Cenário global traz incertezas para agenda ESG

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A guerra da Ucrânia trouxe novas incertezas para as ações em torno das emergências climáticas. Além da criticidade das questões sociais, surgem dúvidas sobre como evoluirá a transição energética europeia que pode regredir no curto prazo, com eventual uso das termelétricas a carvão e acelerar no longo prazo, com os custos de energia limpa mais competitivos. As mudanças geopolíticas e econômicas dificultam a coalização entre países para enfrentar o preocupante cenário revelado no novo relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).  Os impactos climáticos estão mais severos, mais frequentes e acontecendo antes do previsto, com o agravante de que muitos são irreversíveis.

Marcas e causas

Nossa visão: será inevitável que as empresas que usam plástico em sua cadeia revisitem todo o ciclo de vida de seus produtos e identifiquem oportunidades de inovação. Novas tecnologias são fundamentais para evitar que custos sejam repassados aos consumidores.

Nossa seleção de leituras:  A Organização das Nações Unidas anunciou um tratado histórico para eliminar a poluição por plástico. Com adesão de 175 nações, o acordo inclui estabelecer barreiras legais para a produção e comercialização do plástico, especialmente o descartável. Para as empresas, isso significa intensificar a economia circular e inovar. Duas gigantes brasileiras, o Boticário, empresa de cosméticos e a Suzano, empresa de papel e celulose, desenvolveram embalagens livres de plástico. A TetraPak investe na criação de embalagens de materiais recicláveis ou fontes renováveis e a Pepsico inova com adoção de paletes de bioplástico.

Finanças sustentáveis

Nossa visão: ter práticas consistentes em ESG ampliam a possibilidade de acesso a créditos, desde que as organizações garantam a rastreabilidade de informações e a possibilidade de verificação dos processos.

Nossa seleção de leituras: Por um lado, os bancos, como o Credit Suisse e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), estão restringindo créditos a setores usualmente geradores de impactos negativos sobre o meio ambiente. Por outro lado, vemos uma possível flexibilização em políticas de não investimento em alguns setores como a indústria de armas que é tradicionalmente impedida de integrar carteiras vinculadas a práticas sustentáveis. Independentemente dessa polêmica, os títulos vinculados a práticas ESG (greenbonds e socialbonds) seguem promissores e devem alcançar 4,5 trilhões de dólares até 2025.

Sustentabilidade corporativa

Nossa visão: um conselho de administração diverso indica diversidade de conhecimento e de pontos de vista, além de incentivar uma cultura empresarial mais inclusiva e proporcionar uma visão mais ampla da gestão de riscos.

Nossa seleção de leituras: Pesquisa global revela que as mulheres ocupam somente 19,7% dos assentos nos Conselhos de Administração e somente 6,7% respondem pela presidência. No Brasil, a participação é ainda menor, com 14,4% nas cadeiras e apenas 4,4% na presidência. Como forma de acelerar a equidade de gênero na alta administração, instituições financeiras estão estabelecendo um número mínimo de mulheres nos conselhos como critério de investimento, a exemplo do BNPParibas.

Mergulho profundo

Para inspirar empresas, o ex-CEO da Unilever Paul Poulman e o consultor de negócios sustentáveis Andrew Wiston trazem lições chave da Unilever e de outras empresas pioneiras sobre como se pode lucrar resolvendo os problemas do mundo em vez de criá-los, no livro Net Zero.

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