Metas de longo prazo acendem alerta na COP26

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“Vitória frágil”. Essa foi a avaliação geral feita por Alok Sharma, presidente da Conferência do Clima, em Glasgow. O nível atual de comprometimento dos países ainda leva o mundo a um cenário de aquecimento superior a 2,4 oC, acima do limite seguro estabelecido pela ciência em 1,5 oC. O balanço das negociações, que decepcionou ambientalistas, está resumido neste relatório.

Tendências pós-COP26
Com o encerramento da COP26, aumenta a pressão sobre as empresas para uma atuação que considere:

Protagonismo empresarial

A liderança das empresas ficou evidente na COP26. Uma em cada três das maiores companhias abertas dos países do G-20 tem agora uma meta para zerar emissões de carbonosegundo acompanhamento da Net Zero Tracker. Durante o evento em Glasgow, os setores de turismo e indústria da moda formalizaram compromissos públicos de reduzir em 50% as emissões até 2030.

Líder do movimento Impacto NetZero, a empresa Klabin, produtora de papel e celulose, foi a única empresa brasileira a participar do grupo COP26 Business Leaders, responsável por engajar empresas no combate a mudanças climáticas. Na trilha das discussões da COP26, a petroquímica Braskem e o grupo de bioenergia e logística Cosan, formalizaram um acordo de cooperação que tem na alavancagem do mercado de carbono uma das frentes de trabalho.

A principal crítica feita às manifestações empresariais durante a COP26 é que o prazo das metas, em geral 2050, não incentiva mudanças de comportamento no curto prazo. Os atuais planos de emissões das empresas colocam o planeta a caminho de um aumento de 3oC (Relatório MSCI).

Diante dessa cobrança, executivos apontam que os governos oferecem pouca clareza para que possam alinhar as metas das empresas ao limite do aumento de temperatura global em apenas 1,5 oC (Pesquisa Accenture e UN Global Compact).

Finanças sustentáveis

Foram definidas as normas que presidirão o nascente mercado mundial de créditos de carbono, em que nações poderão comprar de outras créditos de emissões de gases-estufa para cumprir suas metas.

Essas definições trazem mais segurança para o mercado de carbono voluntário, pauta defendida por um grupo empresarial brasileiro que, liderado pelo CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), levou para o encontro o documento “Empresários pelo Clima”.

O mercado voluntário de carbono atingiu, em novembro, recorde de U$ 1 bilhão negociados, refletindo a crescente demanda corporativa para cumprir metas de descarbonização. Com os avanços esperados pós-COP26, estima-se um potencial de cerca de U$ 6 bilhões no mercado brasileiro, segundo a empresa de projetos florestais Biofílica Ambipar.

Na América Latina e Caribe, região que é a segunda maior provedora de créditos voluntários, registram-se avanços inclusive no aspecto de compliance, conforme análise do Green Finance for Latin America and the Caribbean.

Recapitulando a COP26

Avanços

Críticas

Compromissos

Cem países concordaram em cortar em 30% o lançamento de metano na atmosfera e 30 países prometeram reduzir o desmatamento até 2030. O Brasil comprometeu-se a reduzir pela metade as emissões até 2030, neutralizar as emissões até 2050 e zerar o desmatamento ilegal até 2028.

Para entender o contexto dos compromissos, as Nações Unidas lançaram o relatório 2021 de Lacuna de Emissões, que mede e compara os níveis da produção de carvão, petróleo e gás planejadas pelos governos e os níveis necessários para limitar o aquecimento a 1,5°C. 

Inmersión profunda

LA presença brasileira na COP26 foi marcada pelos debates no Brazil Climate Action Hub, no pavilhão da sociedade civil. Os vídeos dos painéis estão disponíveis no site.

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