Uma nova maneira de se fazer Relações Governamentais no Brasil

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Diretor de Grupo da JeffreyGroup Brasília, Fernando Teixeirense lidera o painel de assuntos públicos do congresso Mega Brasil em São Paulo.

A maneira de se relacionar no ambiente público mudou desde a Operação Lava-Jato. Após a eleição de Jair Bolsonaro, o modus operandi das empresas e dos profissionais se comunicarem com o ambiente do poder passou a um novo patamar.

Se o debate sobre a atuação de grupos de interesse no processo de decisão política no Brasil já era tema de estudos e até de aperfeiçoamento legal, o novo momento político está exigindo dos profissionais de Relações Governamentais novas práticas e, mais do que isso, a reinvenção de como se comunicar dentro do ambiente político.

Com quem falar e como falar com novos atores emergentes (os militares, por exemplo) representam apenas um dos muitos aspectos que estão sendo analisados pelos profissionais de Relações Governamentais. Como diz o ditado popular, estamos todos trocando as quatro rodas com o carro em movimento.

Se as novas regras de conduta exigidas agora são bem mais complexas, quase esquizofrênicas, o dia a dia ainda é basicamente o mesmo: gastar sola de sapato, produzindo materiais claros, estratégicos e com linguagem adequada para esse público que tem suas peculiaridades.

Esse novo cenário veio para ficar, e portanto a metodologia também precisa mudar. Não basta mais se relacionar. É necessária uma aproximação com espírito contributivo e propositivo, a partir de um planejamento estratégico minucioso.


A JeffreyGroup organizou um painel de assuntos públicos no congresso Mega Brasil em São Paulo, liderado pelo Diretor de Grupo JeffreyGroup Brasília, Fernando Teixeirense. O painel de especialistas incluiu Fabio Rua, IBM Brasil, Marcos Borges, CNI e Juliana Celuppi, IRelGov.

Parte desta mudança de paradigma ocorreu por conta do novo momento político e da criminalização da política. Ambas impulsionaram os profissionais de relações governamentais, parlamentares e demais atores políticos a aumentar ainda mais o nível de transparência na relação. Às empresas, sejam brasileiras ou de outros países, tiveram que passar um ajuste preventivo e um novo entendimento de como passar suas mensagens, bem como um entendimento sobre quem tem nas mãos as melhores cartas no jogo de poder.

O jogo mudou, os atores mudaram e as ferramentas para se comunicar com esse público ainda estão passando por reformulações. Com tanta mudança, não dá mais para esperar: é hora do Brasil seguir os procedimentos internacionais no que diz respeito às relações entre empresas e o mundo político/público. Assim, o trabalho de Relações Governamentais estará protegido. Com as regras do jogo claras e aprovadas em lei, políticos e empresários estarão ainda mais confortáveis para debater políticas públicas de relevante interesse social.

Fernando Teixeirense – Diretor de Grupo JeffreyGroup Brasília