostra estratégia acertada

5. Com wi-fi, 48% da população mais pobre acessa internet

Levantamento do CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil) mostra que a disponibilidade de redes wi-fi permite que a metade da população de baixa renda tenha acesso à internet. Segundo a pesquisa, divulgada na quarta-feira, já chega a 48% o volume de usuários das chamadas classes D e E. Em 2015, eram 30%. O acesso se dá mais por meios de aplicativos como WhatsApp e Facebook, o que indica que o nem todo o potencial da internet é explorado por essa faixa de renda. Entre os mais pobres, 85% dos usuários acessam a rede exclusivamente pelo celular, 2% apenas pelo computador e 13% pelo aparelho móvel e computador. Quando se contabiliza o resultado para todas as faixas de renda, conclui-se que 70% dos brasileiros usaram a internet.

Folha de S.Paulo: Wi-fi leva metade da população mais pobre à internet

Brasilia Report

Acesse aqui o Brasilia Report, análise preparada pelo Consultor Sênior da JeffreyGroup em Brasília, Gustavo Krieger.