A subestimada comunicação interna

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O debate sobre a influência e força da comunicação interna em uma empresa não é de hoje. Mostrar a área como estratégica e importante, engajar a ocupada liderança e mensurar o retorno do investimento estão entre os principais desafios dos profissionais da comunicação corporativa. Mas não é só isso. Além da qualidade dos conteúdos e iniciativas, é preciso INOVAR e, se houver erros, que o conserto seja rápido.

Na era digital, onde velocidade e qualidade precisam cada vez mais trabalhar em conjunto, a rapidez com que você contorna um erro pode definir o sucesso de sua comunicação e/ou campanha. Assim como os profissionais de Marketing Digital, que possuem poucas horas para consertar um investimento e recuperar com outro movimento, para nós, comunicadores, não é diferente, pois de toda forma, há dinheiro envolvido e ele precisa de retorno. Vamos entender na prática.

Imagine que sua empresa promove mensalmente um encontro com algum especialista para palestras sobre determinado assunto e, mês a mês, você percebe que o evento tem perdido inscritos. Muitas empresas as vezes esperam a ausência total de funcionários para entender que há algo de errado, e só então pensam tomar alguma atitude. Por que não pesquisar logo de início o motivo da queda de inscritos e já pensar em uma nova abordagem? Vale esperar que todo dinheiro investido no evento se esvaia para tomar uma atitude? E formas de fazer isso não faltam. Uma enquete para entender qual assunto querem ouvir, promover um espaço anônimo para sugestões de temas do evento, mudar o formato, pesquisar tendências, cases de sucesso, enfim.

Profissionais de imprensa e de comunicação digital, não diferentes daqueles que fazem comunicação interna, buscam engajamento. Afinal, o que é um jornal sem leitores, um post em redes sociais sem interações e uma newsletter interna sem taxa de abertura? Acredito que o engajamento começa de dentro pra fora, ou seja, pelos próprios funcionários. Se os mesmos, que conhecem bem a empresa, não acreditam no negócio, por que outros acreditariam? Se a empresa não sabe se comunicar nem com um pequeno público com quem convive diariamente, por que conseguiria com um tão imenso e miscigenado?

Para mim, uma marca com embaixadores, por exemplo, tem mais crédito que uma que fala por si mesma. E por que não utilizar aqueles – seus profissionais – que mais conhecem do negócio para falar da empresa? O funcionário é o ativo mais importante de uma empresa e precisa ser tratado, estudado e aproveitado da melhor forma possível. Quantas empresas não bonificam funcionários que trazem novos negócios e os mesmos se movimentam por si só em busca de oportunidades?

Então, podemos concluir que além de subestimada, a comunicação interna também é desconhecida e pouco trabalhada. Tanto ela quanto seus efeitos.