Além do propósito | Antirracismo: esta luta também é sua

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Antirracismo: esta luta também é sua

Esta edição de Além do propósito é dedicada à luta antirracista. Não estava nos planos fazer edições temáticas, mas um episódio trágico no Brasil, durante o mês da consciência negra, trouxe à tona a necessidade urgente de mudanças em direção a uma sociedade mais igualitária, inclusiva e sem preconceitos. Muito já se falou sobre o caso em si, então neste espaço vamos nos concentrar em aprendizados e desdobramentos possíveis para organizações que desejam assumir a sua responsabilidade em um processo que depende de cada um de nós.

Marcas e causas

Nossa visão: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. A frase atribuída a Martin Luther King resume perfeitamente o entendimento de que em situações de injustiça sistêmica, é preciso agir proativamente para corrigir tais mecanismos, ao invés de se limitar a não cometer injustiças no nível individual. Como nos ensinou Angela Davis, “não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”. Isso vale (demais) para as marcas. A sociedade espera que os verdadeiros líderes assumam compromissos genuínos. A pergunta é: o que você e sua organização podem fazer diante disso?

Nossa seleção de leituras: Quando falamos de engajamento na cadeia de valor, é comum se questionar o poder de influência dos fornecedores. Mas é sim possível influenciar positivamente toda sua cadeia, como evidenciado pela criação de uma aliança em defesa da diversidade racial reunindo grandes empresas de consumo com ações que devem alcançar também os seus principais clientes, as redes varejistas. Se sua organização não tem o porte para tais influências ou se o setor não está organizado desta maneira, ainda há muito a fazer, como incentivar a mobilização e voluntariado online de seus colaboradores em causas relevantes. Para quem lê em inglês, também vale acompanhar como o mundo do consumo entendeu que sustentabilidade é central para este mercado.

Finanças sustentáveis

Nossa visão: Na última edição, comentamos como os aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) se tornaram padrão no mercado financeiro. O assassinato de João Alberto Silveira Freitas trouxe à tona a necessidade de que esses temas sejam gerenciados e monitorados regularmente, e com alto nível de exigência. Nesse sentido, os índices e carteiras de sustentabilidade tem um caminho de evolução claro: por melhor que seja o questionário e a avaliação de critérios, nenhum conjunto de indicadores consegue garantir que não haverá problemas futuros. Afinal, até as empresas com melhor performance socioambiental estão sujeitas a problemas. Sistemas de monitoramento e eventual exclusão em índices ESG são fundamentais para a sua credibilidade.

Nossa seleção de leituras: Não demorou para surgirem questionamentos sobre como o mercado financeiro precifica questões socioambientais, além dos próprios critérios utilizados por índices com avaliação ESG. Outro ponto relevante é o papel da governança corporativa e da cultura empresarial na prevenção de ocorrências do tipo. Para entender como funciona a precificação da sustentabilidade, é válido lembrar que índices ESG não são “certificados de bom comportamento”. Por outro lado, a Nasdaq irá incluir requisitos de transparência sobre indicadores diversidade para empresas listadas. Por fim, vale acompanhar como bancos e empresas são pressionados pelo mercado a zerar seus impactos nas cadeias de valor, além de saber mais sobre o pouco falado papel das camadas intermediárias das organizações na transformação de negócios. Engajamento das lideranças é importante, mas a governança deve alcançar a todos.

Sustentabilidade corporativa

Nossa visão: Internalizar as externalidades é questão imperativa para os negócios de hoje. Seja por pressão da sociedade civil, clientes investidores ou até questões regulatórias, todos os setores econômicos precisam incorporar práticas de gestão de seus impactos socioambientais. Tem quem não goste, mas essa é um caminho sem volta. Nesse sentido, programas de diversidade e inclusão são fundamentais para reforçar o engajamento e gerar valor para todas as partes envolvidas. Especialmente quando incluem práticas afirmativas e iniciativas voltadas às camadas de liderança. Quer saber como fazer? Fale com a gente.

Nossa seleção de leituras: A tecnologia é uma grande aliada nas transformações necessárias para a sustentabilidade. Nessa linha, para contribuir com um melhor uso das informações de sustentabilidade corporativa a GRI (Global Reporting Initiative, na sigla em inglês) anunciou parceria com a Datamaran, empresa especializada de tecnologia para gestão de riscos.

Leia também sobre as perspectivas de como devem evoluir os esforços globais de combate às mudanças climáticas em 2021 e conheça esta ferramenta, que reúne os temas das indicações anteriores: um painel em tempo real sobre emissões de CO2.

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